ARQUEOLOGIA DE TESSALÔNICA E TIRO
ARQUEOLOGIA
DE TESSALÔNICA
Cidade
grega fundada por Cassiandro em 316 a.C. Esse general de Alexandre, o Grande
batizou a cidade com o nome de sua esposa. Importante centro comercial desde
168 a.C., Tessalônica foi anexada ao Império Romano em 164 a.C. e tornou-se
capital da Macedônia. Com suas muitas formas de adoração pública, Tessalônica é
uma referência quanto a divinização de imperadores; possuia um templo para o
culto a César. Em suas moedas a cidade de Roma e os seus imperadores eram
retratados como divindades. Possuía um templo a deusa ísis, ao lado de Kabiros,
sua divindade protetora. Dos relatos que envolvem personalidades nos ritos
sagrados das cidades gregas, desde o século VI a.C., é possível afirmar que os
tessalonicenses praticavam cultos de mistério, principalmente a Kabiros,
também protetora da cidade de Filipos. Em meio a toda essa diversidade cúltica
havia uma comunidade judaica que, descontente com o êxito do programa
evangelísitico agita o povo da cidade contra o apóstolo Paulo.
Tessalônica
foi a segunda cidade européia a ouvir a pregação de Paulo, e provavelmente a
primeira igreja a receber uma de suas epístolas. Hoje em dia é conhecida como
Salônica. Por estar situada na grande estrada militar do norte, que ia da
Itália até o Oriente (conhecida como a via Inaciana), era um estratégico centro
militar e comercial nos dias de Paulo.
Lucas nos
conta, na versão grega original de Atos 17:6,8, que os magistrados e
funcionários oficiais desta cidade eram chamados politarcas. Durante muitos anos os críticos
eruditos afirmaram que este nome ou título não aparecia em nenhum outro
documento grego, e que, portanto, Lucas tinha cometido um erro ao empregá-lo.
Porém,
tempos depois, esse título foi encontrado escrito em diversas ruínas de
Tessalônica. As inscrições mais importantes no arco da porta de Vardar, que se
estendia sobre a via Inaciana na entrada ocidental da cidade. A inscrição diz,
em parte o seguinte: "No tempo dos politarcas, Sosipatros, filho de
Cleópatra, e Lúcio Pontio Públio Flávio Sabino,
Demétrio, filho de Fausto, Demétrio de Nicápolis, Zoilo, filho de Parmênio, e
Menisco Gaia Agileu Poteito". A inscrição menciona os seis funcionários da cidade
que encabeçavam a “assembléia do povo”
Sem
dúvida, Paulo e Lucas passaram através desta porta e notaram a inscrição. Lucas
se referiu aos magistrados de maneira correta, dando-lhes um título que
aparentemente era utilizado só nessa parte do país.
O arco foi
derrubado durante um motim em 1876, depois do qual aquela inscrição foi
adquirida pelos ingleses, e na atualidade se acha no Museu Britânico.
Foi
encontrada em Tessalônica uma inscrição samaritana do século V d.C., o que pode
confirmar a existência desde o período helênico de comunidades de samaritanos
vivendo próximo as comunidades judaicas na cidade.
Muralha de Tessalônica

Fonte:
Bíblia
Thompson, Suplemento Arqueológico
Dicionário
Bíblico, Editora Betânia
ARQUEOLOGIA
DE TIRO
Cidade-estado
portuária da Fenícia, situada em região rochosa do Líbano. Centro do
desenvolvimento da cultura fenícia, civilização marítima de Canaã. Na idade do
Bronze Recente (1550-1200 a.C.), quando o sucessor do faraó Merneptah
(1213-1203 a.C.), Ramsés III, submeteu os povos do mar e dominou praticamente a
totalidade do território de Canaã, um dos objetivos foi controlar as vias que
permitiam o comércio com a Síria e o Líbano. Tiro naquele tempo era uma
importante cidade ao norte de Israel; dependente do Egito, mas beneficiada por
migrações araméias. Também naquela época os filisteus monopolizaram o comércio,
controlando a navegação pelo mar Mediterrâneo, mantendo parceiras com Tiro.
Entre os séculos XI e IX a.C. a cultura fenícia alcançou seu apogeu.
Tiro foi o
grande parceiro comercial dos israelitas. O rei Davi recebeu apoio de Hirão,
rei de Tiro, a mais importante cidade-estado fenícia, para construção de sua
residência em Jerusalém (2Sm 5.11-12).
Tiro, tinha
o porto marítimo mais famoso das antigas terras da Bíblia, estava situado
a 32 quilômetros ao sul de Sidom, em uma ilha a um quilômetro da terra firme. A
cidade contava com dois portos, um no norte e o outro no sul. Seus muros eram
de grande altura, especialmente no lado que dava para a terra firme.
Ali os
artesãos fabricavam artigos e diferentes produtos artísticos de bronze e de
prata, e preparavam a tinta púrpura que tornou Tiro famosa. Seus mercadores
comerciavam com as muitas terras do Mediterrâneo e inclusive com as distantes
ilhas britânicas. Tiro se converteu em uma “bem povoada e afamada cidade”. Mas
o profeta assegura que a cidade pereceu, “Tu e teus moradores, que atemorizaste
a todos os que habitavam ao teu redor” (Ez 26:17).
Reis e
militares de muitos países sitiaram Tiro, mas não puderam apoderar-se da
cidade. Em 333 a.C. Alexandre Magno a tomou, depois de sete meses de assédio.
Mas Tiro levantou-se de novo pouco a pouco e se converteu em um centro de
comercio na época do Império Romano. Em séculos recentes, porém o lugar foi
reduzido de tamanho. Seus portos estão cheios de ruínas e são pouco mais que
“um enxugadouro de redes” (Ez 26:14).
Porto de Tiro

FONTE:
Bíblia
Thompson, Suplemento Arqueológico
Dicionário
Bíblico, Editora Betânia
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