Teologia
INTRODUÇÃO
As obras de dogmática ou de Teologia Sistemática geralmente
começam com a Doutrina de Deus. Há boas razões para começar com a Doutrina de
Deus, se partirmos da admissão de que a Teologia é o conhecimento sistematizado
de Deus de quem, por meio de quem, e para quem são todas as coisas. Em vez de
surpreender-nos de que a dogmática começa a Doutrina de Deus, bem poderíamos
esperar que fosse completamente um estudo de Deus, em todas as suas
ramificações do começo ao fim. Iniciamos o estudo de Teologia com duas
pressuposições, a saber (1) Que Deus existe ; (2) Que Ele se revelou em Sua Palavra Divina.·
Prova BÍBLICA da existência de Deus.Para nós a existência de Deus é a grande
pressuposição da teologia, não há sentido em falar-se do conhecimento de Deus,
senão se admite que Deus existe. Embora a verdade da existência de Deus seja
aceita pela fé, esta fé se baseia numa informação confiável. O Cristão aceita a
verdade da existência de Deus pela fé. Mas esta fé não é uma fé cega, mas fé
baseada em provas,e as provas se acham, primariamente, na Escritura como a
Palavra de Deus inspirada,e, secundariamente, na revelação de Deus na natureza.
Nesse sentido a BÍBLIA não prova a existência de Deus. O que mais se aproxima
de uma declaração talvez seja o que lemos em Hebreus 11:6: A BÍBLIA pressupõe a
existência de Deus em sua declaração inicial, No principio criou Deus os céus e
a Terra. Vê-se Deus em quase todas as
páginas da Escritura Sagrada em
que Ele se revela em palavras e atos. Esta revelação de Deus
constitui a base da nossa fé na existência de Deus,e a torna uma fé inteiramente
razoável. Deve-se, notar, que é somente pela fé que aceitamos a revelação de
Deus e que obtemos uma real compreensão do seu conteúdo. Disse Jesus, Se alguém
quiser fazer a vontade dele conhecer· a respeito da doutrina, se ela é de Deus
ou se eu falo por mim mesmo (Jô 7:17). É estes conhecimentos intensivos,
resultantes da intima comunhão com Deus, que Oséias tem em mente quando diz,
Conheçamos,e prossigamos em conhecer ao Senhor, (Oséias 6:3). O incrédulo não
tem nenhuma real compreensão da Palavra de Deus. As Palavras de Paulo são muito
pertinentes nesta conexão: Onde está o sábio ?Onde o escriba ? Onde o
inquiridor deste século ? Porventura não tornou Deus louca a sabedoria do mundo
? Visto como, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por sua própria
sabedoria, aprouve a Deus salvar os que crêem, pela loucura da pregação (1 Co
1:20,21).
I.
Relação do Ser e dos Atributos de Deus.
O Ser de Deus. É evidente que o Ser
de Deus não admite nenhuma definição cientifica. Uma definição Genético-sintética
assim, não se pode dar de Deus, visto que Deus não é um dentre várias espécies
de deuses, que pudesse ser classificado sob um gênero único. No máximo, só é
possível uma definição analítico-descritiva. Esta simplesmente menciona as
características de uma pessoa ou coisa, mas deixa sem explicação o ser
essencial. E mesmo uma definição dessas não pode ser completa, mas apenas
parcial, porque é impossível dar uma descrição de Deus positiva exaustiva. (Como
oposta a uma negativa). A BÍBLIA nunca opera com um conceito abstrato de Deus,
mas sempre O descreve como o Deus vivente, que entra em várias relações com as
suas criaturas, relações que indicam vários atributos diferentes. Sua essência
em (Pv 8:14), a natureza de Deus em (2 Pe 1:4). Outra passagem repetidamente
citada como contendo uma indicação da essência de Deus, e como a que mais se
aproxima de uma definição na BÍBLIA È (Jo 4:2) Deus È espírito, e importa que
os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. O ser de Deus
é caracterizado por profundidade, plenitude, variedade, e uma glória que excede
nossa compreensão e a BÍBLIA apresentam isto como um todo glorioso e
harmonioso, sem nenhuma contradição inerente. E esta plenitude de Deus acha
expressão nas perfeições de Deus, e não doutra maneira. Da simplicidade de Deus
segue-se que Deus e Seus atributos são um. Comumente se dizem Teologias que os
atributos de Deus são o próprio Deus, como Ele se revelou a nós. Os
escolásticos acentuavam o fato de que Deus È tudo quanto Ele tem. Ele tem vida,
luz, sabedoria, amor, justiça, e se pode dizer com base na Escritura que Ele È
vida,luz, sabedoria, amor, justiça. Os escolásticos afirmavam ademais,que toda
a essência de Deus È idêntica a cada um dos atributos, de modo que o
conhecimento de Deus, È Deus, a vontade de Deus, È Deus, e assim por diante
alguns deles chegaram mesmo a dizer que cada atributo È idêntico a cada um dos
demais atributos, e que não existem distinções lógicas em Deus.II. Atributos
de Deus
1.
Atributos Incomunicáveis- Salientam o Ser absoluto de Deus.
Considerando absoluto como aquilo que é livre de todas as condições (ou
Incondicionado ou Auto-existente),
de todas as relações (o Irrelacionado), de todas as imperfeições (o Perfeito),
ou livre de todas as diferenças ou distinções fenomenológicas, como matéria e
espírito,ser e atributos, sujeito e objeto, aparência e realidade (O real, a
realidade última).
A. A
existência Autônoma de Deus como
o Ser auto-existente e independente que Deus pode dar a certeza de que
permanecer· eternamente o mesmo, com relação ao seu povo. Encontram-se
indicações adicionais disso na afirmação presente em (Jo 5:26). Na declaração
de que ele é independente de todas as coisas e que todas as coisas só existem
por meio dele (Sl 94:8s.; Is 40:18 s.; At 7:25) e nas afirmações que implicam
que Ele é independente em seu pensamento (Rm 11:33,34) em sua vontade (Dn 4:35
; Rm 9:19; Ef 1:5 ; Ap 4:11) em seu poder (Sl 115:3, e em seu conselho (Sl
33:11).
B. A
Imutabilidade de Deus. Em virtude
deste atributo, Ele È exaltado acima de tudo quanto há, e é imune de todo
acréscimo ou diminuição e de todo desenvolvimento ou diminuição e de todo
desenvolvimento ou decadência em seu ser e em suas perfeições.A imutabilidade
de Deus é claramente ensinada em passagens da Escritura com (Ex 3:14 ; Sl
102:26-28 ; Is 41:4)); (48:12; Ml 3:6 ; Rm 1:23, Hb 1:11,12 ; Tg 1:17).
C.A
infinidade de Deus. 1) Sua perfeição absoluta - O poder infinito não é um quantum
absoluto, mas, sim, um potencial inexaurível de energia, e a santidade infinita
não é um quantum
ilimitado de santidade, mas, sim, uma santidade qualitativamente
livre de toda limitação ou defeito. A prova bíblica disto acha-se em (Jó 11:7 -
10 ; Sl 145 : 3 ; Mt 5:48). 2) Sua eternidade- A infinidade de Deus em relação
ao tempo é denominada eternidade- Sua eternidade. A forma em que a BÍBLIA
apresenta a eternidade de Deus está nas passagens bíblicas de (Sl 90:2 ;102,12
; Ef 3:21).3) Sua imensidade - A infinidade de Deus também pode ser vista com
referência ao espaço, sendo, então, denominada imensidade. Em certo sentido, os
termos imensidade e onipresença, como são aplicados a Deus, denotam a mesma
coisa e, portanto, podem ser considerados sinônimos. A onipresença de Deus é
revelada claramente na Escritura (1 Rs 8:27 ; Is 66:1 ; At 7:48,49 ; Sl
139:7-10 ; Jr 3:23,24 ; At 17:27,28).
D. A
unidade De Deus. 1) Unitas Singularitatis - este atributo salienta a unidade e a
unicidade de Deus, o fato de que Ele é numericamente um e que, como tal, Ele é
único. Provas BÍBLICAS comprovam com passagens de texto em (1 Rs 8:60 ; 1 Co
8:6 ;1 Tm 2:5). Outras passagens salientam, não a unidade, mas a sua unicidade
(Dt 6:4, Zc 14:9, x 15:11). 2) Unitas Simplicitatis - quando falamos da
simplicidade de Deus, empregamos o termo para descrever o estado ou qualidade
que consiste em ser simples, a condição de estar livre de divisão em partes e,
portanto, de composição. A perfeição agora em foco expressa a unidade interior
e qualitativa do ser divino. A escritura não a afirma explicitamente, mas ela
está implícita onde a BÍBLIA fala de Deus como justiça, verdade, sabedoria,
luz, vida, amor, etc. E, assim, indica que cada uma destas propriedades, devido
a sua perfeição absoluta, é idêntica ao seu ser.
2.
Atributos Comunicáveis - nos atributos comunicáveis que Deus se
posiciona como Ser morais, conscientes, inteligentes e livres, como Ser pessoal
normal elevado sentido da palavra.
A. A
Espiritualidade De Deus -A BÍBLIA não
nos dá uma definição de Deus. O que mais se aproxima disso é a palavra dita por
Jesus á mulher samaritana: Deus È espírito, (Jo 4:24). Trata-se, ao menos, de
uma declaração que visa dizer-nos numa única palavra o que Deus é. A idéia de
espiritualidade exclui necessariamente a atribuição de qualquer coisa
semelhante a corporalidade a Deus e, assim condena as fantasias de alguns dos
antigos gnósticos e dos místicos medievais, e de todos os sectários dos nossos
dias que atribuem o corpo a Deus. Atribuindo espiritualidade a Deus, podemos
afirmar que Ele não tem nenhuma das propriedades pertencentes á matéria, e que
os sentidos corporais não O podem discernir. Paulo fala dele como o Rei eterno,
imortal, invisível (1 Tm 1:17), e como o Rei dos reis e Senhor dos senhores ; o
único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem
algum jamais viu, nem é capaz de ver. A Ele honra e poder eterno. Amém. (1 Tm
6:15,16).
3.
Atributos Intelectuais - 1) O conhecimento de Deus - Podem-se definir
o conhecimento de Deus como a perfeição de Deus pela qual Ele, de maneira
inteiramente única, conhece-se a Si próprio e a todas as coisas possíveis e
reais num só ato eterno e simples. A BÍBLIA atesta abundantemente o
conhecimento, como por exemplo, em (1 Sm 2:3 ; Jó 12:13 ; Sl 94:9 ; 147:4 ; Is
29:15 ; 40:27,28).A)Sua Natureza - … conhecimento caracterizado por perfeição
absoluta. … inato e imediato, e não resulta de observação ou de um processo de
raciocínio. O conhecimento que Deus tem de Si mesmo e de todas as coisas
possíveis, um conhecimento que repousa na consciência de Sua onipotência. …
chamado necessário porque não é determinado por uma ação da vontade divina.
Também é conhecido como conhecimento de simples inteligência, em vista do fato
de que é pura e simplesmente um ato do intelecto divino, sem nenhuma ação
concomitante da vontade divina. O livre conhecimento de Deus, È aquele que ele
tem de todas as coisas reais, isto È, das coisas que existiram no passado, que
existem no presente ou que existirão no futuro. Fundamenta-se no conhecimento
infinito que Deus tem do seu propósito eterno, totalmente abrangente e imutável
e é chamado livre conhecimento porque é determinado por um ato concomitante da
vontade. B) Sua Extensão - O conhecimento de Deus não é perfeito somente em sua
natureza, mas também em sua abrangência. É chamada onisciência, porque é absolutamente
compreensivo. Diversas passagens da Escritura ensinam claramente a onisciência
de Deus. Ele é perfeito em conhecimento, (Jó 37:16), não olha para a aparência
exterior, mas para o coração,(1 Sm 16:7 ; 1 Cr 28:9,17 ; Sl 139:1-4; Jr 17:10),observa
os caminhos dos homens, (Dt 2:7 ; Jô 23:10; 24:23; 31:4 ; Sl 1:6; 119 :168),
conhece o lugar da sua habitação (Sl 33:13), e os dias da sua vida (Sl 37:18).
A escritura ensina a presciência divina de eventos contingentes (1 Sm 23:10-13
; 2Rs 13:19 ; Sl 81:14,15; Is 42:9; 48:18; Jr 2:2,3;38:17-20: Ez 3:6 ; Mt
11:21). (2) A Sabedoria de Deus - Pode-se considerar a sabedoria de Deus como
um aspecto do Seu conhecimento. O conhecimento é adquirido pelo estudo, mas a
sabedoria resulta de uma compreensão intuitiva das coisas. A Escritura
refere-se à sabedoria de Deus em muitas passagens, e até a apresenta como
personificada em Provérbios 8. Vê-se esta sabedoria particularmente na criação
(Sl 19: 1-7 ; 104 : 1-34), na providência (Sl 33:10,11; Rm 8:28) e na redenção
(Rm 11:33; 1 Co 2:7 ; Ef 3:10). 3) A veracidade de Deus - Quando se diz que
Deus é a verdade, esta deve ser entendida, em seu sentido amis abrangente.
Primeiramente ele é a verdade num sentido metafísico, isto È, nele a idéia da
Divindade se concretiza perfeitamente; Ele é tudo que como Deus deveria ser e,
como tal, distingui-se de todos os deuses, assim chamados, os quais são
chamados Ídolos, nulidades e mentiras (Sl 96:5 ;97:7; 115: 4-8 ; Is 44: 9,10).
Ele È também a verdade num sentido Ético e, com tal, revela-se como realmente
é, de modo que a sua revelação é absolutamente confiável (Nm 23:19 ; Rm 3:4 ;
Hb6:18). Finalmente, Ele é também a verdade num sentido lógico e,em virtude
disto, conhece as coisas como realmente são, e constitui de tal modo a mente do
homem que este pode conhecer, não apenas a aparência, mas também a realidade
das coisas. A escritura È muito enfática em suas referências a Deus como a
verdade (Ex 34:6 ; Nm 23:19 ; Dt 32:4 ; Sl 25:10; 31:6 ; Is 65:16 ; Jr 10:8,10,11
;Jo 14:6 ; 17:3 ; Tt 1:2 ; Hb 6:18 ; 1 Jo 5:20,21).
4. Atributos Morais - 1- a) A Bondade de
Deus - (Mc10:18 ; Lc 18:18,19; Sl 36:9 ; Sl 145:9,15,16; Sl). (36:6 ; 104:21 ;
Mt 5:45; 6:26; Lc 6:35; At 14:17).b) O Amor de Deus (Jo 3:16 ; Mt 5:44; 45 ; Jó
16:27 ; Rm 5:8 ; 1 Jo 3:1).c) A graça de Deus – Segundo a Escritura, é
manifestada não só por Deus,mas também pelos homens, caso em que denota o favor
de um homem a outro (Gn 33:8,10,18 ; 39:4;47:25 ; Rt 2:2; 1 Sm 1:18; 16:22).
(Lemos em Ef1:6,7; 2:7-9 ; Tt 2:11 ; 3:4-7 ; Is 26:10 ; Jr 16:13 ;Rm 3:24; 2 Co
8:9 ; At 14:3; At 18:27; Ef 2:8 ; Rm3:24 ; 4:16; Tt 3:7 ; Jo 1:16 ; 2 Co 8:9 ;
2 Ts 2:16 ;Ef 2:8 ; e Tt 2:11).d) A misericórdia de Deus – pode se definir a
misericórdia divina como a bondade ou amor de Deus e mostrado para com os que
se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos. (DT
5:10 ; Sl 57:10; 86:5; 1 Cr 16:34; 2 Cr 7:6 ; Sl 136 ; Ed 3:11; 1 Tm 1:2 ;2 Tm
1;1 ; Tt 1;4 ; x 20:2 ; Dt 7:9 ; Sl 86:5 ; Lc1:50 ; Sl 145;9 ; Ez 18:23,32;
33:11; Lc 6:35,36). 2- A Santidade de Deus
- Sua idéia fundamental é a de uma posição ou relação existente entre Deus
e uma pessoa ou coisa.(EX 15:11 ; 1 Sm 2:2 ; Is 57:15 ; Os 11:9 ; JÛ 34:10 ; At
3:14 ; Jo 17:11 ; 1Pe 1:16 ; Ap 4:8 ; 6:10). 3 - A Justiça de Deus – A idéia
fundamental de Justiça é a de estrito apego à lei. Geralmente se faz distinção
entre a justiça absoluta de Deus e a relativa. Aquela È a retidão da natureza
divina, em virtude da qual Deus È infinitamente reto em Si mesmo, enquanto que
esta é a perfeição de Deus pela qual Ele se mantém contra toda violação da Sua
Santidade e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é o Santo. (Ed 9:15; Sl 119:137
; 145:137; 145:17; Jr 12:1 ; Dn 9:14; Jô 17:25 ; 2 Tm 4:8 ; 1 Jo 2:29 ; 3:7 ;
Ap 16:5 ; Dt4:8 ; Is 3:10,11; Rm 2:6; 1 Pe 1:17 ; Dt 7:9,12,13 ;2 Cr 6:15 ; Sl
58:11 ; Mq 7:20 ; Mt 25;21,34 ; Rm 2:7 ; Hb 11:26 ; Lc 17:10 ; 1 Co 4:7; Rm
1:32 ; 2:9; 12:19 ; 2 Ts 1:8 ; Lc 17:10,1 ; 1 Co 4:7 ; Jó 41:11).
5. Atributos de Soberania - A soberania de
Deus recebe forte ênfase na Escritura. Ele é apresentado como o Criador, e Sua
vontade como a causa de todas as coisas. Em virtude de sua obra criadora, o
céu, a terra e tudo o que eles contêm lhe pertencem.Ele está revestido de
autoridade absoluta sobre as hostes celestiais e sobre os moradores da terra.
(As provas bíblicas da soberania de Deus são abundantes mas aqui nos
limitaremos a referirmos a algumas das passagens mais significativas Cr 20:6 ;
Ne 9:6 ; Sl 22:28 ; 47: 2,3,7,8 ; Sl 50:10-12 ; 95:3-5 ; 115 :3 ; 135 : 5,6 ;
145:11 -13 ; Jr 27:5 ; Lc 1:53 ; At 17:24-26; Ap 19:6).
III. A
Trindade Santa. A palavra Trindade não é tão expressiva como a palavra holandesa
Drieenheid, pois pode simplesmente denotar o estado tríplice (ser três), sem
qualquer implicação quanto à unidade dos três. Geralmente se entende, porém,
que, como, termo técnico na teologia, inclua essa idéia. Mesmo porque, quando
falamos da Trindade de Deus, nos referimos a uma trindade em unidade,e a uma
unidade que È trina.
1) As
três pessoas consideradas separadamente
a) O Pai, ou a Primeira Pessoa da Trindade - o Nome Pai em sua aplicação a
Deus. ( 1 Co 8:6 ; Ef 3:15; Hb 12:9 ; Tg 1:17 ;
Dt32:6 ; Is 63:16 ; 64:8 ; Jr 3:4 ; Ml 1:6 ; 2:10; Mt 5:45 ; 6:6-15;Rm 8:16 ; 1
Jo 3:1 ; Jo 1:14,18; 5:17-26; 8:54 ; 14:12,13). A primeira pessoa é o Pai
da Segunda num sentido metafísico. Esta é a paternidade originária de Deus, da
qual toda paternidade terrena é apenas um pálido reflexo.b) O Filho, ou a
Segunda Pessoa da Trindade - o Nome Filho em sua aplicação à Segunda pessoa. Á
Segunda pessoa da trindade é chamado Filho ou Filho de Deus em mais de um
sentido do termo. (Jó 1:14,18 ; 3; 16,18 ; Gl 4:4 ; 2 Sm 7:14 ; JÛ2:1 ; Sm 2:7
; Lc 3:38; Jo 1:12 ; Jo 5:18 - 25 ; Hb 1. ; Mt 6:9 ;7:21; Jo 20:17 ; Mt 11:27 ;
MT 26:63 ; Jo 10:36 ; Mt 8:29 ;26:63 ; 27:40 ; Jo 1:49 ; 11:27 ; 2 Co 11:31 ;
Ef 1:3 ; Jo 17:3 ;1 Co 8:6 ; Ef 4: 5,6 ; Lc 1:32,35 ; Jo 1:13; Cl 1:15 ; Hb 1:6
; Jô 1:1-14 ; 1 Jo 1;1-3 ; 2 Co 4:4 ; Hb 1:3 ; Jo 1:14,18 ; 3:16,18;1 Jo 4:9 ;
Mq 5:2 ; Jo 1: 14,18 ; 3:16 ; 5:17,18,30,36; At 13:33; Jo 17:5 ; Cl 1:16 ; Hb
1:3 ; At 13:33 ; Hb 1:5 ; 2 Sm 7:14 ; Jô 5:26 ; Jo 1: 3,10 ; Hb 1: 2,3 ; Jo 1:9
; Sl 40 :7,8 ; Ef 1:3 - 14.c) O Espírito Santo, ou a Terceira Pessoa da
Trindade - O nome aplicado à terceira pessoa da trindade. (Jo : 4:24 ; Gn 2:7
;6:17 ; Ez 37:5,6 ; Gn 8:1 ; 1 Rs 19:11 ; Jo 3:8 ; Sl 51:11 ; Is 63:10,11 ; Sl
71:22 ; 89:18 ; Is 10:20 ; 41:14 ; 43:3 ; 48:17 ;Jo 14:26 ; 16: 7 - 11; Rm 8:26
; Jo 16:14 ; Ef 1:14 ; Jo 15:26 ;16:7 ; 1 Jo 1:1 ; Jo 14; 16-18 ; Rm 8:16 ; At
16:7 ; 1 Co 12:11; Is 63:10 ; Ef 4:30 ; Gn 1: 2 ; 6:3 ; Lc 12:12 ; Jo 15:26 ;
16:8; At 8:29 ; 13:2 ; Rm 8;11 ; 1 Co 2 : 10,11 ; Lc 1:35 ; 4:14 ; At 10:38 ;
Rm 15:13 ; 1 Co 2:4.A relação do Espírito Santo com as outras pessoas da
trindade, são controvérsias trinitárias que levaram a conclusão de que o
Espírito Santo, como o Filho, é da mesma essência do Pai e, portanto, é
consubstancial com Ele. E a longa discussão acerca da questão, se o Espírito
Santo procedeu somente do Pai ou também do Filho, foi firmada finalmente pelo
SÍNODO de Toledo em 589, pelo acréscimo da palavra Filioque (e do Filho) à
versão latina do Credo de Constantinopla : Credimus in Spiritum Sanctum que a
PatreFilio que procedidit. (Cremos no Espírito Santo)), que procede do Pai e do
Filho.
Elaboração:
Pr. Sérgio Feliciano
pastorsergiopereira@bol.com.br
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