SETEBRAE
SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO BETEL-BRASILEIRO E AÇÃO
EVANGÉLICA
GEOGRAFIA
E
ARQUEOLOGIA
BÍBLICA
Prof. José Sanches Vallejo Neto
2007.1
SETEBRAE
Seminário Teológico do Betel Brasileiro e Ação Evangélica
DISCIPLINA: Geografia
e Arqueologia Bíblica PERÍODO: 2007.1
PROFESSOR: José
Sanches Vallejo Neto CARGA HORÁRIA: 30ha
PLANO DE CURSO
1. OBJETIVOS: Informar o aluno da realidade do ambiente
bíblico, e do contexto cultural, como também levá-lo a compreender os
momentos históricos narrados na Bíblia e os locais e povos envolvidos.
2.
METODOLOGIA: Aulas expositivas,
dinâmicas em grupo e leituras paralelas
3.
AVALIAÇÕES: Avaliação escrita, participação do aluno nas
aulas e produção de um texto temático e elaboração de mapas da geografia
bíblica.
4.
CONTEÚDO e CALENDÁRIO DE AULAS
AULAS
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CONTEÚDO DA AULA
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1-2
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Introdução – Pg. 3
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5-6
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A Natureza e o Propósito da Arqueologia Bíblica - Pg. 3
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A Arqueologia e o Texto da Bíblia – Pg. 4
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7-8
|
A arqueologia moderna e Arqueologia do Oriente Próximo - Pg.
4
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9-10
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Idades Arqueológicas, o Surgimento do Universo e carbono 14 – Pg.
6
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11-12
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Evolução e Criacionismo – Pg. 8
|
13-14
|
Civilizações Antigas – Mesopotâmia e Jardim do Eden – Pg. 12
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15-16
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Civilizações Antigas – Sumérios e Caldeus – Pg. 13
|
17-18
|
Descobertas arqueológicas relacionadas com a Bíblia – Pg. 14
|
19-20
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Civilizações Antigas – Egito – Pg. 15
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21-22
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Civilizações Antigas – Palestina – Pg. 16
|
23-24
|
Civilizações Antigas – Jericó – Pg. 17
|
25-26
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Civilizações Antigas – Fenicios e Persas – Pg. 21
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27-28
|
A importância da
arqueologia no estudo do Novo Testamento – Pg. 22
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29-30
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Descobertas
relacionadas a Jesus – Pg. 23
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31-32
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Confirmação de eventos bíblicos – Pg. 24
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33-34
|
Avaliação
|
35-36
|
PROVA FINAL
|
- Referências
bibliográficas:
Ø
Bíblia Sagrada
Ø
Aller Edith
- Compêndio de Arqueologia do V.T..
Ø
Bolívar, A. Padilla Bolivar Atlas de
Arqueologia, editora Lial
Ø
Crabtree, A. C. Arqueologia bíblica. Casa
Publicadora Batista.
Ø Crouse, Bill. 1992. "Noah's Ark : Its Final
Birth," Bible and Spade 5:3, pp. 66-77.
Ø
Enciclopédia do Estudante n° 5, editora Globo
Ø
Enciclopédia® Microsoft® Encarta 2001.
Ø
Heaton, E.W. O mundo do Antigo Testamento.
Ø Keller,
Werner - E a Bíblia tinha razão. Ed. Melhoramentos. São Paulo
Ø Livingston , D. The Date of Noah's Flood:
Literary and Archaeological Evidence, Bible and Spade:13-17-1993
Ø Shea, William. 1988. "Noah's Ark ?" Bible and
Spade 1/1: 6-14.
Ø
Urger,Merril. F. Arqueologia do V.T.
SITES
http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/palestina.html#_ftn1#_ftn1
Arqueologia e Geografia Bíblica
Introdução
Até o século
XIX, o estudo da Bíblia sofreu limitações decorrentes da quase total ausência
de informações históricas extrabíblicas sobre os fatos narrados na Bíblia. Os
relatos das peregrinações cristãs datadas, aproximadamente, do século IV,
constituem a única fonte de informação sobre sítios arqueológicos bíblicos até
esse século, quando teve início a moderna exploração histórica na Palestina. Com
as descobertas proporcionadas por escavações arqueológicas, foi possível compor
um quadro geral mais nítido de todo o mundo antigo contemporâneo da história de
Israel e do cristianismo primitivo, isto é, desde a civilização sumeriana, da
qual saiu Abraão, até à época do helenismo e do Império Romano, em que se
expandiu o Evangelho.
Vários são os
aspectos pesquisados pela arqueologia -- desde a construção de edifícios e
confecção de vestuário, até a organização militar, administrativa, política,
religiosa e comercial. Os meios de transporte, as armas e utensílios, a
educação, o lazer, as profissões e ofícios, os meios de subsistência, a
estrutura urbana, sanitária e viária, a escrita e as artes -- tudo concorre
para formar esse imenso pano de fundo, contra o qual se pode assistir com maior
nitidez ao desenrolar da história relatada nos livros bíblicos.
A partir de
escritos preservados em tábuas de pedra e barro, em hieróglifos ou em
caracteres cuneiformes, foi possível uma compreensão mais clara de como os judeus
e os povos com os quais coexistiram pensavam e agiam, como se vestiam, de que
se alimentavam, que deuses cultuavam, quais os seus ritos, sua filosofia, suas
artes, como guerreavam ou estabeleciam tratados de paz. Restaurar todos esses
elementos, no grau em que foi possível, significou restabelecer todo um
conjunto de símbolos, um sistema de significação que permitiu compreender
melhor as inúmeras metáforas, a rede de sentidos figurados em que se tece a
linguagem da Bíblia.
Várias
descobertas desse teor podem ser citadas: as escavações realizadas em Ur,
cidade natal de Abraão, que permitiram a descoberta de textos alusivos a uma
grande enchente, que se pode correlacionar ao relato do dilúvio; e a
localização de restos de uma construção que pode ser ligada à descrição da
torre de Babel. Em Nuzi, encontraram-se referências ao sacrifício de crianças -
que Abraão substituiu pelo de animais - e ao roubo de ídolos, como refere o
Gênesis (capítulo 31). No Egito, levantaram-se relatos sobre a invasão dos
hicsos, ao tempo de José. Em Susa, na Babilônia, restaurou-se o código de
Hamurabi, contemporâneo de Abraão. Numa estela construída por volta do ano 1200 a .C., há citações sobre
Israel e Palestina.
A Natureza e
o Propósito da Arqueologia Bíblica.
A
palavra arqueologia vem de duas palavras gregas, archaios e logos, que
significam literalmente “um estudo das coisas antigas”. No entanto, o termo se
aplica, hoje, ao estudo de materiais escavados pertencentes a eras anteriores.
A arqueologia bíblica pode ser definida como um exame de artefatos antigos
outrora perdidos e hoje recuperados e que se relacionam ao estudo das
Escrituras e à caracterização da vida nos tempos bíblicos.
A
arqueologia é basicamente uma ciência. O conhecimento neste campo se obtém pela
observação e estudo sistemáticos, e os fatos descobertos são avaliados e
classificados num conjunto organizado de informações. A arqueologia é também
uma ciência composta, pois busca auxílio em muitas outras ciências, tais como a
química, a antropologia e a zoologia.
Naturalmente,
alguns objetos de investigação arqueológica (tais como obeliscos, templos
egípcios e o Partenon em Atenas) jamais foram “perdidos”, mas talvez algum
conhecimento de sua forma e/ou propósito originais, bem como o significado de
inscrições neles encontradas, tenha se perdido.
Sabemos
que muitas civilizações e cidades antigas desapareceram como resultado do
julgamento de Deus. A Bíblia está repleta de tais indicações. Algumas
explicações naturais, todavia, também devem ser brevemente observadas até
porque elas foram instrumentos de Deus para o exercício do julgamento.
As
cidades eram geralmente construídas em lugares de fácil defesa, onde houvesse
boa quantidade de água e próximo a rotas comerciais importantes. Tais lugares
eram extremamente raros no Oriente Médio antigo. Assim, se alguma catástrofe
produzisse a destruição de uma cidade, a tendência era reconstruir na mesma
localidade. Uma cidade podia ser amplamente destruída por um terremoto ou por
uma invasão. Fome ou pestes podiam despovoar completamente uma cidade ou
território. Nesta última circunstância, os habitantes poderiam concluir que os
deuses haviam lançado sobre o local uma maldição, ficando assim temerosos de
voltar. Os locais de cidades abandonadas reduziam-se rapidamente a ruínas. E
quando os antigos habitantes voltavam, ou novos moradores chegavam à região, o
hábito normal era simplesmente aplainar as ruínas e construir uma nova cidade.
Formava-se, assim, pequenos morros ou taludes, chamados de tell, com
muitas camadas superpostas de habitação. Às vezes, o suprimento de água se
esgotava, rios mudavam de curso, vias comerciais eram redirecionadas ou os
ventos da política sopravam noutra direção - o que resultava no permanente
abandono de um local.
I. A
importância da arqueologia no estudo do Velho Testamento
A
arqueologia auxilia-nos a compreender a Bíblia. Ela revela como era a vida nos
tempos bíblicos, o que passagens obscuras da Bíblia realmente significam, e
como as narrativas históricas e os contextos bíblicos devem ser entendidos. A
Arqueologia também ajuda a confirmar a exatidão de textos bíblicos e o conteúdo
das Escrituras. Ela tem mostrado a falsidade de algumas teorias de
interpretação da Bíblia. Tem auxiliado a estabelecer a exatidão dos originais
gregos e hebraicos e a demonstrar que o texto bíblico foi transmitido com um
alto grau de exatidão. Tem confirmado também a exatidão de muitas passagens das
Escrituras, como, por exemplo, afirmações sobre numerosos reis e toda a
narrativa dos patriarcas.
Não
se deve ser dogmático. Relatos recuperados na Babilônia e na Suméria
descrevendo a criação e o dilúvio de modo notavelmente semelhante ao relato
bíblico deixaram perplexos os eruditos bíblicos. Porém, em declarações sobre as
confirmações da arqueologia, ela também cria vários problemas para o estudante
da Bíblia. Até o presente não houve um caso sequer em que a arqueologia tenha
demonstrado definitiva e conclusivamente que a Bíblia estivesse errada!
Embora a maioria das
pessoas pense em grandes monumentos e peças de museu e em grandes feitos de
reis antigos quando se faz menção da arqueologia bíblica, cresce o conhecimento
de que inscrições e manuscritos também têm uma importante contribuição ao
estudo da Bíblia. Embora no passado a maior parte do trabalho arqueológico
estivesse voltada para a história bíblica, hoje ela se volta crescentemente
para o texto da Bíblia.
Até
recentemente, o manuscrito hebraico do AT de tamanho considerável mais antigo
era datado aproximadamente do ano 900 da era cristã, e o AT completo era cerca
de um século mais recente. Então, no outono de 1948, os mundos religioso e
acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que um antigo manuscrito de Isaías
fora encontrado numa caverna próxima à extremidade noroeste do mar Morto. Desde
então um total de 11 cavernas da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de
rolos e fragmentos. Dezenas de milhares de fragmentos escritos originalmente
sobre couro ou papiro e atribuídos aos membros de uma congregação judaica
desconhecida, são mais de 600 e se encontram em diferentes estados de
conservação. Incluem manuais de disciplina, livros de hinos, comentários
bíblicos, textos apocalípticos, duas das cópias mais antigas conhecidas do
Livro de Isaías, quase intactas, e fragmentos de todos os livros do Antigo
Testamento, com exceção do de Ester..
Como
se poderia esperar, fragmentos dos livros mais freqüentemente citados no NT
também são mais comuns em Qumran (o local das descobertas). Esses livros são
Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram melhor
preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de
Levítico.
Entre estes fragmentos encontra-se uma extraordinária paráfrase
do Livro do Gênesis. Ainda se descobriram textos, em seus idiomas originais, de
vários livros dos apócrifos, deuterocanônicos e pseudoepígrafos. Estes textos,
nenhum dos quais incluído no cânon hebraico da Bíblia, são: Tobias,
Eclesiástico, Jubileus, partes de Enoc e o Testamento de Levi, conhecido, até
então, somente em suas antigas versões grega, síria, latina e etíope.
Ao que parece, os manuscritos foram parte da biblioteca da
comunidade, cuja sede se encontrava no que hoje se conhece como Kirbet Qumran,
próximo ao local das descobertas. As provas paleográficas indicam que a maioria
dos documentos foi escrita em distintas datas. Parece que de 200 a .C. até 68 d.C. As
provas arqueológicas têm ressaltado a data mais tardia, já que as escavações
demonstram que o local foi saqueado em 68 d.C. É possível que um exército, sob
as ordens do general romano Vespasiano, tenha saqueado a comunidade quando
marchava para sufocar a rebelião judaica que estourou em 66 d.C. O mais
provável é que os documentos foram escondidos entre 66 e 68 d.C.
Nos rolos encontrados no Mar Morto encontraram-se alusões a
pessoas e acontecimentos dos períodos helenista e romano primitivo da historia
judaica. Assim, um comentário do Livro de Naum menciona um homem de nome
Demétrio, parecendo referir-se a um incidente registrado por Josefo e
acontecido em 88 a .C.
Nele estiveram implicados Demétrio III, rei da Síria, e Alexandre Janeu, o rei
macabeu. De forma similar, pensa-se que as repetidas alusões a um "mestre
da justiça" perseguido dizem respeito a figuras religiosas. Entre elas, o
último sumo sacerdote judeu legítimo, Onias III, destituído em 175 a .C.; os líderes macabeus
Matatias, o sumo sacerdote e seu filho, o líder militar Judas Macabeu, e a
Manaém, líder dos zelotes em 66 d.C. Também se tem tentado vincular certas
referências - principalmente as que mencionam um "sacerdote perverso"
e "homem de falsidade" - com determinadas figuras como o sacrílego
sumo sacerdote judeu Menelau; Antíoco IV, rei de Síria; o líder macabeu João
Hircano e Alexandre Janeu. No entanto, até agora, todas estas identificações são
ensaios e teorias. As opiniões acadêmicas ainda são objeto de fortes polêmicas.
O
material descoberto entre os Manuscritos do mar Morto tem sido publicado pela
American School of Oriental Research, a Universidade Hebraica e o Serviço de
Antigüidades da Jordânia. A maioria dos manuscritos encontram-se, hoje, no
Templo do Livro, no Museu Rockefeller, de Jerusalém, e no Museu do Departamento
de Antigüidades, em Aman.
Desde seu descobrimento, têm se publicado várias traduções
dos manuscritos e numerosos comentários sobre os mesmos. Em 1947, Jumea, um
pastor da tribo Taaeamireh dos beduínos nômades, descobriu alguns manuscritos
antigos, em pele e tecido, numa caverna a noroeste do Mar Morto, vale de
Qumran. Importantíssimo achado arqueológico, estes manuscritos constituíam a
primeira parte de uma coleção de textos hebraicos e aramaicos, revelados após o
primeiro achado de Jumea. Estes antigos textos, que incluem o Livro de Isaías
completo e fragmentos de todos os demais livros do Antigo Testamento - exceto do
Livro de Ester - são mil anos mais antigos do que qualquer outro texto hebraico
conhecido.
O
significado dos Manuscritos do Mar Morto é tremendo. Eles fizeram recuar em
mais de mil anos a história do texto do AT (depois de muito debate, a data dos
manuscritos de Qumran foi estabelecida como os primeiros séculos AC e AD). Eles
oferecem abundante material crítico para pesquisa no AT, comparável ao de que
já dispunham há muito tempo os estudiosos do NT. Além disso, os Manuscritos do
Mar Morto oferecem um referencial mais adequado para o NT, demonstrando, por
exemplo, que o Evangelho de João foi escrito dentro de um contexto
essencialmente judaico, e não grego, como era freqüentemente postulado pelos
estudiosos. E ainda, ajudaram a confirmar a exatidão do texto do AT. A
Septuaginta, comprovaram os Manuscritos do Mar Morto, é bem mais exata do que
comumente se pensa. Por fim, os rolos de Qumran nos ofereceram novo material
para auxiliar na determinação do sentido de certas palavras hebraicas.
Ao longo dos anos, muito criticismo tem sido levantado quanto à
confiabilidade histórica da Bíblia. Estes criticismos são usualmente baseados
na falta de evidência de fontes externas confirmando o registro bíblico. E
sendo a Bíblia um livro religioso, muitos eruditos tomam a posição de que ela é
parcial e não é confiável a menos que haja evidência externa confirmando-a. Em
outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja provada inocente, e a
falta de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida.
Este padrão é extremamente diferente do aplicado a outros
documentos antigos, mesmo que muitos deles, se não a maioria, contém um
elemento religioso. Eles são considerados acurados a menos que a evidência
demonstre o contrário. Embora não seja possível verificar cada incidente
descrito na Bíblia, as descobertas arqueológicas feitas desde a metade do
século XVIII têm demonstrado a confiabilidade e plausibilidade da narrativa
bíblica. Alguns exemplos[1]:
·
A descoberta do arquivo de Ebla no norte da
Síria nos anos 70 tem mostrado que os escritos bíblicos concernentes aos
Patriarcas são de todo viáveis. Documentos escritos em tabletes de argila de
cerca de 2300 A .C.
mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos
sobre os Patriarcas são genuínos. O nome "Canaã" estava em uso em
Ebla - um nome que críticos já afirmaram não ser utilizado naquela época e,
portanto, incorretamente empregado nos primeiros capítulos da Bíblia. A palavra
"tehom" (o abismo) usada em Gn 1:2 era
considerada como uma palavra recente, demonstrando que a história da criação
fora escrita bem mais tarde do que o afirmado tradicionalmente.
"Tehom", entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla, cerca de
800 anos antes de Moisés. Costumes antigos, refletidos nas histórias dos
Patriarcas, também foram descritos em tabletes de argila encontrados em Nuzi e
Mari.
·
Os Hititas eram considerados como uma lenda
bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em Bogazkoy, Turquia.
Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram grandemente
exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na antiguidade estava
concentrada como o rei e que a prosperidade de Salomão é inteiramente possível.
Também já foi afirmado que nenhum rei assírio chamado Sargon, como registrado
em Is 20:1,
existiu porque não havia nenhuma referência a este nome em outros registros. O
palácio de Sargon foi então descoberto em Khorsabad, Iraque. O evento
mencionado em Is 20
estava inclusive registrado nos muros do palácio. Ainda mais, fragmentos de um
obelisco comemorativo da vitória foram encontrados na própria cidade de Asdode.
·
Outro rei cuja existência estava em dúvida era
Belsazar, rei da Babilônia, nomeado em Dn 5. O último rei
da Babilônia havia sido Nabonidus conforme a história registrada. Tabletes
foram encontrados mais tarde mostrando que Belsazar era filho de Nabonidus e
co-regente da Babilônia. Assim, ele podia oferecer a Daniel "o terceiro
lugar no reino" (Dn 5:16) se ele
lesse a escrita na parede. Aqui nós vemos a natureza de "testemunha
ocular" do registro bíblico frequentemente confirmada pelas descobertas
arqueológicas.
3. Arqueologia do Oriente Próximo
De todas as regiões da terra, a mais escavada e perfurada é a do
oriente médio. Ali surgiram e desapareceram reinos e civilizações. Muito do que
se sabe hoje sobre esses reinos e civilizações desaparecidos deve-se a
arqueologia.
Há cerca de 2.500 anos, desenvolveu-se na Grécia uma das
civilizações mais importantes da Antiguidade e também uma das mais influentes
de toda a história. Arquitetos gregos criaram estilos que são copiados até
hoje. Seus pensadores fizeram indagações sobre a natureza que continuam a ser
discutidas nos dias atuais. O teatro nasceu na Grécia, onde as primeiras peças
eram apresentadas em anfiteatros abertos. Foi em Atenas que se fundou a
primeira democracia, isto é, o governo do povo. A democracia ateniense incluía
apenas os cidadãos homens, excluindo escravos (um número muito alto) e
mulheres, portando, uma minoria votava. A sociedade grega atravessou diversas
fases, atingindo o apogeu entre os anos 600 e 300 a .C., com grande
florescimento das artes e da cultura. A Grécia foi unificada por Filipe da
Macedônia. Seu filho, Alexandre o Grande, disseminou a cultura grega pelo
Oriente Médio e pelo norte da África.[2] As
pesquisas arqueológicas nos grandes centros urbanos do período homérico
revelaram-nos muito das cidades antigas.
Tróia - Aos 46 anos de idade, Heinrich Schliemann fã das
leituras homéricas ouvidas na infância dos lábios de seu pai. Depois de
aprender grego e dono de sólida fortuna, partiu em busca de um mundo sonhado.
Em contato com os lugares homéricos pelos documentos históricos que afirmam que
no século VI a.C. ali esteve o Novum Ilium - dizem-lhe, ao contemplar a
colina de Hissarlik, que ali debaixo está Tróia. Dá início às escavações em
1870. Estas demonstram que aquela colina oculta ruínas de diversos povoados
superpostos. Qual deles terá sido a Tróia da Ilíada? Logo Schiliemann anuncia
que no segundo povoado encontra-se o Tesouro de Príamo, depois de remover 250.000 metros cúbicos
de escombros. Após dispensar os operários da escavação, ele escava, ao
anoitecer, as muralhas da cidadela recém descoberta juntamente com sua esposa
(uma jovem grega também apaixonada por Homero). Naquela noite ele retira dois
diademas de ouro, 4.066 plaquetas, 16 estatuetas, 24 colares de ouro, anéis,
agulhas, pérolas.., num total de 8.700 artefatos provavelmente guardados num
cofre por alguém que teria abandonado precipitadamente a cidade ao ser
assaltada.
Micenas - Schiliemann prossegue com suas pesquisas, agora
seu objetivo era encontrar a famosa "Micenas rica em ouro", como
descreviam os textos homéricos. Ele começou as escavações no local que achou
mais conveniente, ignorando as opiniões do "inteirados" no assunto.
Acertou em cheio e logo se deparou com uma espécie de altar que poderia ter
servido para a prática de sacrifícios de cunho religioso. Depois de algum
tempo ele consegue chegar aos sepulcros. Ao abrí-los, um círculo de refulgentes
machados, lanças e outros objetos parecem querer defender os cadáveres, os
quais encontravam-se cobertos por máscaras e discos de ouro na fronte e sobre
os olhos. A terceira das cinco tumbas abrigava esqueletos femininos e
encontrava-se cheia de objetos de ouro e jóias. Schiliemann escreveu à um amigo
a seguinte frase: "Encontrei um tesouro tão fabuloso que todos os museus
do mundo reunidos equivalem a sua quinta parte". A máscara funerária que
ele atribuíra à Agamemnom, no entanto, não tivera pertencido àquele famoso rei
grego e combatente da Guerra de Tróia. Os especialistas demonstraram
implacavelmente que aquelas tumbas eram anteriores à grande rixa com os troianos.
Creta - Bastaram umas horas de trabalho para que Evans
encontrasse o fruto de suas escavações. Três semanas depois, estava a frente de
uma construção impressionante (ocupava uma extensão de mais de um hectare) que
deixava pequenas as de Micenas. À memória de Evans chegaram as palavras de
Homero: "E em Creta se encontra Cnossos, uma grande vila onde, durante
nove estações, reinou Minos, amigo inseparável de Zeus Todo Poderoso". A
obra era de exterior muito simples, ao contrário do interior, que era
intrincado. As prodigiosas pinturas encontradas do lado interno falavam
claramente do esplendor da civilização minóica. A emoção de Evans e dos
trabalhadores chegou ao máximo quando encontraram o "Salão do Trono",
com os altares em honra à Grande Deusa (divindade que remonta a época dos
agrupamentos matriarcais do neolítico), porcelanas, pinturas, etc. O que mais
impressionou neste grande edifício foi o excelente serviço de encanamentos e de
escoadouro. As pinturas retratavam um ambiente de fim de século. Vale
lembrar que Evans passou 25 anos escavando em Cnossos.[3]
Após sucessivos conflitos internos na Grécia, como a Guerra do
Peloponeso (431 a .C.),
entre Atenas e Esparta, da qual a última saiu vitoriosa, inciou-se um período
de enfraquecimento da Cidades Estados gregas. Houve ainda uma hegemonia
temporária de Tebas, que foi sucedida pelo início das incursões de Felipe da
Macedônia sobre o restante do mundo grego (338 a .C.).
Os exércitos de Alexandre, O Grande da Macedônia (que deu
continuidade às conquistas de seu pai, Felipe), em oito anos já haviam
conquistado quase todo o mundo conhecido daquela época: da Grécia à Índia; do
Egito ao Cáucaso. Seus homens cansados se amotinaram o que obrigou-o a
regressar de suas campanhas militares. No Irã (antiga Pérsia), ainda pode ser
visto o que sobrou dos palácios que Alexandre Incendiou. No Egito ele foi
elevado à condição de deus. Durante uma batalha porém levou uma flechada no
peito, mas como um milagre se salvou, e veio a morrer anos depois (323 a .C.) por umapicada de
mosquito que lhe transmitiu a malária. Como um sonho fabuloso a pequena
Macedônia dominou o mundo, Alexandre foi imortalizado em mosaicos, estátuas de
rocha e em contos que narram vitórias intermináveis de um homem que como um
deus marchou sobre o mundo antigo e, apesar de sua vida curta (33 anos), marcou
para sempre a história mundial.
Mesopotâmia significa literalmente, Terra Entre Rios, está
situada entre cursos inferiores dos rios Tigre e Eufrates. Dentre os povos que
viveram em tempos remotos na Mesopotâmia, podemos destacar: A cultura sumeriana
(IV-III milênio a.C.), A cultura sumério-acadiana (após séc. XXIII a.C.), Os
impérios mesopotâmicos (séc. XXIV-XVI a.C.): Império de Elba, Império de Lagash
e Império neo-sumério. Após também encontramos os chamados Reinos rivais, duas
nações mesopotâmicas em constante tensão. Os Impérios do Oriente, basicamente
constituídos de assírios que entraram em domínios babilônicos e por lá
obtiveram êxitos militares formando assim o Império neo-assírio.
A habitação da Mesopotâmia data de tempos pré-históricos, pode-se
observar nitidamente a linha de desenvolvimento cultural da região, vê-se os
primeiros focos de organização urbana, a criação das primeiras grandes
metrópoles mundiais, como a antiga Uruk, em camadas um pouco mais superficiais
nota-se os rastros dos grandes impérios. É interessante olhar atentamente a uma
tabuinha de escrita cuneiforme (Uma das primeiras formas de escrita criadas
pelo homem), muitas vezes sem entender nada, compreendemos a maneira de se expressar
dos antigos habitantes do mundo.
A região da Mesopotâmia despertou interesses de muitos
usurpadores, que apareceram em busca de ouro, o qual encontraram em quantidade. Exemplo
de uma "Mesopotâmia rica em ouro", são as tumbas de Ur, que abrigavam
tesouros inestimáveis, entre carneiros de ouro maciço e pedras preciosas,
capacetes bélicos ornados em puro ouro, jóias. Além das preciosidades,
belíssimas obras de arte ornamentam as diversas regiões da Terra entre Rios.
Por isso tudo é que a região do oriente próximo e médio
constituiem-se no paraíso dos escavadores.
4. Idades Arqueológicas
Asprincipais eras ou Idades arqueológicas são: paleolítico,
mesolítico e neolítico.
"Paleolítico" ou "Idade da Pedra Antiga
(lascada)" é um termo criado no século XIX para definir o período mais
antigo da História do Homem, anterior ao "Neolítico" ou "Idade
da Pedra Nova (polida)". A duração deste período, o mais longo da História
da Humanidade, é de cerca de 2,5 milhões de anos, desde o momento em que
surgiram os primeiros seres humanos que fabricaram artefactos líticos até ao
fim da última época glaciar, que terminou há cerca de 10 000 anos.
Mesolítico deve ser entendido como um período intermediário entre
a economia predatória (caça e coleta), característica do Paleolítico, e a
economia de produção (agricultura), característica do Neolítico. Alguns
historiadores consideram-no um mero prolongamento do Paleolítico Superior, daí
a denominação alternativa Epipaleolítico. Na maioria das regiões o
Mesolítico corresponde aos últimos séculos que precederam a adoção da
agricultura, com freqüência após o degelo da última glaciação. As mais antigas
culturas mesolíticas, datadas aproximadamente de -10.000/-8.000, são as da
Europa e Ásia Ocidental.
No período Neolítico, o homem aprendeu a polir a pedra. A partir
de então, conseguiu produzir instrumentos (lâminas de corte, machados, serras
com dentes de pedra) mais eficientes e mais bem acabados. Empurrado pela
necessidade, já que a caça e coleta tornaram-se escassas, o homem descobriu uma
forma nova de obter alimentos: a agricultura. Com a prática da agricultura, o
homem passou a necessitar de recipientes em que pudesse armazenar, conservar e
cozinhar os cereais. Em resposta a essa necessidade, inventou a cerâmica: o
barro modelado e cozido, usado para produzir jarros, potes, vasos e panelas.
No final do Período Neolítico, o homem aperfeiçoa os seus
instrumentos através do uso da metalurgia. Os artefatos de pedra polida serão
substituídos por ferramentas de metal, por volta do ano 5000 a .C., inaugurando a
chamada Idade dos Metais. O domínio da técnica de fundição dos metais
representa um grande avanço científico alcançado pelos homens naquele período.
O primeiro metal utilizado pelo homem foi o cobre; posteriormente, através da
fusão do cobre com o estanho, o homem obteve o bronze.
O processo de desenvolvimento da metalurgia culminou finalmente
com a utilização do ferro. Porém, sendo o ferro um metal escasso e mais difícil
de ser fundido, só foi obtido por volta de 1500 a .C. e dominado somente
por alguns povos. Eles aproveitaram o ferro para a utilização de seus
armamentos afirmando sua superioridade militar.
5. O Surgimento do Universo
Basicamente
são apenas duas as teorias do surgimento do universo: Criado por um ser
todopoderoso e criação espontânea. Esta última com alguns desdobramentos. As
duas teorias partem de um axioma. A primeira de um Deus onipotente criador de
todas as coisas, a segunda da auto criação da matéria. Ambas são inacessíveis à
verificação científica. Ambas podem apenas ser avaliadas pelos respectivos
postulados ou previsões, por exemplo, antes da primeira alunisagem:
Evolucionistas
na NASA insistiam que as pernas do módulo lunar tivessem 13 m de altura porque, segundo
a teoria da evolução, a Terra/Lua existem há 4,5 bilhões de anos e a taxa,
conhecida por medições, de precipitação de pó cósmico na Lua deve ter uma
camada média de 12,8 m
de pó por lá. Os criacionistas da NASA, inclusive Werner von Braun, insistiam
no absurdo de tais providências e insistiam que a Lua não teria uma camada de
pó superior a 1 cm
porque Deus criou os céus e a Terra em menos de 10 mil anos atrás. Tiraram a
média entre os dois grupos para o comprimento dos pés. Qual surpresa quando
chegaram lá e mediram a espessura da camada de pó que media pouco menos de 1 cm !
Desta
forma também é o resultado para a maioria das demais previsões pelas duas
teorias e por este motivo companhias petrolíferas procuram por geólogos
criacionistas para prospectar petróleo baseado em previsões pela teoria
criacionista. Assim como existem apenas duas teorias sobre as origens, assim
também existem apenas dois grupos de religiões no mundo: Aquelas que tentam
procurar por divindades e aquelas para as quais Deus se revelou. Para o segundo
grupo pertencem o judaísmo e o cristianismo. As demais pertencem ao primeiro
grupo. Estas também são chamadas de religiões experimentais.
6. Carbono
14
O
carbono 14 é um elemento radiativo de meia vida de, em torno de, 5730 anos. O 14C , como é denominado
abreviadamente, se forma à partir do Nitrogênio, nas altas camadas da
atmosfera. Raios cósmicos bombardeiam constantemente a nossa atmosfera
produzindo nêutrons livres.Estes bombardeiam o Nitrogênio produzindo um isótopo
do Carbono, o Carbono 14. Este é radiativo.
De
uma dada quantidade de átomos de 14C
a metade decai, aleatoriamente, para 12C em 5730 anos, ou seja, após 5730 só resta
ainda a metade de 14C
do original. O 14C
está uniformemente distribuido na atmosfera. Todos os seres vivos metabolizam o
14C
contido nos seus alimentos, na concentração proporcional aproximada de 10-12 %
do 12C no
ar, porque ambos tem a mesma reatividade e afinidade química. Quando um ser
vivo morre deixa de metabolizar 14C
e este começa a reduzir a sua concentração, por força do decaimento radiativo,
nos tecidos mortos. Medindo-se a proporção entre o 14C e o 12C de restos mortais e
comparando-os com as proporções contidas nos seres vivos pode-se calcular a sua
idade. Devido às concentrações extremamente pequenas de 14C na atmosfera, cerca de 1 14C para cada trilhão de átomos
de 12C , é
impossível medir datas além de 20 ou 30 mil anos. Os criacionistas que
mantém que a Terra é muito jovem, no entanto, não aceitam nem datas desta
grandeza, mas porque?
A
taxa de formação de 14C
é muito pequena e necessitaria de milhares de anos para que se equilibre com a
taxa de decaimento. Se estas taxas não estiveram em equilíbrio por ocasião da
época de vida do ser vivo a ser datado se parte de uma concentração inicial de 14C menor e a idade apurada é
maior do que a real. Ninguém consegue determinar que a taxa atual de formação é
igual a taxa atual de decaimento, ou seja, ninguém consegue determinar se estas
duas grandezas estão em
equilíbrio. Para medições até 3000 AC existe um desvio
não muito significativo, comparado com fosséis de data arqueológica conhecida,
mas antes desta data ninguém sabe. O campo magnético da Terra mantém o cinturão
Van Allen. Este cinturão é um escudo contra radiação cósmica. Quanto mais forte
o campo eletromagnético da Terra mais forte o escudo Van Allen. Quanto mais
forte o escudo menor a radiação cósmica e quanto menor a radiação cósmica menor
a taxa de formação de 14C .
Acontece
que o capo eletromagnético da Terra está em franco decaimento. Há apenas dois
mil anos atrás, por exemplo, ele tinha três vezes a sua intensidade de hoje.
Se,
por exemplo, devido ao acima exposto, a concentração de 14C na atmosfera, há 5000 anos
atrás, tivesse um quarto da concentração atual, um fóssil morrido naquela data
forneceria uma idade atual de 5730 x 2 + 5000 = 16460 anos.
Por
estes e mais motivos fala-se, cientificamente, em anos ou idade radiocarbono,
que obrigatoriamente não quer dizer necessariamente a mesma coisa que anos
solares. A mídia, muitos cientistas e leigos interessados além de muitos livros
escolares não sabem distinguir entre os dois.
7. Evolução
Segundo o evolucionismo, o
homem é o resultado final de uma longa evolução, que começou há cerca de 5
milhões de anos com o mais antigo dos hominídeos: o Australopithecus. O
Australopithecus adulto tinha um modo de andar e uma arcada dentária semelhante
ao dos seres humanos atuais. O volume de seu crânio, no entanto, quase três
vezes menor do que o nosso. Há cerca de 2 milhões de anos, ele desapareceu da
Terra, por causas ainda desconhecidas pelos cientistas.
Nesse mesmo período,
segundo pesquisas, começou a surgir o Homo habilis, que possuía um crânio
maior, com cerca de 800
centímetros cúbicos: um claro sinal do desenvolvimento
do cérebro. O Homo habilis conseguia fazer utensílios de pedra, inclusive
armas, com as quais podia caçar animais, o que lhe permitiu incluir a carne na
sua dieta.
Há cerca de 1,5 milhão de
anos surgiu o Homo erectus, um descendente direto do Homo habilis. Seu corpo e
crânio eram maiores (cerca de 900 centímetros cúbicos). Sabia usar, também, o
fogo, vivia em cavernas e conseguia construir elaborados instrumentos de pedra.
Finalmente, há cerca de 200
mil anos, surgiu o Homo sapiens sapiens, cujo crânio media 1.500 centímetros
cúbicos. Ele é o nosso antepassado mais próximo, e foi o que melhor soube
transformar a natureza em seu benefício. Abaixo vamos contradizer algumas das
principais bases teóricas da evolução humana.
8. O Crânio 1470 de Richard
Leakey
É cedo demais
para avaliar acertadamente o verdadeiro significado da descoberta feita por
Richard Leakey perto da praia leste do lago Rodolfo, no Quênia. Não obstante, o
impacto sobre as teorias evolucionistas relacionadas com a origem do homem é
potencialmente tão explosivo que essa notícia merece, uma tentativa de
avaliação. Um jornal disse: "Por causa dele (o crânio 1470 de Leakey),
todos os livros sobre antropologia, todos os artigos sobre evolução e os desenhos
da árvore genealógica do homem terão de ser jogados no lixo. Estão
aparentemente errados". O artigo publicado em Science News[4]
tinha o seguinte título: "O novo crânio de Leakey muda o nosso
pedigree..." Richard Leakey é filho do Dr. Louis Leakey. O Dr. Leakey adquiriu
fama mundial através de uma série de descobertas supostamente sensacionais em Olduvai George , na
Tanzânia, cerca de 800km ao sul do lago Rodolfo. A descoberta principal do Dr.
Leakey foi um crânio de um pretenso "homem-macaco", que se chamou de
Zinjanthropus, ou "Homem do Leste da África". Através de uma
combinação de julgamentos apressados, reivindicações exageradas e grande
publicidade feita pelo National Geographic, outros jornais e outros meios de
comunicação, muitas pessoas, e quase todos os evolucionistas, ficaram
convencidos de que o Dr. Leakey tinha realmente encontrado os restos mortais de
uma criatura muito especial, uma criatura da qual o homem teria descendido
diretamente e que viveu cerca de dois milhões de anos atrás.
Uma avaliação
mais completa e cuidadosa de achado do Dr. Leakey feitos por técnicos da
matéria revelou finalmente que o "Zinjanthropus" do Dr. Leakey não
passava de uma variedade de Australophithecos (como o próprio Dr. Leakey
finalmente admitiu), uma criatura parecida com um macaco, cujos restos foram
descobertos 35 anos antes por R. A. Dart na África do Sul. O Dr. Leakey ficou,
portanto, por ter "descoberto" uma coisa que já tinha sido descoberta
muitos anos antes! Embora algumas autoridades, como Montagu[5] e
von Koenigswald,[6] há muito
tinham afirmado que o australopithecus estão fora da linhagem dos ancestrais do
homem, a opinião geral dos evolucionistas era que os australopithecus foram
macacos bípedes parecidos com o homem em linha direta na árvore genealógica do
homem.
Richard
Leakey não tem doutorado um antropologia. Na verdade, ele não é formado em nada. Ele nem mesmo
freqüentou uma faculdade. Não obstante, passou muitos anos trabalhando e
estudando com o seu pai, e reuniu uma equipe que inclui cientistas formados. Durante
os anos passados, sua pesquisa deu forte apoio àqueles que defendiam que os
australopithecus não tinham nada a ver com a origem do homem. Nós já fizemos a
nossa avaliação das evidências relacionadas com essas criaturas, evidências que
nós cremos que provam conclusivamente que eles foram macacos. Ponto final.[7] Se
a avaliação de Richard Leakey de sua descoberta, o Crânio de 1470, for aceita,
terá não apenas acabado completamente com as teorias de seu pai sobre a origem
do homem, nas quais o australopithecus recebeu um papel principal, mas também
terá acabado com as teorias de todos os outros também.
O Dr. Leakey
reivindicou que encontrou dois espécimes do seu "Zinjanthropus", uma
forma menos evolutiva e mais primitiva, mais tarde intitulada Australopithecus
Robustus e uma forma mais desenvolvida e mais graciosa, chamada A.
Africanus. Richard Leakey reivindica agora que esses não passavam de macho
e fêmea de uma só espécie, a forma mais graciosa sendo a fêmea e a mais
robusta, o macho.[8] [9]
Nenhuma evolução da forma primitiva para a mais avançada.
Com base em
evidências extremamente fragmentárias (e com fortes idéias preconcebidas), a
opinião geral dos evolucionistas tem sido que os australopithecus andavam
abitualmente sobre duas pernas, uma das características para a forma
transicional entre o suposto ancestral do homem parecido com um macaco e o
próprio homem. Evidências apresentadas por Richard Leakey nos dois ou três anos
passados deram forte apoio ao fato de que os australopithecus não andavam sobre
duas pernas, mas tinham longos braços, pernas curtas e andavam com o auxilio
das mãos, como os demais macacos africanos ainda existentes.[10]
A última
descoberta de Leakey talvez tenha agora dado o último golpe para derrubar o
australopithecus como candidato a antepassado do homem; na verdade, se aceita,
vai destruir todas as teorias atualmente defendidas pelos evolucionistas sobre
os antepassados do homem. Em sua conferência no ano passado em San Diego (que o autor
assistiu), Leakey disse que o que ele encontrou destrói tudo o que aprendemos
até agora acerca da evolução do homem, e, ele disse, "Eu não tenho nada
para oferecer em seu lugar!"
As idéias
geralmente aceitas até agora sobre a evolução do homem incluíam um antepassado
hipotético comum para homens e macacos, que deveria ter existido cerca de 30
milhões de anos atrás mais ou menos, talvez um pouco mais (no que se refere aos
verdadeiros fósseis) até que se chegou ao estágio do australopithecus, cerca de
dois milhões de anos atrás segundo se supõe. Mais tarde, cria-se, esses
antepassados do homem parecidos com macacos foram seguidos por uma criatura
mais parecida com o homem (ou menos parecida com o macaco!), representada em
Java pelo Pithecanthropus Erectus (o Homem de Java), e na China pelo Sinanthropus
Pekinensis (o Homem de Pequim). Eles foram datados pelos evolucionistas
(através de simples conjecturas) em cerca de 500.000 anos, e atualmente a
maioria dos evolucionistas os coloca em uma só espécie intitulada Homo
Erectus. Já discutimos em alguns detalhes por que cremos que a única
evolução que ocorreu nessas criaturas foi a evolução dos modelos e descrições
feitas pelos evolucionistas desde que foram descritos pela primeira vez! As
primeiras descrições dessas criaturas eram muito parecidas com os macacos, mas
elas foram se tornando cada vez mais parecidas com o homem nos relatórios
subseqüentes, culminando nos modelos de Franz Weidenreich, que eram quase
humanos. Infelizmente, todos os ossos desapareceram durante a Segunda Guerra
Mundial, portanto não há meios agora de confirmar se essa criatura era um homem
ou um macaco. Estamos convencidos de que, tal como os australopithecus, eram
simplesmente macacos. Assim, temos o quadro:
·
antepassado comum do homem e do macaco (30 m .a.)
· australopithecus
(homem parecido com macaco, 2 m .a.)
· o
Homem de Java, o Homem de Pequim (quase homem, 0,5 m .a.)
·
o homem atual (foi reconhecido que o homem de
Neandertal era totalmente homem, o Homo Sapiens).
Isso é muito
pouco, considerando um suposto período evolucionário de 30 milhões de anos e a
fértil imaginação dos evolucionistas!
Richard
Leakey reivindica agora que a sua equipe descobriu um crânio (chamado de KNMR
1470) muito mais recente ainda do que o "Homem de Pequim",
essencialmente o mesmo, de fato, do homem moderno (exceto no tamanho), e ainda
assim foi datado em cerca de três milhões de anos![11] [12] Se a avaliação de Leakey tiver apoio, e, se as
datas atribuídas aos australopithecus (2 milhões de anos), o "Homem de
Pequim" (112 milhão de anos), e o KNMR 1470 (3 milhões de anos) forem
aceitas, é óbvio que nem os australopithecus nem o "Homem de Pequim"
estão na árvore genealógica do homem, pois corno poderia o homem moderno, ou
essencialmente o homem moderno, ser mais velho que seus antepassados? Quem já
ouviu falar de pais que são mais jovens que seus filhos?
Conforme foi
reconstituído pela Sra. Richard Leakey, o Dr. Bernard Wood, um anatomista
londrino, e outros, o crânio é notavelmente semelhante ao do homem moderno? A
parede do crânio é fina, sua conformação geral é humana, e não possui as
pesadas saliências dos supercílios, as cristas supramastóides e outros aspectos
simiescos encontrados variadamente nos australopithecus e no "Homem de
Pequim". Além disso, a algumas milhas de distância, mas na mesma camada, o
Dr. John Harris, um paleontólogo ligado aos Museus Nacionais do Quênia,
descobriu ossos de membros que, segundo consta, não diferem em nada dos ossos
do homem moderno. São presumivelmente ossos de membros de criaturas idênticas
ao 1470.
A capacidade
craniana do 1470 foi calculada por Leakey em apenas 800 cc. Embora isso seja
muito mais que o atribuído aos australopithecus (450 a 500 cc), e,
considerando sua alegada antigüidade, ele é chamado de "cérebro
grande", embora esteja abaixo da média do homem moderno (cerca de 1.000 a 2.000 cc, com uma
média de 1.450 cc). A idade e o sexo do 1 1470 não pôde ser determinado com
certeza (primeiro pensou-se que fosse macho; agora crê-se que seja fêmea).
A pequena
capacidade craniana desse crânio é difícil de reconciliar com o fato de que
tudo mais nele seja, segundo consta, essencialmente parecido com o homem
moderno. (O Dr. Alec Cave, um anatomista inglês, descreveu o crânio como
"tipicamente humano")[13].
Até mesmo um pigmeu deveria possuir uma capacidade craniana maior do que a do
1470, embora já tenha menos da encontrada numa mulher aborígene australiana com
uma capacidade craniana de cerca de 900 cc.
Um recente
artigo publicado em um jornal[14] fala de uma entrevista com o Dr Alan Mann, um
antropólogo da Universidade da Pennsylvania, que passou quatro semanas com
Leakey no Quênia no verão passado. Conta-se que Mann foi no começo muito cético
quanto aos relatórios de Leakey sobre o 1470, mas depois de sua experiência
durante o verão, ficou convencido de que Leakey revolucionou a antropologia.
Ele conta que Leakey agora encontrou um segundo crânio, e que esse crânio é
bastante grande para ser colocado em cima do 1470. Mann, como a maioria dos
outros evolucionistas, ficou totalmente confuso pelas desnorteantes implicações
da descoberta de Leakey. Ele teria dito: "Simplesmente não sabemos o que
aconteceu. Não há teorias reais. Todos estão um tanto confusos. ...Simplesmente
voltamos ao ponto de partida."
E o que dizer
da data atribuída por Leakey ao seu 1470, como também das datas atribuídas ao
"Zinjanthropus" 1 e 3/4 milhões de anos) e ao "Homem de
Pequim"? Seria legítimo que um criacionista que crê numa terra jovem e,
portanto, crê que os métodos para datar usados para chegar a essas datas são
inválidos, que usasse essas mesmas datas para invalidar a teoria evolucionista?
Absolutamente. Se o que Leakey relata acerca do seu 1470 é verdadeiro, e
se as datas atribuídas a essa criatura, ao "Zinjanthropus" e
ao "Homem de Pequim " são válidas, então o "Zinjanthropus"
(e todos os Australopithecus) e o "Homem de Pequim" são eliminados
como antepassados do homem, e os evolucionistas ficam sem nada. Por outro lado,
se a idade da terra tem alguns milhares de anos em vez de bilhões de anos,
então todo o conceito da evolução se torna inconcebível. Assim, tanto num como
no outro caso, ficamos sem nenhum antepassado evolucionista. para o homem.
Gostaríamos
de enfatizar que a esta altura estamos quase completamente dependentes do
julgamento de Richard Leakey e seus colegas quanto à natureza dos seus achados.
No momento, além disso, estamos; limitados às notícias publicadas em jornais e
revistas pseudocientíficas. A importância e as implicações das descobertas de
Leakey são assim publicadas com base em relatórios que talvez não sejam assim
tão dignos de confiança e dados que ainda não foram examinados pelos críticos.
Devemos, portanto, olhar para tudo isso com muita cautela. Não obstante,
podemos dizer a este ponto, que o último relatório de Leakey dê considerável
apoio aos criacionistas , que defendem que o homem e os macacos sempre foram
contemporâneos. Por outro lado, isso teve o efeito de uma bomba entre os
evolucionistas. Talvez seja por isso que em nossas muitas discussões e debates
com os evolucionistas, neste último ano, não tenhamos encontrado ninguém que
queira conversar sobre a evolução humana!
Outros
acontecimentos recentes fortaleceram a posição dos criacionistas. Por exemplo,
o Homem de Neandertal costumava ser descrito como uma criatura primitiva
sub-humana, o antepassado imediato do Homo Sapiens. Cria-se que ele
possuía uma postura apenas semiereta e que possuía alguns outros aspectos
primitivos, inclusive destacadas saliências nos supercílios, pescoço curto e em
declive, ombros curvos e pernas em arco. Durante muitos anos o Museu de História
Natural de Chicago exibiu uma família do Homem de Neandertal, apresentado-o
como uma criatura sub-humana, inclinada para frente, arrastando os braços no
chão, cabeluda, grunhindo, espiando sob uma compacta saliência supraciliar, com
olhos profundamente encaixados.
Essa figura
do Homem de Neandertal foi desenvolvida porque o indivíduo cujo esqueleto foi
usado para essa figura sofria de uma forma severa de artrite o outras condições
patológicas. Já no século XIX isso foi destacado por Virchow, um famoso
anatomista. Isso foi confirmado mais recentemente por Straus e Cave que
disseram:
"Não há,
portanto, motivos válidos para presumir que a postura do Homem de Neandertal...
diferisse significativamente dos homens da atualidade... Talvez o 'ancião'
artrítico de La
Chapelle-aux -Saints, o protótipo da postura do homem de
Neandertal, se postasse e andasse com algum tipo de cifose patológica; mas,
nesse caso, ele tem os seus companheiros entre os homens modernos
semelhantemente afligidos com osteoartrite espinal. Ele não pode, à vista de
sua manifesta patologia, ser usado para. nos dar um quadro digno de confiança
de um neandertaliano normal e sadio. Não Obstante, se ele pudesse ser
reencarnado e colocado em um metrô de New York (depois de tomar um banho, fazer
a barba e vestir roupas atualizadas ), duvidamos que atraísse mais atenção do
que outros cidadãos." [15]
Ainda mais
recentemente, o Dr. Francis lvanhoe declarou que os dentes do Homem de
Neandertal apresentam evidências de raquitismo (causada pela ausência de
vitamina D) e que radiografias dos ossos do Homem de Neandertal indicam o
característico padrão do raquitismo.[16]
Ele ainda diz que cada crânio das crianças de Neandertal estudado até agora
apresenta sinais associados a severo raquitismo: cabeça grande com testa alta e
bulbosa, fechamento retardado das juntas ósseas e fragmentos de ossos
defeituosos, e dentes fracos.
Por isso é
que o Homem de Neandertal foi um tipo de má postura! Seus supercílios
salientes, a testa bulbosa, os ombros caídos, as pernas arcadas e outros
aspectos "primitivos" eram devidos ao amolecimento dos seus ossos e
outras condições patológicas causadas por uma séria deficiência de vitamina D.
Vamos ainda lhe dar uma artrite e teremos o quadro do Homem de Neandertal que
enfeita tantos livros escolares há 100 anos - a figura que os evolucionistas
reivindicaram provar que o Homem de Neandertal era um elo entre o homem moderno
e criaturas semelhantes aos macacos.
Mas agora
essa figura do Homem de Neandertal foi abandonada e hoje ele já não é mais
classificado como Homo Neanderthalensis, mas é classificado como Homo
Sapiens, exatamente como eu e você. 0 Museu de História Natural de Chicago
retirou os seus antigos modelos do Homem de Neandertal e os substituiu com
modelos atualizados, mais modernos. Assim, um a um: - o "Homem de
Nebraska" (construído com base num dente de porco!), o "Homem de
Piltdown" (construído a partir do maxilar de um macaco da atualidade!), o
"Zinjanthropus", ou o "Homem do Leste da África", o
"Homem de Pequim", o Homem de Neandertal, - nossos supostos
antepassados semelhantes a macacos foram deixados de lado. E Richard Leakey
clama por fundos para começar tudo de novo!
A teoria da
evolução transgride duas leis fundamentais da natureza: a primeira e a segunda
Lei da Termodinâmica. A Primeira Lei declara que não importa que mudanças se
efetuem, nucleares, químicas ou físicas, a soma total da energia e da matéria
(realmente equivalentes) permanece constante. Nada atualmente está sendo criado
ou destruído, embora transformações de qualquer espécie possam acontecer. A
Segunda Lei declara que cada alteração que acontece tende natural e
espontaneamente a sair de um estado ordenado para um estado desordenado, do
complexo para o simples, de um estado de energia alta para um estado de energia
baixa. A quantidade total de casualidade ou desordem no universo (a entropia é
uma medida dessa casualidade) está constante e inevitavelmente aumentando.
Qualquer aumento na ordem e complexidade que possa ocorrer, portanto, só
poderia ser local e temporária; mas a evolução exige um aumento geral na ordem
que se estenda através dos períodos geológicos. Os aminoácidos não se combinam
espontaneamente para formar proteínas, mas as proteínas se quebram
espontaneamente em aminoácidos, e os aminoácidos lentamente se desfazem em
compostos químicos mais simples. Com cuidadoso controle de reagentes, uso de
energia e remoção de produtos da fonte de energia (conforme se faz nas atuais
experiências da "origem da vida"), o homem pode sintetizar aminoácidos
a partir de gases, e proteínas a partir de aminoácidos. Mas, sob quaisquer
combinações das condições realistas primordiais da terra, esses processos
jamais poderiam ter acontecido. Esse fato ficou adequadamente demonstrado por
Hull que concluiu: "O químico físico, orientado pelos princípios
comprovados da termodinâmica. química e cinética, não pode oferecer nenhum
incentivo ao bioquímico que necessita de um oceano cheio de compostos orgânicos
para formar até mesmo coacervatos sem vida. Hull estava aqui se referindo às
especulações sobre a origem da vida.
Considerando
que o universo, como um relógio, está se deteriorando, é óbvio que ele não
existiu eternamente. Mas de acordo com a Primeira Lei, a soma total da energia
e matériaprima é sempre uma constante. Como podemos, então, numa pura e simples
base natural, explicar a origem da ma téria e da energia das quais este
universo é composto. A continuidade evolucionária, do cosmos ao homem, é
criativa e progressiva, enquanto que a Primeira e a Segunda Lei da Termodinâmica
declaram que os processos naturais conhecidos são quantitativamente
conservativos e qualitativamente clegenerativos. Em qualquer caso, sem exceção,
quando essas leis foram sujeitas a testes foram comprovadas válidas. Os
exponentes da teoria evolucionista ignoram assim o observável a fim de aceitar
o inobservável (a origem evolucionista da vida e das principais espécies das
coisas vivas).
9. Criacionismo
No princípio criou Deus os
céus e a terra. (Gn 1:1) Este versículo
é o mais importante e fundamental de todos. Quando cremos de fato neste
versículo, não temos dificuldade em crer em todo o restante da palavra de Deus.
A teoria do Criacionismo tem sido baseada no livro de Gênesis capítulo
primeiro. Teoria defendida por católicos, evangélicos (protestantes) entre
outros. Segundo a bíblia o ser humano foi criado por Deus o que rebate
diretamente todas as demais teorias inventadas pelos homens acerca de sua
origem.
Alguns criacionistas
afirmam que a palavra dia, que aparece sete vezes na história bíblica da
criação (Gn 1.1-2.3), deve ser interpretada como um período de tempo de 24
horas. Como pode ser isso, se os luzeiros "para marcarem os dias, os anos
e as estações" (Gn 1.14, BLH) foram formados no quarto dia?
Parece-me que a palavra yom
pode ser entendida pelo menos de três maneiras: a) como dia, aproximadamente 12
horas, em contraste com noite; b) como dia de 24 horas; c) como uma era. O
intérprete deve decidir o que é mais apropriado em cada texto. Uma explicação é
que os quatro atos da criação nos três primeiros dias descrevem a criação de
espaços, e os quatro atos dos últimos três dias correspondem ao preenchimento
destes espaços. Desta forma, a criação nos seis dias é uma resposta à descrição
do versículo 2, de "um universo sem forma e vazio". Então os luzeiros
correspondem a criação de luz no primeiro dia. Segundo esta explicação, a
seqüência no texto não é cronológica, mas, sim, segundo os temas. Gostaria de
observar que o ano, o mês e o dia são baseados nos movimentos da Terra e da
Lua, mas não existem explicações astronômicas para a semana. Se admitirmos que
a lua tem quatro fases, cada uma delas um pouco maior que uma semana. Mas
poderia-se falar em duas fases, o crescente e o minguante, porque o número de
fases é arbitrário. Parece-me que a semana tem origem teológica, ou seja, Deus
está ensinando a observância de seis dias de trabalho e um de descanso, e, não,
necessariamente que o universo apareceu em 6 dias de 24 horas.
Esta é uma questão-chave. O
dia de 24 horas só foi criado no quarto "dia". A Bíblia usa a
expressão "dia" para designar períodos. Um bom exemplo disso
encontra-se já em Gênesis 2.4: "Estas são as origens dos céus e da terra,
quando foram criados; no dia em que o Senhor Deus fez a terra e os céus".
A expressão-chave é "céus e terra". Se interpretarmos literalmente,
veremos então que não foram criados no mesmo dia. Gênesis 1 relata que "os
céus" foram criados no segundo dia (Gn 1.8) e "a terra", no
terceiro dia (Gn 1.10). Obviamente, então, dia, em Gênesis 2.4, está falando de
pelo menos dois dias diferentes. Mas a outra maneira de compreender a expressão
"céus e terra", que é mais correta, é a que denota toda a criação. Na
poesia hebraica isto é chamado de merisma - a menção de elementos extremos para
se incluir tudo o que está entre os dois. É como dizer "crianças e
adultos" para incluir todas as idades, como os jovens e adolescentes
também. Deste modo, a expressão se refere a toda a criação. Todavia, ao
contrário do capítulo 1, este versículo está falando de um dia em que foram criadas
todas as coisas. Portanto, dia pode se referir a épocas. Entretanto, ressalto,
que esta interpretação tem por base a própria evidência bíblica do uso da
palavra dia. Sou contrário à interpretação que tem por finalidade validar o
texto bíblico diante das teorias sobre a idade da terra. Isto seria uma
acomodação do texto bíblico, que julgo desnecessária.
Alguns
evolucionistas argumentam: Se a Terra é tão nova, então como se formou o
petróleo que precisa ficar por milhões de anos em alta temperatura e pressão?
Contudo, a explosão do vulcão Santa Helena no noroeste dos EUA, em maio de
1980, arrancou grande quantidade de árvores e os lançou no lago Spirit. A ação
do vento e das ondas, além do efeito de apodrecimento, arrancou a casca dos
troncos enquanto flutuavam. Estas cascas foram cobertas com detritos. Em
questão de dois anos retiraram uma amostra desta camada e ela já se havia
transformada em uma substância betuminosa, semelhante ao piche leve. A história
dos milhões de anos é uma suposição apenas. Muitos processos são extremamente
rápidos, dadas as necessárias condições, inclusive a formação de estalactites e
estalagmites.
Aqueles
que combatem a existência de um casal original afirmam que o teórico cruzamento
entre irmãos, os filhos de Adão e Eva, teria causado anomalias genéticas? Mas,
as anomalias só acontecem na somatória de códigos genéticos, tanto bons como já
comprometidos. O processo sucessivo de cópias introduz erros. Como a humanidade
estava em seu início não havia códigos genéticos defeituosos e o risco era
nulo.
10. Como se organiza uma expedição arqueológica
O
arqueólogo bíblico pode ser dedicar à escavação de um sítio arqueológico por
várias razões. Se o talude que ele for estudar reconhecidamente cobrir uma
localidade bíblica, ele provavelmente procurará descobrir as camadas de
ocupações relevantes à narrativa bíblica. Ele pode estar procurando uma cidade
que se sabe ter existido mas ainda não foi positivamente identificada. Talvez
procure resolver dúvidas relacionadas à proposta identificação de um sítio
arqueológico. Possivelmente estará procurando informações concernentes a
personagens ou fatos da história bíblica que ajudarão a esclarecer a narrativa
bíblica.
Uma
vez que o escavador tenha escolhido o local de sua busca, e tenha feito os acordos
necessários (incluindo permissões governamentais, financiamento, equipamento e
pessoal), ele estará pronto para começar a operação. Uma exploração cuidadosa
da superfície é normalmente realizada em primeiro lugar, visando saber o que
for possível através de pedaços de cerâmica ou outros artefatos nela
encontrados, verificar se certa configuração de solo denota a presença dos
restos de alguma edificação, ou descobrir algo da história daquele local.
Faz-se, sem seguida, um mapa do contorno do talude e escolhe-se o setor (ou
setores) a ser (em) escavado (s) durante uma sessão de escavações. Esses
setores são geralmente divididos em subsetores de um metro quadrado para
facilitar a rotulação das descobertas.
II. Civilizações Antigas
Entre a Ásia, a África e Europa, uma região
fertilizada pelas inundações periódicas de dois grandes rios atraiu muitos
povos e os obrigou a desenvolver obras de engenharia. Para coordenar sua
realização surgiu o Estado. Essa região foi chamada Mesopotâmia e dominada,
sucessivamente pelos sumérios, acádios, amoritas, assírios e caldeus.
A economia da Mesopotâmia baseava-se
principalmente da agricultura, mas os povos da região desenvolveram também a
criação de gado, o artesanato, a mineração e um ativo comércio à base de trocas
que se estendia à Ásia menor, ao Egito e à Índia.
Sua organização social formava uma pirâmide que
tinha no topo os membros da família real, nobres, sacerdotes e militares. A
base era composta por artesões, camponeses e escravos.
Famosos desde os tempos antigos pela crueldade e
pelo talento guerreiro, os assírios também se destacaram pela habilidade na
construção de grandes cidades e edifícios monumentais, como atestam as ruínas
encontradas em Nínive, Assur e Nimrud. Estabelecido no norte da Mesopotâmia,
o império assírio foi uma das civilizações mais importantes do Oriente Médio.
Os primeiros povoadores conhecidos da região eram nômades semitas que começaram
a levar vida sedentária ao longo do IV milênio a.C. Alguns dados atestam a
formação, a partir do século XIX a.C., de um pequeno estado assírio, que
mantinha relações comerciais com o império Hitita. No
século XV a.C., depois de longo período de submissão ao império da Suméria,
o estado assírio, com capital em Assur, começou a tornar-se independente e a se
estender. Graças ao apogeu comercial, os assírios puderam lançar-se, sob o
reinado de Shamshi-Adad I (1813-1781
a .C.), às conquistas que tanta glória lhes trouxeram. O
soberano concentrou esforços na construção de um estado centralizado, segundo o
modelo da poderosa Babilônia.
Suas conquistas se estenderam aos vales médios do Tigre e do Eufrates e ao
norte da Mesopotâmia, mas foram barradas em Alepo, na Síria. O rei Assur-Ubalit
I (1365-1330) foi considerado pelos sucessores o fundador do império assírio,
também conhecido como império médio. Para consolidar seu poder, estabeleceu
relações com o Egito
e interveio nos assuntos internos da Babilônia, casando sua filha com o rei
desse estado. Depois de seu reinado, a Assíria atravessou uma fase de conflitos
bélicos com hititas e babilônios, que se prolongou até o fim do século XIII
a.C. Quem afinal conseguiu impor-se foi Salmanasar I (1274-1245), que devolveu
ao estado assírio o poder perdido. Esse monarca estendeu sua influência até
Urartu (Armênia), apoiado num exército eficaz que conseguiu arrebatar da
Babilônia suas rotas e pontos comerciais. Sob o reinado de Tukulti-Ninurta I
(1245-1208), o império médio alcançou seu máximo poderio. A mais importante
façanha do período foi a incorporação da Babilônia, que ficou sob a
administração de governadores dependentes do rei assírio. Com as conquistas, o
império se estendeu da Síria ao golfo Pérsico. Depois da morte desse rei, o
poder assírio decaiu em benefício da Babilônia. Assur-Nasirpal II (883-859), o
mais desumano dos reis assírios, que pretendeu reconstruir o império de
Tiglate-Pileser I e impôs sua autoridade com inusitada violência. Foi o
primeiro rei assírio a utilizar carros de guerra e unidades de cavalaria
combinadas com a infantaria. O último grande império assírio iniciou-se com
Tiglate-Pileser III (746-727), que dominou definitivamente a Mesopotâmia. Sua
ambição sem limites o levou a estender o império até o reino da Judéia, a
Síria e o Urartu. Salmanasar IV e Salmanasar V mantiveram o poderio da Assíria,
que anexou a região da Palestina durante o reinado de Sargão II (721-705). O
filho deste, Senaqueribe (704-681), teve que enfrentar revoltas internas,
principalmente na Babilônia, centro religioso do império que foi arrasado por
suas tropas. Asaradão (680-669) reconstruiu a Babilônia e atacou o Egito, afinal
conquistado por seu filho Assurbanipal (668-627). No ano 656, porém, o faraó
Psamético I expulsou os assírios do Egito e Assurbanipal não quis reconquistar
o país. Com esse soberano, a Assíria tornou-se o centro militar e cultural do
mundo. Depois de sua morte, o império decaiu e nunca mais recuperou o
esplendor. Fruto das múltiplas relações com outros povos, a civilização assíria
alcançou elevado grau de desenvolvimento. Entre as preocupações científicas dos
assírios destacou-se a astronomia: estabeleceram a posição dos planetas e das
estrelas e estudaram a Lua e seus movimentos. Na matemática alcançaram alto
nível de conhecimentos, comparável ao que posteriormente se verificaria na
Grécia clássica. A religião assíria manteve as ancestrais tradições mesopotâmicas,
embora tenha sofrido a introdução de novos deuses e mitos. A eterna rivalidade
entre assírios e babilônios chegou à religião com a disputa pela preponderância
de seus grandes deuses, o assírio Assur e o babilônio Marduk. O império assírio
sucumbiu ao ataque combinado de medas e babilônios. Sob as ruínas de uma
esplêndida civilização, ficou a trágica lembrança de suas impiedosas conquistas
e da ilimitada ambição de seus reis.
1.1. A
localização do Éden
O bíblico jardim
do Éden é visto por muitos como uma simples alegoria associada à criação da
espécie humana, mas se o arqueólogo Prof. David Rohl estiver certo, o
"paraíso". pode ser mais real
do que imaginávamos. Em seu livro "Legend: The Genesis of
Civilization" (Lenda: A Gênese da Civilização), o Prof. Rohl apresenta
evidências de que o Éden era localizado numa planície fértil de 320 km de extensão e 96 km de largura, que começa
a uns 16 km
de Tabriz, no Irã. A região é uma linda área rural e florida, com
pastagens de ovelhas, vinhedos, oliveiras e árvores frutíferas.
Os vilarejos próximos tem as paredes públicas pintadas com temas
folclóricos sobre o paraíso.
O livro do
Gênesis 2:10-14 situa o Éden na divergência de quatro rios: "E saía um rio
do Éden para regar o jardim; e dali se dividia e se tornava em quatro
braços." O Hiddekel (Tigre) e o Perath (Eufrates) podem ser localizados em
qualquer mapa, mas os outros dois, Giom e Pison, são mais difíceis. O cientista
Reginald Walker, já falecido, publicou um trabalho sobre seus indícios de que o
rio Aras foi também conhecido como Gaihun, equivalente ao hebraico Gihon
(Giom). Analisando a palavra Pison, Walker se convenceu que é uma corruptela do
hebraico Vizun, um rio que ainda corre pela mesma planície. O estudo de Walker
foi ignorado pela maioria dos estudiosos, mas o Prof. Rohl acredita que ele
estava certo. Este é o motivo de muitos cristãos terem assumido que o
local original do jardim está em algum lugar na região mesopotâmica (próximo ao
Iraque atual), onde passam os rios Tigre e Eufrates modernos.
Rohl fez várias
descobertas sugestivas enquanto investigava a localização do Éden. Afirma ter
encontrado o local do exílio de Caim e assegura que o ponto da parada da
arca de Noé não foi o monte Aratat, mas sim o monte Judi Dagh que fica na mesma
cadeia de montanhas na Turquia.
Em seu livro
"A Test of Time" (Um teste do tempo), Rohl traçou a linhagem de Adão
a partir de Jacó e José. A Bíblia diz que Adão veio do barro e, em
hebraico, "Adão" quer dizer homem da "terra vermelha".
Curiosamente, o monte que fica atrás de Tabriz, na cadeia Zagros, é composto de
barro ocre e desponta avermelhado sob a luz do sol.[17]
No entanto, a
Bíblia registra um dilúvio mundial devastador, vários séculos após Adão e Eva
serem expulsos do Jardim. As camadas de rochas sedimentares, muitas vezes com
quilômetros de espessura, são testemunhas mudas desta imensa enchente que
enterrou definitivamente o mundo pré-diluviano.
Após o Dilúvio,
os sobreviventes (Noé e sua família) se mudaram para a planície de Sinar
(Suméria/Babilônia) onde se encontram os atuais rios denominados Tigre e
Eufrates. Deste modo, percebe-se claramente que não se tratam dos mesmos rios
que fluíam no Jardim. Os rios atuais correm acima das camadas de rocha
depositadas no Dilúvio, que contém bilhões de seres mortos (pelo Dilúvio). Os
nomes destes rios foram provavelmente adotados dos rios originais
pré-diluvianos, do mesmo modo que os pioneiros das Ilhas Britânicas aplicaram
nomes de lugares familiares na colonização da América e Austrália, seu
"novo mundo".
Note também que a
Bíblia menciona um rio se tornando em quatro braços, dos quais apenas dois são
chamados de Tigre e Eufrates. Não é esta a geografia que encontramos no Oriente
Médio atual. O Jardim foi destruído pelo Dilúvio. A sua localização verdadeira
jamais será determinada - quem sabe estivesse no Oceno Pacífico atual? [18]
1.2. A
civilização primitiva
Os sumérios fixaram-se no sul da Mesopotâmia em 3500 a .C. Agricultores e
criadores de gado desenvolveram a escrita cuneiforme e os veículos sobre rodas.
Em 2300 a .C.,
os acádios dominaram os sumérios graças ao uso do arco e flecha, mas trezentos
anos depois foram dominados pelos amoritas (antigos babilônicos), cuja
principal criação foi os primeiros códigos de leis escritos da História - o
Código de Hamurabi.
No século VIII a.C., os amoritas foram dominados
pelos assírios, que haviam desenvolvido um poderoso exército usando armas de
ferro, carros de combate e aríetes. Além da Mesopotâmia, dominaram a Síria, Fenícia,
Palestina e Egito. Em 612 a .C.,
foram vencidos por uma aliança de caldeus e medos. Os caldeus (novos
babilônicos) reconstruíram a Babilônia, mas sua dominação durou pouco: em 539 a .C. foram vencidos pelos
medo-persas de Dario e Ciro, o Grande, que libertou os judeus do cativeiro da
Babilônia.
1.3.
Religião
A religião era politeísta e os deuses
antropomórficos. Destaca-se o deus do Sol, Shamach; Enlil, a deus do vento e
das chuvas; e Ishtar, a deusa do amor e da fecundidade. Não acreditavam na vida
após morte e não se preocupavam com os mortos, mas acreditavam em demônios,
gênios, espíritos bons, magias e adivinhações. A importância que atribuíam aos
astros levou-os a criar o zodíaco, os primeiros horóscopos, a identificarem a
estrela que anunciou o nascimento de Jesus e a enviarem magos para presentearem
o rei recém-nascido.
1.4.
Cuneiforme
No início, a
escrita era feita através de desenhos: uma imagem estilizada de um objeto
significava o próprio objeto. O resultado era uma escrita complexa (havia pelo
menos 2.000 sinais) e seu uso era bastante complicado. Assim, os sinais
tornaram-se gradativamente mais abstratos, tornando o processo de escrever mais
objetivo. Finalmente, o sistema pictográfico evoluiu para uma forma escrita
totalmente abstrata, composta de uma série de marcas na forma de cunhas e com
um número muito menor de caracteres. Esta forma de escrita ficou conhecida como
cuneiforme (do grego, em forma de cunha) e era escrita em tabletes de argila
molhada, usando-se uma espécie de caneta de madeira com a ponta na forma de
cunha. Quando os tabletes endureciam, forneciam um meio quase indestrutível de
armazenamento de informações.
Os
Pictogramas eram difíceis de se aprender e embora o método cuneiforme fosse
muito mais fácil, a escrita àquela época era principalmente uma “reserva exclusiva”
de escribas profissionais. Com o objetivo de determinar a posse de algo, quase
sempre um selo era usado. Os selos primitivos constavam simplesmente de um
desenho pessoal referente ao proprietário. Mais tarde, uma inscrição por
escrito, seria também incluída.
A escrita
cuneiforme teve muito sucesso. Milhares de tabletes de argila foram
desenterrados contendo registros de transações comerciais e impostos de cidades
da Mesopotâmia, e a escrita cuneiforme foi usada para escrever a língua
sumeriana. A escrita cuneiforme também foi usada para a forma escrita das
línguas da Assíria e Babilônia, línguas bastante diferentes da sumeriana.
Embora a escrita cuneiforme fosse muito menos adaptada à estas línguas, a
escrita foi amplamente usada no Oriente Médio, numa vasta gama de documentos,
desde registros comerciais até cartas de reis. O sucesso da escrita cuneiforme
foi parcialmente devido ao fato de que suas matrizes em forma de cunha eram
bastante adequadas para o meio em que se escrevia - o tablete de argila.[19]
1.5.
Descobertas arqueológicas relacionadas com a Bíblia
O evento bíblico mais documentado é o dilúvio universal descrito
em Gênesis 6-9. Diversos documentos babilônicos foram descobertos e descrevem o
mesmo dilúvio.
A Lista de Reis Sumérios (aqui ilustrado), por exemplo, indica
que todos os reis reinaram por longos anos. E então veio uma grande inundação,
e após este acontecimento, os reis sumérios reinaram por períodos bem menores.
Este é o mesmo padrão de acontecimento encontrado na Bíblia. Os homens tinham
uma maior longevidade antes do dilúvio e menor após o mesmo. O 11o. tablete do
Épico de Gilgamesh descreve uma arca, animais levados até a arca, pássaros
sendo soltos durante a grande inundação, a arca repousando sobre uma montanha e
um sacrifício oferecido após a arca estar parada.
A estória de Adapa conta sobre um teste de imortalidade
envolvendo alimento, similar à estória de Adão e Eva no Jardim do Éden.
Os tabletes de argila sumérios registram a confusão de línguas
assim como se observa no histórico bíblico da Torre de Babel (Gn 11:1-9).
Existiu uma era de ouro onde toda a humanidade falava a mesma língua. As
línguas foram então confundidas pelo deus Enki, senhor da sabedoria. Os
babilônios têm registros similares onde os deuses destruíram a torre do templo
e "dispersaram-nos e tornaram suas línguas estranhas."
Queda de Samaria (2 Re 17:3-6, 24; 18:9-11) a Sargão II, rei da
Assíria, registrado nos muros de seu palácio real.
Derrota de Asdode por Sargão II (Is 20:1), como registrado nos
muros de seu palácio real.
Campanha do rei assírio Senaqueribe contra Judá (2 Re 18:13-16),
como registrado no Prisma Taylor.
Queda de Nínive como predito pelos profetas Naum e Sofonias
(2:13-15), registrado no Tablete de Nabopolazar.
Queda de Jerusalém por Nabucodonosor, rei de Babilônia (2 Re
24:10-14), como registrado nas Crônicas Babilônicas.
Cativeiro de Joaquim, rei de Judá, em Babilônia (2 Re 24:15-16),
como registrado nos Registros de Alimentação Babilônicos.
Queda de Babilônia para os medos e os persas (Dn 5:30-31), como
registrado no Cilindro de Ciro.
Libertação dos cativos da Babilônia por Ciro o Grande (Ed 1:1-4;
6:3-4), como registrado no Cilindro de Ciro.
Existem outras três tumbas esculpidas no rochedo próximo à
capital persa Persépolis, no Irã, que acredita-se serem dos reis persas Xerxes
(485-465 A .C.),
Artaxerxes I (465-424 A .C.)
e Dario II (423-405 A .C.).
Não há, no entanto, inscrições em todas as tumbas que permitiriam ter certeza
sobre suas identificações. Só na de Dario há uma inscrição identificando-a.
Xerxes é o Assuero do livro de Ester, o rei que Ester se desposou. Esdras foi
um escriba (Ed 7:6) e Neemias um mordomo (Ne 2:1) servindo a Artaxerxes I. Este
autorizou tanto a Esdras quanto a Neemias a retornarem a Jerusalém: Esdras iria
assumir assuntos religiosos e judiciais (Ed 7:12-26), e Neemias iria
reconstruir os muros da cidade (Ne 2:1-9). Dario II pode ser o Dario mencionado
em Neemias 12:22, porém isto é ainda um pouco duvidoso.
Algumas construções também foram localizadas: O palácio real da
Babilônia onde o rei Belsazar deu um grande banquete e Daniel interpretou a
escrita na caiadura da parede (Dn 5). O palácio real em Susã onde Ester foi a
rainha do rei persa Assuero (Et 1:2; 2:3, 5, 9, 16). O portão real em Susã onde
Mordecai, tio de Ester, se assentou (Et 2:19, 21; 3:2, 3; 4:2; 5:9, 13; 6:10,
12). A praça da cidade em frente ao portão real, onde Mordecai encontrou
Hataque, eunuco de Assuero (Et 4:6).
Algumas pessoas alegam que existem referências no épico sumério
denominado "Emerkar e o Senhor de Arata." Existe, na fala de Emerkar,
um encantamento que na verdade é uma introdução mitológica. A tradução de
Kramer diz que:
Existiu uma época em que não
havia a serpente e nem o escorpião,
Não havia a hiena e nem o leão,
Não havia o cão selvagem e nem o lobo,
Não existia o medo e nem o terror,
O homem não possuía rival.
Nestes dias, as terras de Subur (e) Hamazi,
tinham as línguas em harmonia, a Suméria, a grande terra da ordenação de príncipes,
Uri, a terra que tinha tudo que era apropriado,
A terra Martu, repousando em segurança,
O universo inteiro, as pessoasem uníssono
A Enlil em uma língua [falavam].
...
(E então) Enki, o senhor da abundância (cujas) ordens são confiáveis,
O senhor do saber, que compreende a terra,
O líder dos deuses,
Revestido de saber, o senhor de Eridu
Transformou a fala em suas bocas, [trouxe] disputas
Na fala do homem que (até então) era única.
Não havia a hiena e nem o leão,
Não havia o cão selvagem e nem o lobo,
Não existia o medo e nem o terror,
O homem não possuía rival.
Nestes dias, as terras de Subur (e) Hamazi,
tinham as línguas em harmonia, a Suméria, a grande terra da ordenação de príncipes,
Uri, a terra que tinha tudo que era apropriado,
A terra Martu, repousando em segurança,
O universo inteiro, as pessoas
A Enlil
...
(E então) Enki, o senhor da abundância (cujas) ordens são confiáveis,
O senhor do saber, que compreende a terra,
O líder dos deuses,
Revestido de saber, o senhor de Eridu
Transformou a fala em suas bocas, [trouxe] disputas
Na fala do homem que (até então) era única.
É interessante observar que Enki, o deus
de Eridu,
está relacionado a este mito e pode perfeitamente representar a memória de um
evento verdadeiro do fim do quarto milênio a.C. [20]
Susã - Referência
bíblica: "As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de
quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza" (Ne 1.1; Et
1.1). "Escavações conduzidas por Marcel Dieulafoy no período de 1884 a 1886 comprovaram a
existência da cidade de Susã". (Douglas , J. D., Comfort, Philip W
& Mitchell, D., Editors. Whos Who in Christian History Wheaton ,
Illinois :
Tyndale House Publishers, Inc., 1992.)
Nínive - Referência
bíblica: "E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo:
Levantate, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua
malícia subiu até a minha presença" (Jn 1.1,2; 2 Rs 19.36). "Nínive
foi encontrada nas escavações de Austen H. Layard no período de 1845 a 1857". (Douglas ,
J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, Donald, Editors. Who's Who in
Christian History, Wheaton ,
Illinois : Tyndale House
Publishers, Inc., 1992).
Ur -
Ur dos Caldeus teria sido efetivamente descoberta no ano de 1854, por J. E.
Taylor, cônsul inglês em Bassorá, que pretendia encontrar antiguidades para o Museu
Britânico. Ele conseguiu localizar Ur, no sul da Mesopotâmia, isto é, junto ao
Golfo Pérsico, no delta do rio Eufratesonde hojeé o Kwait, fazendo parte
daquilo que Keller chama de "crescente fértil", berço de varias
antigas civilizações.
1.6. O código de Hamurábi
Esse Código,
criado por volta de 1700 a.C., é um dos mais antigos conjuntos de leis jamais
encontrados, e um dos exemplos mais bem preservados deste tipo de documento da
antiga Mesopotâmia.
Algumas partes
da Torah são
similares a certas seções do código de Hamurabi, e devido a isso alguns
especialistas sugerem que os hebreus tenham derivado sua lei deste. No entanto,
o livro Documents from Old Testament Times (Documentos da época do Velho
Testamento) diz: "Não existe fundamento algum para se assumir qualquer
empréstimo pelos hebreus dos babilônicos. Mesmo se os dois conjuntos de leis
diferem pouco na prosa, eles diferem muito no espírito." Alguns exemplos das diferenças:[21]
Código de
Hamurabi
|
Torah
|
Pena de morte para roubo de templo ou propriedade estatal,
ou por aceitação de bens roubados. (Seção 6)
|
Roubo punido por compensação à vítima. (Ex 22:1-9)
|
Morte por ajudar um escravo a fugir ou abrigar um escravo
foragido. (Seção 15, 16)
|
"Você não é obrigado a devolver um escravo ao seu
dono se ele foge do dono dele para você." (Dt 23:15)
|
Se uma casa mal-construída causa a morte de um filho do
dono da casa, então o filho do construtor será condenado à morte (Seção 230)
|
"Pais não devem ser condenados à morte por conta dos
filhos, e os filhos não devem ser condenados à morte por conta dos
pais." (Dt 24:16)
|
Mero exílio por incesto: "Se um senhor (homem de
certa importância) teve relações com sua filha, ele deverá abandonar a
cidade." (Seção 154)
|
Pena de morte por incesto. (Lv 18:6, 29)
|
Distinção de classes em julgamento: Severas penas para
pessoas que prejudicam outras de classe superior. Penas médias por prejuízo a
membros de classe inferior. (Seção 196–205)
|
Você não deve tratar o inferior com parcialidade, e não
deve preferenciar o superior. (Lv 19:15)
|
As enchentes periódicas do Nilo fertilizavam as terras ao longo
do vale e também causavam inundações, o que obrigou seus habitantes a represar
e distribuir as águas. Esse trabalho intenso e organizado levou à criação de
uma civilização. Inicialmente, dividia-se em Alto Egito (vales) e
Baixo Egito (deltas).
2.1. Religião do Antigo Egito
De religião politeísta, os egípcios adoravam deuses antropormóficos
(sob a forma humana) e antropozoomórfica (corpo humano com a cabeça de um
animal). O deus mais importante era Rá (depois Amon-Rá), mas o mais popular era
Osíris. Acreditando que os mortos podiam voltar à vida, desenvolveram a
mumificação.
2.2. Período Pré-Dinástico
De 4.000-3.200
a .C., foram construídas as pirâmides de Queóps, Quéfren
e Miquerinos. Essas obras custaram tanto esforço e sacrifício que a população
rebelou-se. A nobreza de Tebas restabeleceu a autoridade do faraó e teve início
ao Médio Império(2100-1750 a .C.).
Foi uma época de prosperidade, mas as revoltas internas facilitaram a vitória
dos hicsos, que dominaram o Egito por 150 anos. A expulsão do hicsos deu início
ao Novo Império (1580-525 a .C.),
marcado por uma política guerreira e expansionista. Nesse período ocorreu a
ocupação dos persas.
2.3. Sociedade
A sociedade era dividida em camadas sociais rígidas: a dos
privilegiados (sacerdotes, nobres, funcionários) e a dos populares (artesãos,
camponeses e escravos.)
2.4. Economia
A economia baseava-se na agricultura (trigo,cevada, linho,
algodão, legumes, frutas e papiro), na criação (bois, asnos, gansos, patos,
cabras e carneiros), na mineração (ouro, cobre e pedras preciosas) e no
artesanato.
2.5. A mulher, a família e o Casamento
A visão da mulher institucionalizada no Antigo Egito aparece
claramente em alguns textos chamados de Instruções de Sabedoria. Os escriba
aconselha aos egípcios a se casarem cedo e terem muitos filhos, além de abordar
o cuidado que um homem deve ter com as mulheres estranhas e belas.
Palestina é o nome do território situado entre o Mediterrâneo a oeste,
o rio Jordão e o Mar Morto a este, a chamada Escada de Tiro a norte (Ras
en-Naqura/Roch ha-Niqra, fronteira com o Líbano) e o Wadi el-Ariche a sul
(fronteira com o Sinai, tradicionalmente egípcio). Com 27.000 Km2, a
Palestina é formada, de um modo geral, por uma planície costeira, uma faixa de
colinas e uma cadeia de baixas montanhas cuja vertente oriental é mais ou menos
desértica.
A Palestina foi habitada desde os tempos pré-históricos mais remotos.
A sua história esteve geralmente ligada à história da Fenícia, da Síria e da
Transjordânia. Talvez por causa da sua situação geográfica – faz parte do
corredor entre a África e a Ásia e ao mesmo tempo fica às portas da Europa – a
Palestina nunca foi sede de um poder que se estendesse para além das suas
fronteiras. Pelo contrário, esteve quase sempre submetida a poderes
estrangeiros, sediados na África, na Ásia ou na Europa. Em regra geral, foi só
sob as potências estrangeiras que ela teve alguma unidade política.
A Palestina
esteve organizada em cidades-estado sob a hegemonia egípcia durante uma boa
parte do II milênio a. C.. A situação mudou nos últimos séculos desse milênio.
Chegaram então à Palestina sucessivas vagas de imigrantes ou invasores vindos
do norte e do noroeste, das ilhas ou do outro lado do Mediterrâneo. Os
historiadores costumam designá-los com a expressão "Povos do Mar".
Esses povos parecem ter-se fixado sobretudo ao longo da costa. Os mais
conhecidos entre eles são os Filisteus que se fixaram sobretudo no sudoeste
(costa oeste do Neguev e Chefela). Aí fundaram vários pequenos reinos (Gaza,
Asdod, Ascalão, Gat e Ekron). Paralelamente aos reinos filisteus,
constituíram-se primeiro o reino de Israel no norte da Palestina e depois o
reino de Judá, mais pequeno, na zona de baixas montanhas do sul. Durante a
maior parte da sua existência, Israel teve como capital Samaria. Hebron foi a
primeira capital de Judá, mas depressa cedeu o lugar a Jerusalém.
Entre os antigos
povos da Palestina, os Filisteus foram talvez os que maior influência exerceram
até aos últimos séculos da era pré-cristã. Com efeito, não deve ter sido por
acaso que o seu nome foi dado a toda a região, a Palestina, isto é, o país dos
Philisteus. Com o sentido que se tornou habitual, o nome já está documentado
nas Histórias de Heródoto em meados do séc. V a. C. Apesar da sua importância
na antiguidade, conhecem-se muito pouco os Filisteus e a história dos seus
reinos. A razão óbvia dessa ignorância é a inexistência de bibliotecas
filistéias comparáveis ao Antigo Testamento. Praticamente tudo o que se sabe ou
se pensa saber sobre os Filisteus se baseia nos escritos bíblicos. Por
conseguinte, a posteridade só conhece os Filisteus na medida em que eles estão
em relação com Israel, com Judá, ou com os judeus. Além disso, são vistos
através dos olhos daqueles que foram os seus concorrentes e, não raro, seus
inimigos declarados. De fato, a posteridade, de maneira geral, não se interessa
pelos Filisteus nem os estuda por si mesmos, mas só por causa da sua relação
com a história bíblica. Tudo isso deformou a visão que se tem deles, do lugar
que ocuparam e do papel que desempenharam, aparecendo os Filisteus como um
elemento marginal na história da Palestina antiga. Esse erro de perspectiva
influencia, sem dúvida alguma, a visão corrente que se tem da atual Palestina,
da sua composição étnica e da sua situação política.
3.1. Invasões
na Palestina
Os vários reinos
palestinenses[22],
filisteus e hebraicos, coexistiram durante séculos. Ora guerrearam entre si,
ora se aliaram para sacudir o jugo de alguma grande potência do momento. A
primeira vítima desse jogo foi Israel, conquistado e anexado pela Assíria em 722 a .C. Desde então até 1948
não houve nenhuma entidade política chamada Israel. Os reinos filisteus e o
reino de Judá continuaram a existir sob a dependência da Assíria, a grande
potência regional entre o séc. IX e fins do séc. VII a.C., cujo território
nacional se situava no norte da Mesopotâmia, no atual Iraque.
No fim do séc.
VII a. C., o Egito e a Babilônia, a outra grande potência mesopotâmica, com a
sede no sul do Iraque atual, disputaram os despojos do Império Assírio. Tendo a
Babilônia levado a melhor, a Palestina ficou-lhe submetida durante cerca de
oito décadas. De um modo geral, as histórias, focadas como estão em Judá, falam
só da conquista desse reino por Nabucodonosor, da deportação para a Babilônia
de parte da sua população, da destruição de várias das suas cidades,
nomeadamente de Jerusalém com o templo de Iavé (597 e 587 a .C.). Deve-se no entanto
reparar que os reinos filisteus de Ascalão e de Ekron, conquistados por
Nabucodonosor respectivamente em 804 e em 803, tiveram um destino semelhante.
Em 539 a .C. a Palestina passou
com o resto do império babilônico para as mãos dos Persas Aquemênidas. Sabe-se
que estes entregaram a administração do território de Judá, pelo menos de parte
dele, a membros da comunidade judaica da Babilônia. Em 331 a Palestina foi
conquistada pelo macedônio Alexandre Magno. Após a morte deste, ficou primeiro
sob o domínio dos Lágidas ou Ptolomeus que tinham a capital em Alexandria, no
Egito (320-220 a .C.).
Depois passou para a posse dos Selêucidas sediados em Antioquia, na Síria (220-142 a .C.). Entre 142 e 63 a .C, os Asmoneus, uma
dinastia judaica, com Jerusalém como capital, conseguiu não só libertar-se do
poder selêucida, mas até impor o seu domínio praticamente em toda a Palestina,
e também nos territórios filisteus. Nessa altura a grande maioria dos judeus já
vivia fora da Palestina, encontrando-se dispersos em todo o Oriente Próximo. A
dispersão deveu-se sobretudo à emigração e, numa medida muito menor, às
deportações de 597 a
587. Os principais centros judaicos fora da Palestina eram então Alexandria e
Babilônia. Profundamente helenizados, os judeus de Alexandria liam as suas
Escrituras em grego, e a eles deve-se a coletânea de escritos que se tornará o
Antigo Testamento cristão.
Em 63 a .C., a Palestina passou a
fazer parte do Império Romano dentro do qual não teve sempre o mesmo estatuto.
Por voltas de meados do séc. I da era cristã, os judeus da Palestina tentaram
libertar-se do domínio romano. Houve primeiro várias sublevações locais. Em 66 a revolta generalizou-se.
Em 70 os Romanos conquistaram Jerusalém e destruíram o templo judaico. Os
judeus da Palestina voltaram a revoltar-se em 131. Após ter esmagado a revolta,
em 135, o imperador Adriano fez de Jerusalém uma colônia romana, Colonia Aelia
Capitolina, da qual os judeus estiveram excluídos durante algum tempo. Com a
ruína do templo e o fim da autonomia judaica na Palestina desapareceu a maioria
dos grupos político-religiosos nos quais o judaísmo, sobretudo o judaísmo
palestinense, estava então dividido. Praticamente só ficaram em campo dois
grupos: o farisaísmo e o cristianismo, recém-formado. Os dois grupos acabaram
por separar-se e evoluíram de maneira independente, em concorrência e, não
raro, em conflito. O
farisaísmo deu origem ao judaísmo rabínico, isto é, o judaísmo atual.
Graças à
cristianização do império romano, a Palestina, palco dos acontecimentos
fundadores do cristianismo, adquiriu uma grande importância para o mundo
cristão, sobretudo para os cristãos que se encontravam dentro do império
romano. Por isso durante o período bizantino (324-638) a Palestina conheceu uma
prosperidade e um crescimento demográfico notáveis. Durante esse período a
esmagadora maioria da sua população tornou-se cristã. Em 614 os Persas
Sassânidas invadiram a Palestina, onde causaram grandes estragos. Ocuparam-na
até 628, ano em que os Bizantinos a reconquistaram, mas por pouco tempo.
Com efeito, dez
anos mais tarde, em 638 toda a Palestina passou para o domínio
arábico-muçulmano. Este exerceu-se através de uma sucessão de dinastias, de
origens, de etnias e com capitais diferentes. A primeira dessas dinastias, a
dos Omíadas (660-750), com a capital em Damasco, foi uma das que mais marcou a
Palestina, nomeadamente com a construção do Haram ech-Cherife (o Nobre
Santuário/Esplanada das Mesquitas) no lugar que ocupara outrora o templo
judaico, tornando Jerusalém na terceira cidade santa do islamismo.
Seguiram-se os Abássidas (750-974) e os Fatimidas (975-1071), com as capitais
respectivamente em Bagdá e no Cairo. Entre 1072 e 1092 a Palestina esteve sob
os Turcos Seldjúcidas, que então tinham a sede em Bagdá.
Embora não tenha
dado origem a uma imigração popular e, por conseguinte, não tenha mudado a
composição étnica e a demografia de maneira apreciável, o regime
árabo-muçulmano teve como conseqüência a arabização e a islamização da
Palestina. A arabização (Adoção da língua árabe, da forma árabe dos
nomes pessoais e da era da Hégira), nomeadamente da população cristã de língua
aramaica, língua aparentada com o árabe, deu-se muito depressa. Não se pode
dizer o mesmo da islamização. Apesar de o islamismo se apresentar como o
acabamento da tradição bíblica, partilhada pelo cristianismo, pelo judaísmo e
pelo samaritanismo, o processo de islamização da população palestinense
(cristã, judaica e samaritana) parece ter sido muito lento. Em 985, após três
séculos e meio de regime islâmico, o geógrafo árabe-muçulmano de Jerusalém,
conhecido pelo nome de el-Maqdisi ("o jerosolimitano") lamenta-se de
que os cristãos e os judeus são maioria na sua cidade natal. O que el-Maqdisi
escreve a respeito da Jerusalém de fins do séc. X valia para o conjunto da
Palestina e continuou provavelmente a valer durante cerca de mais dois séculos
e meio.
Organizada com o
intuito declarado de arrancar o túmulo de Cristo das mãos dos
"infiéis", a primeira cruzada terminou, em 1099, com a conquista de
Jerusalém e, no ano seguinte, a criação do Reino Latino de Jerusalém. Este
manteve-se até 1187, tendo sido então conquistado pelo curdo Saladino, o
fundador da dinastia ayúbida. Aos Ayúbidas seguiram-se os Mamelucos, primeiro
turcos (1250-1382) e depois circassianos (1382-1516). Os Ayúbidas e os Mamelucos
tiveram a capital no Cairo. Segundo a maioria dos especialistas da questão, foi
durante o período mameluco que teve lugar a grande vaga da islamização popular
da Palestina. Desde então até à segunda metade do séc. XX, os muçulmanos
constituíram a esmagadora maioria da população. Do ponto de vista numérico, o
segundo grupo era constituído pelos cristãos, seguidos, de muito longe, pelos
grupos dos judeus e dos samaritanos. Em 1517 a Palestina passou para o poder dos Turcos
Otomanos, cuja capital era Istambul.
3.2. Jericó
Seu nome e seu significado - A origem do nome “Jericó” é
semita. As pessoas comuns o pronunciam como “Riha”. Para os cananitas significa
“a lua”. A palavra é derivada do verbo “yerihu”, e “Yarah”. Al-yarah na língua
árabe do sudeste significa “um mês” e “lua”. Em hebraico “yarihu” é a cidade
mais antiga conhecida na Bíblia Judaica. “Riha” em sírio significa “aroma” e
“odor”. Os árabes conheciam a cidade de Jericó, referida na Bíblia pelo nome
“Raiha” e “Ariha”. Yaqut, o escritor de “Mu´jam al-Buldan”, menciona que esta
era a cidade de Al-Jabbarin (o Poderoso) em Ghaur. Era também
chamada Madinat an_Nakhil (A cidade de palmeiras) no lado ocidental do Rio
Jordão, a 250m abaixo do nível do mar. O local, segundo o Velho Testamento foi
uma cidade que Josué destruiu. Nos dias de Jesus um novo centro foi construído
no primeiro plano por ordem de Herodes o Grande.
A história de Jericó até o tempo dos árabes
Jericó é uma das mais antigas habitações humanas. O mais antigo ser
humano foi ali encontrado, com data de 5000 anos A.C. Outros acreditam que
estes humanos são de 7000 anos A.C. O mais recente achado remonta a 8000 anos
A.C. O local da antiga Jericó está a meio quilômetro da moderna Jericó. A
evidência indicando isto é uma das mais antigas cidades do mundo, que nasce
após uma série de escavações feitas em “Tall as Sultan”, que é oval em sua
forma, estruturada em uma acumulação sucessiva de ruínas com o passar dos
tempos. As escavações continuaram sucessivamente desde meados do século
dezenove até os dias de hoje.
A missão austro-germânica, na qual dois arqueologistas, E. Sellin e C.
Watzinger trabalharam, foi a primeira a se interessar por descobrir as
antiguidades de Jericó, e isto foi em 1911. Eles foram sucedidos pelos
ingleses, que conduziram escavações em Tall as-Sultan, sob a supervisão,
inicialmente de J. Garstang (1930-1936) e posteriormente de K. Kenyon
(1952-1961). Ela publicou um resumo do trabalho em dois grandes volumes
(1960-1965). Ela é considerada como a grande autoridade neste assunto. Foi ela
quem estimou a idade da cidade em 8000 anos A.C. Sua habitação certamente
começou nesta época, o que com certeza a faz a mais antiga cidade no mundo.
É por isso que podemos afirmar que provavelmente a mais antiga
civilização no mundo não apareceu no vale do rio Nilo ou do rio Tigre e
Eufrates, mas no vale do rio Jordão. Dr. Kenyon deu no nome de “Ariha al-Ula”
(A primeira Jericó) à primeira construção da cidade que foi saqueada e
destruída, como resultado de invasões, terremotos e incêndio, de tempos em tempos. A cada
destruição ela era erguida mais uma vez sob as ruínas da antiga Jericó. Kenyon
e os arqueologistas que a precederam foram hábeis para distinguir entre os
diferentes e sucessivos períodos que Jericó atravessou.
Jericó no Período Neolítico ou na Era da Pedra Tardia:
A idade antes da pedra ou a Primeira Era Neolítica de Jericó, 6800 A .C. As escavações da
Srta. Kenyon revelaram que a antiga cidade fora habitada durante quatro
sucessivos intervalos dentro desta era. A princípio foi o Primeiro Período
Neolítico. Neste tempo foi habitada por um povo chamado “An-Natifiyyun”, que se
alimentavam da coleta de sementes. Provavelmente eles não plantavam estas
sementes, mas possuíam grandes foices com extremidades pontiagudas, grandes
ossos para colhe-las, e pedras para moer as sementes. Alguns destes grupos
viviam em cavernas, enquanto outros ocupavam vilas primitivas se sobressaindo
na arte da arquitetura. Então eles começaram a construir choupanas redondas,
com tijolos secados ao sol. Eles usavam enterrar seus mortos com jóias pessoais
com túmulos recortados nas pedras.
Este povos construíram canais, usando a água de “Ain as-Sultan” para
irrigar suas terras. Eles construíram grandes paredes de dois metros para
proteger suas vilas. Eles elevaram torres circulares de nove metros de diâmetro
e dez metros de altura. Em seu interior há escadas partindo da base da cidade
até o seu topo. Eles estavam expostos ao ataque de grupos do exterior. Estes
povos praticaram a agricultura, a domesticação de animais, a criação de
correntes e esteiras, bem como a caça de animais. Eles usavam lanças e flechas
afiadas. Eles também usavam machadinhas para cortar toras de árvores. Estes
grupos começaram a se expandir de seu estabelecimento em busca de novas moradas
fora de suas redondezas.
A idade antes da argila ou A Segunda Era Neolítica em Jericó, 5500 A .C.
A construção de casas neste período demonstrou um grande progresso.
Seus quartos eram de aproximadamente 6.5 metros por 5 metros , ou 3 m por 7m. Eram usualmente de
forma retangular, construídas em um jardim aberto, com sete metros de largura
por sete de profundidade e utilizadas para cozinhar. A espessura da parede era
de meio metro. Eles usavam pedras para construir a fundação e o resto da
construção era feita de tijolos secados ao sol. Esta forma era similar ao ferro
usado para a cauterização de animais. Portanto o tijolo era retangular na forma
com extremidades achatadas. O chão construído era com uma camada de lama,
coberto de uma camada de lodo, seguido de uma camada de lodo com tintura
vermelha ou azul claro. Então era polido para adquirir um novo lustre.
Estas casas eram de uma ou duas histórias. O telhado era construído de
palha e lama. Suas pedras eram afiadas como armas. Pequenas estatuetas eram produzidas
de lama cozida. No passado estas estatuetas possuíam significado religioso.
Estatuas de mulheres indicavam a benção da fertilidades. Parece que estes povos
praticavam a louvação de ancestrais com 9 rituais, quando encontravam as formas
faciais pintada com lodo com dois olhos de madrepérola colocados em suas faces.
O Neolítico Tardio em Jericó: entre 5000-4000 A .C.
Esta era precedeu por muitos séculos a descoberta da olaria. O povo
que viveu neste tempo era fugitivo de outras partes. Se estabeleceram em Tall,
e devem ter sido Beduínos nômades. Seus teares foram encontrados mas suas casas
desapareceram. Peças de jaspe e madrepérola foram encontradas como pertencentes
a eles. Eles enterravam seus mortos coletivamente em túmulos especiais na
cidade. Mantinham algumas caveiras em mausoléus de homens proeminentes de seu
tempo. A duração da vida de muitos deles está estimada em 35 anos. Poucos
atingiram a idade de 50. Este período pode ser dividido em: a) O primeiro
período neolítico da cerâmica: as pessoas desta era viveram em covas. Trabalhavam
na agricultura e domesticaram animais. Introduziram a manufatura da cerâmica,
mas esta era primitiva e áspera, pintada de vermelho com figuras geométricas.
b) O segundo período neolítico da cerâmica: o povo desta época era bem mais
avançado do que seu predecessor, assim como viviam em choupanas construídas de
argila e louças de barro manufaturadas em linhas inclinadas.
Jericó na Era Pós-Neolítico, A Idade do Bronze:
No final da Era Neolítica, que foi em aproximadamente 4000 A .C. ocorreu uma
vacância com a residência do homem em Jericó e ela se tornou inabitada por um
certo período de tempo. Existem duas evidências que suportam esta hipótese: a
existência de uma camada acumulada de matéria orgânica desintegrada sobre a
montanha, parte da qual reconhecível, e a ausência de qualquer vestígio da
idade conhecida como Chalcolítica, que seguiu a Era Neolítica, e na qual os
metais eram usados pela primeira vez. A data de habitação do homem em Tall
(Montanha) pode ser traçada em aproximadamente 3200 A .C.. A melhor
ilustração disto pode ser encontrada em tumbas. O maior cemitério de Jericó está no local
no qual o campo de refugiados Aqapat Jabr se instalou na parte nordeste.,
algumas sepulturas foram encontradas abaixo das ruas e jardins do campo. A mais
interessante é uma que remonta aquele tempo, seu resultado vem de um exame com
carbono 14, sua história remonta a 3260 A .C. +_ 110 anos. Esta sepultura continha
113 caveiras rodeando o centro da câmara, onde também se encontrava uma pilha
de ossos queimados. Alguns crânios tinham marcas, por terem sido queimados em
uma pilha de ossos, embora não deliberadamente. Isto indica a existência de
certos costumes estranhos em conexão com ritos mortuários. Nós também
concluímos que os corpos dos mortos eram a princípio colocados ao ar livre até
que houvesse a decomposição da carne e os ossos pudessem ser separados. A
coleta destes numerosos ossos era seguida da composição de um círculo com os
crânios no centro de uma tumba, com suas faces voltadas para dentro do círculo.
Os ossos eram empilhados no meio com o material inflamável necessário. Então
era ateado fogo. Assim que a pilha esfriava, após ter sido queimada,
iniciava-se o funeral com oferendas, dentro da cova, enquanto os ossos queimados
eram cobertos por uma camada de lascas de pedra. Na realidade, as outras
descobertas arqueológicas, na Palestina e na Trans-Jordania não produziu
nenhuma evidência que corroborasse a existência destes costumes, desde o
costume de expor os corpos ao ar livre até o de esperar a decomposição da carne
não era algo familiar. Nós não sabemos nada destes povos, a não ser o fato de
que foram pioneiros desta época, que foi a Primeira Era do Bronze, que se
estendeu desde 2900 A .C.,
claramente em Jericó, especialmente com a manutenção das fortificações de
defesa da cidade. Estas fortificações, eram, sem dúvida, supremamente
importantes.
Os muros de defesa foram reparados e reconstruídos dezesseis vezes
durante a Primeira Era do Bronze, que durou 600 anos. É difícil indicar os
vários períodos de renovação das construções, pois elas costumavam cair como
resultado de terremotos, ou por causa de infiltração de água nas fundações, e
as pessoas estavam prontas para repara-las. Algumas destruições ocorreram como
resultado de ataques inimigos. Em todo caso, aparecia nestas paredes, durantes
os tempos, os traços da destruição e da ruína, mas também apareciam os traços
das reparações e da renovação das construções. Isto demonstra que os habitantes
desta cidade viviam uma vida devotada a segurança e estabilidade. De qualquer
modo, as evidências demonstram um contínuo progresso no campo da civilização e
da construção, assim que as pessoas começaram a usar o cobre em largas
quantidades em ordem de fabricar armas e ferramentas. Os utensílios de argila
demonstram a abundância do comercio realizado com as vilas vizinhas.
Este período nos revela um grande progresso da civilização, e como
este foi acompanhado pelo aparecimento de novas cidades, em numerosos locais
que jamais haviam sido habitados. Mas estas civilizações, em conjunto com
outras que as precediam, se desintegraram e tiveram um fim nas mãos da passagem
dos Beduínos. Parece que os povos do final da 1a Era do Bronze, começaram a
gostar da estabilidade e tranqüilidade começando a negligenciar as
fortificações de defesa.
Mas então veio um tempo no qual eles começaram a despertar de sua
desatenção, porque a última parede, datada dos períodos prévios, revelava a
necessidade de rápidas reparações no que restava de construções antigas. As
pedras das fundações pareciam ter sido dispostas com pressa e sem nenhuma
organização. Então as paredes começaram a ser construídas de tijolos cozidos,
moldados sobre as pedras. Moldes de tijolos cozidos usados para outras paredes,
apareciam nestas. Mas a calamidade tomou estes povos antes que completassem a
construção destes muros, que foi destruída pelo fogo, e a cidade caiu nas mãos
das tribos nômades Beduínas.
Os sucessivos povos que vieram para Jericó após 2300 A .C.
Depois desta data, novos habitantes se estabeleceram em Jericó. Eles
residiram primeiramente no topo da montanha. Eles construíram casas nas ruínas.
Eles espalharam suas casas nas encostas da montanha, pois não havia nenhum muro
de defesa neste intervalo. Há um edifício no lado oeste, que pode ter sido
originalmente um templo, pois ali permaneceu um altar, que foi descoberto junto
a restos de um pequeno animal, abaixo das fundações.
Na realidade os túmulos destes povos atraíram mais atenção, pois
contrariamente aos cemitérios coletivos usados pelos povos antigos, eles
velavam seus mortos dentro das covas, deixando com o morto, alguns contos e
jóias. Cemitérios medindo 248
metros , do original 360 metros , foram
descobertos em
Tall A-Sultan. Algumas das covas eram muito profundas,
medindo 5 metros
por 3 metros
de diâmetro. As dimensões da câmara do mausoléu era de 360, 330 e altura de 260 centímetros ,
que necessitava a escavação de 150 toneladas de pedras, e tudo isto era para o
sepultamento de uma pessoa. Nós podemos ver que estes corpos eram expostos até
que os ossos fossem retirados antes que eles fossem enterrados, assim como os
povos antecessores fizeram. Os objetos dispostos dentro da cova variavam de
acordo com o modelo das covas. Em alguns casos havia uma adaga, em outros
alfinetes e contas (presumidamente pertencentes às mulheres). Em algumas eram
encontrados utensílios de barro somente, enquanto em outras tumbas se
encontravam numerosas jarras, adagas e lanças. De todo modo tudo isto possuía
algo em comum, nomeadamente a existência de um pequeno nicho cortado na parede
da câmara do mausoléu. Que continha uma lâmpada com quatro cabeças, do tipo que
era prevalecente na época. Na superfície macia de uma pedra da esquina de uma
cova algumas pessoas desenhavam pequenas figuras, na forma de um carneiro ou
uma árvore, em adição a dois homens armados com lanças e espadas. Esta é, como
nós sabemos, a única ilustração conhecida deste povo. As louças de barro não
podem ser distinguidas pela preciosidade e majestade, pois não tinham adornos,
exceto por algumas linhas circulares não coloridas, sem pintura de nenhuma
espécie, uma prova de que eram feitas somente para o uso utilitário, sem nenhum
interesse de decoração. É bastante provável que estes habitantes seja os mesmos
Amorreus que ocuparam a maioria dos países do Oriente Médio, incluindo Iraque e
Egito, durante o período entre 2300-1900 A .C. Mas então eles foram vítimas de uma
grande invasão dos Hyksos.
Os Hyksos - Jericó era uma das cidades mais fortemente guardas
pelos Hyksos ou os Reis Shepherd 1750-1580 A .C. como a Bíblia os chama. Acredita se
que trouxeram os cavalos com eles e talvés os coches, para a Palestina e o
Egito. Suas casas eram bem construídas e cobriram todo o topo da montanha.
Antes de sua chegada a cidade estava cercada por uma forte parede de tijolos
cozidos. Eles introduziram um novo sistema de fortificações de defesa, não
somente para Jericó, mas para todas as partes da Palestina. Este novo sistema
de defesa consistia de uma encosta de terra tampada por um telhado de tijolos
cozidos pré-moldados. As tumbas deste período eram geralmente caracterizadas
por serem as tumbas utilizadas pelos antepassados. Podemos ver as câmaras das
covas cobertas por uma grande pedra e as aberturas preenchidas de terra. Parece
que a razão da preservação das coisas em bom estado é creditada à infiltração
de gases pelas rachaduras das rochas. Estes eram acumulados na câmara
erradicando as traças e os germes da desintegração. Mesas de madeira, cestos,
cadeiras, enchimentos e cabelos artificiais, e até mesmo peças de oferendas
eram encontradas, todas em boas condições. Todas as tumbas eram em forma de
mausoléus coletivos. Eles usavam acumular os ossos e as primeiras oferendas nos
cantos, para deixar a sala livre para os novos mortos. No Museu Arqueológico de
Jerusalém existe uma destas tumbas, construída de acordo com as condições dos
tempos antigos. Jericó era a terceira cidade em importância, de acordo com sua
situação geográfica, com a vantagem de controlar a direção das rotas das terras
ricas em cereais na Trans-Jordania.
Os Cananitas - Estes estavam entre os povos emigrantes da
Arábia para a Síria, e Jericó era uma de suas cidades mais importantes (1400 A .C.). Suas casas eram
construídas próximo ao local de Al-´Ain, onde se encontrava a entrada da
fortaleza. A área das cidade era de seis acres naqueles tempos, e suas paredes
alcançavam a altura de vinte e um pés. Seu tipo de arquitetura seguiu este
modelo: toda construção consistia em um quarto, possuindo portas nas laterais e
plataformas elevadas, rodeadas de solo preto asfaltado. Suas paredes eram
construídas no estilo babilônico. A grandeza de suas construções era evidente
através de seus monumentos, que incluíam colunas de pedra nas duas margens do
rio Jordão, de dentro do Templo de Jericó, e dos prédios erguidos em volta de
um jardim no meio do qual havia um largo arco. Este estilo cananita ainda
prevalece nas áreas rurais da Palestina, assim como nas cidades, e o tipo
circular de arquitetura de cúpulas, que aparece nas vilas de “Ain Malaha”,
Ainat, Jericó e Wadi An-Nutuf. Esta é uma das características mais proeminentes
da arquitetura cananita. Os cananitas se sobressaíram na escultura de estátuas
e na escultura pictórica que aparece nas camadas de gesso cobrindo os crânios,
que são similares a uma cobertura para cabeça. Exatamente similar aos lenços
usados pelas mulheres palestinas. É conhecido por seu nome popular,
“Al-Wiqahyah” (O Protetor), ou “As-Samada” ou “Al-‘Usabh al-kan’aniyyah” (O
Turbante Canaanita). Teares de tecelagem, roupas, cobertores, tapetes,
cadeiras, agulhas minerais para costurar roupas e adornos foram encontrados.
A manufatura de louças foi progredida com eles. Podemos encontrar
pratos, jarros, grandes bacias de cobre, grandes cântaros de água, potes e
fornos de barro (pães cozidos ao forno são remanescentes destas vilas). As
escavações descobriram numerosas mausoléus de famílias contendo corpos, perto
dos quais foram encontrados restos de comida, carneiros cozidos ou assados em
utensílios de argila, e restos de cereais, romãs e uvas passas. Está claro que
a crença religiosa se tornou agora mais evidente e mais refinada do que antes,
assim como múltiplas estatuas forma encontradas em Jericó, que nós mostra o
louvor dos canaanitas por uma trindade: o Deus da Fertilidade, a Deusa da
Fertilidade e o Inimigo do Deus da Fertilidade. A estátua da Deusa da
Fertilidade era a estátua da deusa Anat, conhecida nos textos de Agarith, onde
ela vale-se de seus seios para dar fertilidade e vida à terra dos Canaanitas.
Assim como os lugares religiosos concernentes, há um templo em Jericó que
contém um nicho. A planta de sua arquitetura foi usada pelos judeus em suas
sinagqogas. Então os cristãos transferirão isto para suas igrejas, mais tarde
apareceu também nas mesquitas islâmicas.
Jericó não atingiu este grau de civilização sozinha, muitas cidades
participaram também assim como Hazor Na’anek e Megiddo na rota nordeste do
comércio, Shkeim, Beirute e Jerusalém, alem de outras da categoria dos
Canaanitas, como Jericó, no progresso, arquitetura e poder. A Bíblia descreve
isto, quando os Israelitas dizem sobre os Canaanitas que eles eram “um povo
mais forte que eles e de grande estatura com grandes cidades apontando para o
céu. Você disse para eles: Não os tema. Deus, o senhor que te guia, luta por
você.” Escavações em Salim revelar restos de duas fortalezas Canaanitas, uma
das quais surge de uma das sete montanhas sobre as quais Jericó foi construída.
A fortaleza consiste de três colunas e pode ser alcançada pelas escadas até uma
das torres que a protegia. As escavações revelaram também as remanescentes
paredes Canaanitas construídas de tijolos cozidos sobre pedras de não menos que
três metros em
espessura. Atrás da parede haviam casas mobiliadas, contendo
jarros de óleo e louças desenhadas com leões e gazelas. Eram rodeadas de
férteis oásis contendo palmeiras. Isto é porque é chamada de “a cidade das
palmeiras” no Deuteronômio e no Julgamento, e nos livros do Velho Testamento
bastante é dito sobre a prosperidade do comércio, numerosas lojas, armazéns,
animais para transporte e consumo, vasilhas e utensílios feitos de cobre,
ferro, prata e ouro.
Os Israelenses - No princípio do século treze a.c., os
israelenses invadiram a Palestina após seu êxito do Egito e vários anos no
Sinai e na região do norte da Península Árabe. Eles começaram pelo ataque a
Trans Jordânia onde cruzaram a pé o vale do rio Jordão, vindo das montanhas de
Moab na margem leste. Eles estabeleceram um acampamento em Abel Shetem enquanto
se moviam na Palestina sob o comando de Josué. Jericó estava entre as cidades
Palestinas que caiu em suas mãos, quarenta anos após seu êxodo do Egito. Os
sacerdotes perfuraram o Arco de Covenant e balizaram a cidade com isto, guiados
pelos sete sacerdotes, os trompetistas caminhando e tocando os trompetes com
aqueles que estavam armados andando atrás do Arco de Covenant e tocando seus
trompetes, e eles fizeram isto uma vez ao dia, durante seis dias. No sétimo dia
os sacerdotes tocaram os trompetes, e Josué disse ao povo: “Calem-se, o senhor
os deu a cidade. E a cidade deve ser dedicada, e tudo que nela há ao senhor:
somente Rahab deverá viver, ela e tudo que há com ela na casa, porque ela
escondeu os mensageiros que nós mandamos, Joshua, filho de Nun, Moses e Caleb,
filho de Yofnah – e é dito Kilab filho de Yofnah, sobrinho de Moisés.”
Na Bíblia há uma descrição horrível do tratamento dos habitantes pelos
israelitas, podemos ler na Bíblia: “então o povo entrou na cidade” (em Jericó)
“e eles rapidamente destruíram tudo que estava na cidade, ambos homens e
mulheres, jovens e velhos, os bois, as ovelhas, os asnos, com a ponta de uma
lança, foi destruído”, “e eles enfeitaram a cidade com tudo que nela havia”,
“mas toda a prata e ouro, e vasos de bronze e ferro são consagrados ao Senhor:
eles devem vir sobre o tesouro do Senhor”, Então Jericó permaneceu nestas
condições até que foi reparada no reino de Ahab, o filho de Ouri, que era um
dos reis de Israel (874-852 A .C.).
Hiel, de Belém, a fortificou e reparou quatro séculos após sua destruição. Há
uma referência a isto na Bíblia, conhecida pela reconstrução de Hiel sobre
Josué.
Parece que Jericó floresceu nos tempos romanos, como é mostrado nos
canais remanescentes, que eles cavaram e que ainda podem ser vistos no rio
Kilt. Neste período Jericó iniciou a exportar datas. Jericó adquiriu uma grande
importância no tempo de Jesus (possa a paz durar para sempre), pois Jesus
Cristo a visitou e curou a vista de dois cegos, Bartolomeu e seu amigo.
Enquanto Ele estava lá, visitou Zacarias em sua casa. Como Zacarias era de
baixa estatura, foi obrigado a subir em uma árvore para ver Jesus na multidão.
Jesus caminhou ao longo da rota de caravanas entre Jericó e Jerusalém, que era
infestada de ladrões e homens perigosos.
No reinado de Constantino o Grande (306-337 D.C.), o fundador de
Constantinopla, o Cristianismo se espalhou em Jericó através dos monges e
eremitas que viveram em conventos e igrejas que eles construíram para se tornar
o centro de propagação do Cristianismo. Em 325 D.C. se tornou o centro do
bispado.
O Imperador Romano Justiniano (527-665 D.C.) construiu uma igreja
nela. Foi em seu reinado que uma rodovia foi construída juntando-a a Petra. As
caravanas demoravam 4 dias para atravessa-la. Parece que igrejas e conventos se
tornaram mais numerosos do que eram no século sete. Arco Levaux disse que sobre
aquela árvore se ergueu uma igreja em Al-Juljal, e outra no local onde foi
falado que Jesus tirou suas vestimentas antes do batismo. Outra igreja foi
construída dentro de um grande convento sob o nome de S. João, e está sobre um
prado que dá de frente para o rio Jordão. De toda forma isto não preveniu a
deterioração, negligencia e ruína começaram a tomar Jericó e as igrejas e
conventos a sua volta, seguindo a rota das caravanas. As cavernas dos ermitãos
no Monte da Tentação, olhando sobre a cidade, permaneceram como uma indicação
do alto espírito do princípio dos séculos medievais.
Finalmente Jericó entrou na regra dos Árabes que ocuparam estes países
no século sétimo D.C.. Em baixo da Jericó islâmica surgiu uma cidade no Ghaur,
habitada por um povo do Qais, bem como um grupo de Quraish. Durante o tempo do
Profeta, possa a paz e a oração estar com ele, ele colocou os judeus para fora
de Madinah por causa de sua tirania, e eles partiram para Síria, Adhru’at e
Jericó. “Umar-Ibn-Ul-Khattab”, possa Deus estar satisfeito com ele – pronunciou
o último deles no reino de Hijaz to Taima’ em Jericó.[23]
As muralhas de Jericó
E a muralha
ruiu por terra... (Js 6.20). O dr.
John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do
Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-36), descobriu em
suas escavações que o muro realmente "foi abaixo"; caiu, e que era
duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco
metros. O muro externo tinha dois metros de espessura e o interno, quatro
metros. Os dois tinham cerca de dez metros de altura. Eram construídos não
muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de
dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento,
assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de
través na parte superior, como a de Raabe, por exemplo, erguida "sobre o
muro".
Garstang
verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina,
arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos
cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. O dr. Garstang
pensa haver indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode
ser, perfeitamente uma conseqüência da ação divina.
Os cristãos
não possuem nenhuma dúvida quanto à existência das cidades mencionadas no
Antigo e no Novo Testamento. Por isso, dificilmente julgamos necessário
conhecer alguma documentação que comprove esse fato. Não obstante, sabemos que
muitas obras religiosas não resistem à menor verificação arqueológica, o que
contrasta imensamente com a Bíblia que, através dos séculos, tem seus
apontamentos históricos e geográficos cada vez mais ratificados pela verdadeira
ciência. Evidentemente, nossa fé não está baseada nas descobertas da ciência.
Entretanto, não podemos ignorar os benefícios provindos dela quando seus
estudos servem para solidificar a nossa crença. De fato, a Bíblia não só
descreve esses lugares em suas páginas como também o faz com extrema precisão.
Os fenícios, tal como os hebreus, eram um povo de
origem semita. Por volta de 3000
a .C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com
cerca de 35 km
de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte
do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria. Por habitarem uma
região montanhosa, com poucas terras férteis, eles voltaram-se para o mar,
dedicando-se à pesca e ao comércio marítimo.
A Fenícia era, na verdade, um conjunto de cidades
independentes entre si. Cada uma delas constituía numa cidade-Estado. Algumas
dessas cidades adotavam a Monarquia Hereditária; outras, eram governadas por um
Conselho de Anciãos, formados por grandes comerciantes, donos de terras e
armadores. As cidades fenícias disputavam entre si, e com outros povos, o
controle das principais rotas de comércio. Entre o ano de 1000 a.C. e 700 a .C., a cidade de Tiro
destacou-se das demais por sua riqueza.
Inicialmente, os fenícios viviam da pesca e da
agricultura. Mas, como a produção de alimentos não acompanhava o crescimento da
população, logo passaram a dedicar-se também a outras atividades, como o
artesanato e o comércio. Para vender o que produziam e obter as matérias-primas
de que necessitavam, os fenícios foram se voltando cada vez mais para o
comércio marítimo, que logo se transformou na sua principal atividade
econômica. Os fenícios guardavam a sete chaves os segredos das técnicas de
construção naval e de suas rotas de comércio. Para consolidar e expandir suas
relações comerciais, os fenícios fundaram inúmeras colônias. Muitas alcançaram
enorme progresso.
O alfabeto, uma criação fenícia
O que levou os fenícios a criarem o alfabeto foi,
justamente a necessidade de controlar e facilitar o comércio. O alfabeto
fenício possuía 22 letras e era, portanto muito mais simples do que a escrita
cuneiforme e a hieroglífica. O alfabeto fenício serviu de base para o alfabeto
grego. Este deu origem ao alfabeto latino, que, por sua vez, gerou o alfabeto
utilizado atualmente no Brasil. No princípio, todas as letras do alfabeto eram
consoantes. Mais tarde, os gregos acrescentaram a elas as cinco vogais.
A Pérsia situava-se a leste da Mesopotâmia, no
extenso planalto do Irã. Ao contrário das regiões vizinhas, possuía poucas
áreas férteis. A partir do ano 2000
a .C., a região
foi sendo ocupada por povos pastores e agricultores, vindos da Rússia.
Desde o século VIII a.C., os medos tinham
constituído um reino e possuíam um exército ágil e organizado. Valendo-se
disso, submeteram os outros povos iranianos, inclusive os persas, cobrando-lhes
tributos. Essa situação prolongou-se até 550 a .C., em que o príncipe Ciro, o Grande, liderou
uma rebelião contra os medos e sai vitorioso. Com o objetivo de obter riquezas
e resolver problemas causados pelo aumento da população e pela baixa produção
agrícola local, Ciro, o Grande, deu início ao expansionismo persa. Em poucos
anos, o exército persa apoderou-se de uma imensa área. Ciro tornou-se, então, o
imperador do Oriente Antigo.
Dario I dividiu o Império Persa em províncias e
nomeou administradores de sua confiança. No Império, as comunicações, o
comércio e o deslocamento de tropas eram facilitados por grandes estradas.
Dario e Xerxes foram derrotados ao tentarem conquistar a Grécia. Essas
derrotas, somadas às rebeliões dos povos dominados e às disputas pelo poder,
enfraqueceram o Império Persa, que foi conquistado por Alexandre da Macedônia
em 330 a .C.
A religião Dualista
dos Persas
Os persas criaram o zoroastrismo, uma religião
dualista que acreditava na existência de dois deuses: Ormuz (Bem) e Arimã ( o
Mal). Os princípios do zoroastrismo foram reunidos num livro, o Zend Avesta. Vários
deles influenciaram o judaísmo e o cristianismo.
III. A
importância da arqueologia no estudo do Novo Testamento
O
estudo intensivo de mais de 3.000 manuscritos do N.T. grego, datados do segundo
século da era cristão em diante, tem demonstrado que o N.T. foi notavelmente
bem preservado em sua transmissão desde o terceiro século até agora. Nem uma
doutrina foi pervertida. Westcott e Hort concluíram que apenas uma palavra
em cada mil do N.T. em grego possui uma dúvida quanto à sua genuinidade.
Uma
coisa é provar que o texto do N.T. foi notavelmente preservado a partir do
segundo e terceiro séculos; coisa bem diferente é demonstrar que os evangelhos,
por exemplo, não evoluíram até sua forma presente ao longo dos primeiros
séculos da era cristã, ou que Cristo não foi gradativamente divinizado pela
lenda cristã. Na virada do século XX uma nova ciência surgiu e ajudou a provar
que nem os Evangelhos e nem a visão cristã de Cristo sofreram evoluções até
chegarem à sua forma atual. B. P. Grenfell e A. S. Hunt realizaram escavações
no distrito de Fayun, no Egito (1896-1906), e descobriram grandes quantidades
de papiros, dando início à ciência da papirologia. Os papiros, escritos numa
espécie de papel grosseiro feito com as fibras de juncos do Egito, incluíam uma
grande variedade de tópicos apresentados em várias línguas. O número de
fragmentos de manuscritos que contêm porções do N.T. chega hoje a 77 papiros.
Esses fragmentos ajudam a confirmar o texto feral encontrado nos manuscritos
maiores, feitos de pergaminho, datados do quarto século em diante, ajudando
assim a forma uma ponte mais confiável entre os manuscritos mais recentes e os
originais.
O
impacto da papirologia sobre os estudos bíblicos foi fenomenal. Muitos desses
papiros datam dos primeiros três séculos da era cristã. Assim, é possível
estabelecer o desenvolvimento da gramática nesse período, e, com base no
argumento da gramática histórica, datar a composição dos livros do N.T. no
primeiro século da era cristã. Na verdade, um fragmento do Evangelho de João
encontrado no Egito pode ser paleograficamente datado de aproximadamente 125 d.C.!
Descontado um certo tempo para o livro entrar em circulação, deve-se atribuir
ao quarto Evangelho uma data próxima do fim do primeiro século - é exatamente
isso que a tradição cristã conservadora tem atribuído a ele. Ninguém duvida que
os outros 3 Evangelhos são um pouco anteriores ao de João. Se os livros do NT
foram produzidos durante o primeiro século, foram escrito bem próximo dos
eventos que registram e não houve tempo de ocorrer qualquer desenvolvimento
evolutivo.
Todavia,
a contribuição dessa massa de papiros de todo tipo não pára aí. Eles demonstram
que o grego do N.T. não era um tipo de linguagem inventada pelos seus autores,
como se pensava antes. Ao contrário, era, de modo geral, a língua do povo dos
primeiros séculos da era cristã. Menos de 50 palavras em todo o N.T. foram
cunhadas pelo apóstolos. Além disso, os papiros demonstraram que a gramática do
N.T. grego era de boa qualidade, se julgada pelos padrões gramaticais do
primeiro século, não pelos do período clássico da língua grega. Além do mais,
os papiros gregos não-bíblicos ajudaram a esclarecer o significado de palavras
bíblicas cujas compreensão ainda era duvidosa, e lançaram nova luz sobre outras
que já eram bem entendidas.
1.
Locais mencionados no NT
Por toda a
extensão do território bíblico existem diversas tumbas
"tradicionalmente" atribuídas a vários personagens bíblicos, às vezes
muitas para um único indivíduo! Em diversos casos, não há evidência histórica
ou arqueológica para validar a identificação. No entanto, existem pelo menos
sete ocasiões onde há fortes, senão conclusivas, evidências sobre a localização
do local de sepultamento de uma pessoa, ou pessoas, descritas na Bíblia.
Jesus
- Na atual Jerusalém existem dois locais declarados como a tumba de Jesus: a
Igreja do Santo Sepulcro e a Tumba do Jardim. Esta última foi identificada como
a tumba de Jesus apenas no final do século XIX e carece de credibilidade
histórica. Uma longa tradição, datada do primeiro século, atribui a tumba de
Jesus ao local da Igreja do Santo Sepulcro na Antiga Cidade de Jerusalém. No
século IV Constantino localizou o local da tumba abaixo de um templo romano do
século II e construiu a igreja sobre o local. Esta igreja foi repetidamente
restaurada e mantida pelos séculos desde então e é compartilhada por seis
credos: Católico Romano, Ortodoxo Grego, Armênios, Sírios, Coptas e Etíopes.
Caifás
o Sumo Sacerdote - Caifás foi o sumo sacerdote por 18 anos, d.C. 18-36.
Aparentemente, obteve esta posição através do casamento com a filha de Anás,
chefe de um poderoso clã de sumo-sacerdotes (Jo 18:13). Caifás é considerado
vil por ter sido o líder na conspiração que culminou na crucificação de Jesus.
Em uma reunião de líderes religiosos, Caifás declarou que "vos convém que
morra um só homem pelo povo, e que não pereça a nação toda" (Jo 11:50).
Ele se referia à possível intervenção de autoridades romanas caso os
ensinamentos de Jesus gerassem uma insurreição. Suas palavras foram proféticas
no sentido em que Jesus
morreu pelas pessoas, por todas elas do mundo, como sacrifício de expiação dos
pecados.
Após
ter sido preso, Jesus foi levado à casa de Caifás e ali detido pela noite. Os
guardas zombavam dele e feriam-no (Lc 22:63-65). Na manhã seguinte Ele foi
interrogado e novamente agredido. Caifás lhe perguntou "És tu o Cristo
(Messias), o Filho do Deus bendito?" "Eu sou", Jesus respondeu
(Mc 14:61-62). Caifás então entregou Jesus a Pilatos para ser julgado.
Após
a crucificação de Jesus, Caifás continuou a perseguir a igreja primitiva,
levando os apóstolos a líderes religiosos e dizendo-lhes: "Não vos
admoestamos expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes
Jerusalém dessa vossa doutrina e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem
(Jesus)." Pedro e os outros apóstolos responderam: "Importa antes
obedecer a Deus que aos homens" (At 5:28-29).
A
tumba da família de Caifás foi acidentalmente descoberta por operários que
construíam uma estrada em um parque ao sul da Antiga Jerusalém. Os
arqueologistas foram então ao local em regime de urgência e encontraram 12
ossuários (caixas para ossos feitas de calcáreo) ao examinar o local contendo
os restos mortais de 63 indivíduos. O ossuário mais ornamentado tinha a
inscrição de nome "José filho de (ou da família de) Caifás." Este era
o nome completo do sumo sacerdote que prendeu Jesus, documentado como Josephus
(Antiguidades 18:2, 2;4, 3). No seu interior existiam os restos de um
homem de 60 anos, que quase certamente pertenciam ao mesmo Caifás do Novo
Testamento. Este memorável achado provê, pela primeira vez, os restos físicos
de um indivíduo descrito na Bíblia.
César
Augusto - Um grande político e administrador, Augusto reinou sobre o
Império Romano de 27 a .C.
a 14 d.C. Foi justamente Augusto que decretou o censo que levou José e Maria a
Belém, onde Jesus nasceu (Lc 2:1-7). Augusto construiu para si mesmo um grande
mausoléu em Roma, nas margens orientais do Rio Tibre, um quarto de milha a
noroeste do Fórum Romano. Os restos mortais estão atualmente localizados no
centro do Piazza Augusto Imperatore. O mausoléu possuía 285 pés de diâmetro e 143 pés de altura e tinha
uma estátua do imperador em seu topo. Suas cinzas estavam em uma urna ao
centro, enquanto as cinzas dos membros da dinastia foram colocadas em urnas em
um corredor que circundava o salão. Embora algumas urnas tenham sido
encontradas por excavações, as cinzas já haviam desaparecido há muito tempo.
2.
Cidades mencionadas no NT
Betel - Referência
bíblica: "Depois Amazias disse a Amós: Vaite, ó vidente, e foge para a
terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza, mas em Betel daqui por diante
não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e casa real" (Am
7.12,13). "W. F Albright fez uma escavação de ensaio em Betel em 1927 e
posteriormente empenhou uma escavação oficial em 1934. Seu assistente, J. L. Kelso, continuou as
escavações de 1954 a
1960" (Achtemeier, P.J., Th.D., Harper's Bible Dictionary San Francisco:
Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).
Cafarnaum
- Referência bíblica: "E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de
Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as
dracmas?" (Mt 17.24). "Cafarnaum foi identificada desde 1856 e, a
partir de então, tem sido alvo de escavações nos últimos 130 anos"
(Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and
Row, Publishers, Inc., 1985).
Corazim - Referência
bíblica: "Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! peque, se em Tiro e em
Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam
arrependido, com saco e com cinza" (Mt 11.21). "Escavações na atual
cidade deserta indicam que ela abrangeu uma área de doze acres e foi construída
com uma série de terraços com o basalto da região montanhosa local"
(Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper
ando 10.
Éfeso - Referência
bíblica: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos
santos que estão em Efeso, e fiéis em Cristo Jesus " (Ef 1.1; grifo do autor). "E encheu-se de confusão toda a cidade
e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios,
companheiros de Paulo na viagem" (At 19.29) . A cidade em referência é
Éfeso. "Arqueólogos austríacos encontraram em escavações, no século passado,
um teatro de 24.000 assentos, bem como muitos outros edifícios públicos e ruas
do primeiro e segundo séculos depois de Cristo, de forma que a pessoa que
visita o local pode ter uma boa impressão da cidade como foi conhecida pelo
apóstolo Paulo" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San
Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).
Jope - Referência
bíblica: "E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro
estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir
ter com eles." (At 9.38). "Durante escavações no local da antiga
cidade de Jope (XIII a.C.) o portão da fortaleza foi descoberto..." (Achtemeier, Paul J., Th.D.,
Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,
1985).
Diante desta
simples exposição, podemos afirmar como Sir Frederic Kenyon, que disse:
"Portanto, é legitimo afirmar que, em relação à Bíblia, contra a qual
diretamente se voltou a crítica destruidora da segunda metade do século
dezenove, as provas arqueológicas têm restabelecido a sua autoridade. E mais:
têm aumentado o seu valor ao torná-la mais inteligível por meio de um
conhecimento mais completo de seu contexto e ambiente. A arqueologia ainda não
se pronunciou definitivamente a respeito, mas os resultados já alcançados
confirmam aquilo que a fé sugere, que a Bíblia só tem a ganhar com o aprofundar
do conhecimento". [24]
3.
Descobertas relacionadas a JESUS
Nas últimas
quatro décadas, descobertas espetaculares confirmam o pano de fundo histórico
dos Evangelhos. Em 1968, por exemplo, o esqueleto de homem crucificado foi
encontrado em uma caverna funerária na parte norte de Jerusalém. Foi um achado
significativo: embora se saiba que os romanos crucificam milhares de supostos
traidores, rebeldes e ladrões, os restos de uma vítima de crucificação jamais
tinham sido encontrados.
Os ossos,
preservados num ossuário de pedra, pareciam pertencer a um homem entre 25 e 30
anos. Havia indícios de que seus pulsos tinham sido transpassados com pregos.
Os joelhos haviam sido dobrados e virados para o lado, e um prego de ferro
(ainda alojado no osso de um calcanhar) fora enfiado nos dois pós. As duas
tíbias pareciam ter sido quebradas, quem sabe se confirmar o relato do
Evangelho de João (19:32-33): "Foram pois os soldados, e, na verdade,
quebraram as pernas ao primeiro, e ao outro que com ele fora crucificado."
Havia muito
que se dizia que os carrascos romanos costumavam jogar os cadáveres dos
crucificados em valas comuns ou abandona-los na cruz para serem devorados por
animais carniceiros. Mas a descoberta dos restos de um crucificado
contemporâneo de Jesus em uma sepultura evidenciou que os romanos às vezes
permitiam um enterro familiar, como relato do sepultamento de Jesus.
Em 1990,
durante a construção de um parque a pouco mais de três quilômetros ao sul do
Monte do Templo, os operários descobriram uma câmara funerária secreta, datada
do século 1º, contendo 12 ossuários de calcário. Em um deles, que guardava os
ossos de um sexagenário, havia a inscrição "Yehosef bar Qayafa", ou
seja, "José, filho de Caifás". Os especialistas acreditam que se
trata dos restos de Caifás, o supremo sacerdote de Jerusalém que, segundo os
Evangelhos, esteve envolvido na prisão de Jesus, interrogou-o e o entregou a
Pôncio Pilatos para ser executado.
Algumas
décadas antes, durante as escavações nas ruínas de Cesaréia Marítima, a antiga
sede do governo romano na Judéia, foi encontrada uma laje de pedra com a
inscrição bastante danificada. De acordo com os peritos, a inscrição completa
teria sido: "Pôncio Pilatos, governador da Judéia, dedicou ao povo de
Cesaréia um templo em homenagem a Tibério."
A descoberta
é especialmente significativa por ser a única inscrição com o nome de Pilatos
já encontrada e por estabelecer que o personagem descrito nos Evangelhos como
governante romano da Judéia tinha de fato a autoridade a ele atribuída pelos
evangelistas.
Os registros
arqueológicos não se pronunciam sobre boa parte da história bíblica. Mas os
arqueólogos estão convencidos de que existem muito mais provas a respeito,
enterradas nas areias do Oriente Médio, à espera de que alguém as encontre.
ANEXO I
Existe confirmação
de eventos bíblicos por fontes escritas externas à Bíblia?
Outros exemplos de confirmações extra-bíblicas de
eventos bíblicos: [25]
·
Campanha em Israel do Faraó Sisaque (1 Re
14:25-26), registrado nos muros do Templo de Amon em Tebes, Egito.
·
Revolta de Moabe contra Israel (2 Reis 1:1;
3:4-27), registrado na Inscrição Mesha.
·
Cerco de Laquis por Senaqueribe (2 Reis 18:14,
17), como registrado nos relevos de Laquis.
·
Assassinato de Senaqueribe por seus próprios
filhos (2 Re 19:37), como registrado nos anais de seu filho Esar-Hadom.
·
A existência de Jesus como registrado por
Josephus, Suetonius, Thallus, Plínio o Jovem, o Tálmude e Lucian.
·
Expulsão de judeus de Roma durante o reinado de
Claudius (A.D. 41-54) (At 18:2), como registrado por Suetonius.
Já foi encontrado o
local de sepultamento de algum personagem da Bíblia?
Tumba dos Patriarcas
A Bíblia relata que Sara, Abraão,
Isaque, Rebeca, Lia e Jacó foram enterrados em Hebrom, numa caverna denominada
a Cova de Macpela, adquirida por Abraão (Gn 23). Segundo a tradição, esta
caverna está localizada abaixo de Haram el-Khalil ("recinto sagrado do
amigo do Deus Único Misericordioso") em Hebrom, e é atualmente uma
mesquita muçulmana. Algumas referências datadas do período Helênico (século II
d.C) atestam que este é o local autêntico de sepultamento dos Patriarcas. A
caverna foi explorada pelos Cânons Agostinianos em 1119, sendo declarada a descoberta
dos ossos dos Patriarcas nesta data.
Tumbas de Davi e Salomão
Por
todo o período dos reinados, os reis de Judá foram enterrados na cidade de
Davi. Na divisa sul da Cidade de Davi, ao sul da Antiga Cidade de Jerusalém,
existem duas tumbas monumentais compostas de túneis que estudiosos acreditam
ser as tumbas de Davi e Salomão. Infelizmente, estas tumbas foram danificadas
por guerras posteriores de modo que nenhuma inscrição que poderia
identificá-las permaneceu. Na mesma área existem diversas tumbas da Idade do
Ferro, possivelmente pertencentes a outros reis de Judá.
O
sepultamento de Uzias foi uma exceção aos costumes da época. Considerando que
ele foi um leproso, não foi sepultado com os outros reis, mas " no campo
de sepultura que era dos reis; pois disseram: ele é leproso" (2 Crônicas
26:23). Surpreendentemente, uma inscrição foi encontrada no Monte das Oliveiras
em 1931, datada do primeiro século D.C que diz: "Aqui foram trazidos os
ossos de Uzias, rei de Judá – não abra." Evidentemente, devido à sua
lepra, os ossos de Uzias foram removidos do campo que pertencia aos reis e
transferido para um local mais distante.
Sim, diversas
estruturas bíblicas foram desencavadas. Entre estas, as mais interessantes são:
O
palácio de Jericó onde Eglom, rei de Moabe, foi assassinado por Eúde (Jz
3:15-30).
O
Portão leste de Siquém onde Gaal e Zebul observaram a aproximação das tropas de
Abimeleque (Jz 9:34-38).
O
Tempo de Baal / El-Berite em Siquém, onde foram obtidos fundos para o reinado
de Abimeleque e onde os cidadãos de Siquém se refugiaram quando Abimeleque
atacou a cidade (Jz 9:4, 46-49).
O
tanque de Gibeão onde as forças de Davi e Is-Bosete lutaram pelo reinado de
Israel (2 Sm 2:12-32).
A
Piscina de Hesbom, que foi comparada aos olhos da mulher sulamita (Ct 7:4).
O
pálacio real de Samaria onde os reis de Israel viveram (1 Re 20:43; 21:1, 2;
22:39; 2 Re 1:2; 15:25).
O
tanque de Samaria onde o carro do rei Acabe foi lavado após sua morte (1 Re
22:29-38).
O
aqueduto sob Jerusalém, cavado pelo rei Ezequias para prover água durante o
cerco assírio (2 Re 20:20; 2 Cr 32:30).
A
fundação da sinagoga em Cafarnaum onde Jesus curou um homem que tinha um
espírito imundo (Mc 1:21-28) e deu o sermão do pão da vida (Jo 6:25-59).
A
casa de Pedro em Cafarnaum onde Jesus curou a sogra de Pedro e outras pessoas
(Mt 8:14-16).
O
poço de Jacó onde Jesus falou à mulher samaritana (Jo 4).
O
tanque de Betesda em Jerusalém, onde Jesus curou um homem enfermo (Jo 5:1-14).
O
tanque de Siloé em Jerusalém, onde Jesus curou um homem cego (Jo 9:1-4).
O
tribunal em Corinto onde Paulo foi julgado (At 18:12-17).
O
teatro em Éfeso onde ocorreu a revolta dos artífices (At 19:29).
O
Palácio de Herodes em Cesaréia onde Paulo foi mantido sob guarda (At 23:33-35).
Os computadores da NASA realmente provaram a
existência do "longo dia" de Josué?
Embora acreditemos nos fatos relatados na Bíblia
sobre o Longo Dia de Josué, a alegação de que a NASA provou a existência deste
dia não passa de um antigo mito urbano. Na verdade, a alegação de que cálculos
astronômicos tenham provado a "perda" de um dia já existe há um
século. Nas últimas poucas décadas, o mito foi então ornamentado com os
computadores da NASA realizando os cálculos.
Ninguém que tenha defendido esta estória
disponibilizou detalhes destes cálculos - como exatamente este dia perdido foi
descoberto? Esta observação deveria tornar as pessoas naturalmente mais
cuidadosas no que acreditam. Como então detectar um dia perdido sem que se
tenha um ponto de referência fixo antes deste dia? Na realidade precisa-se
relacionar registros tanto astronômicos quanto históricos
para detectar um dia perdido. E para detectar 40 minutos perdido
necessita-se que estes pontos de referência tenham a precisão de minutos.
É verdade afirmar que o tempo de ocorrência de
eclipses solares observáveis de certa localidade pode ser determinado
atualmente com precisão, porém os registros antigos não registravam o tempo com
tamanha precisão, portanto o relacionamento de registros é simplesmente
inviável. De qualquer forma, o registro histórico mais antigo de um eclipse
ocorreu em 1217 AC ,
aproximadamente dois séculos após Josué. Existem tantas boas evidências para a
verdade da criação e da Bíblia que não é necessário se recorrer a artifícios de
ornamentos e mitos urbanos.
A Arca de Noé já foi encontrada?
A busca pela Arca de Noé tem recebido atenção
internacional nas últimas duas décadas. Dezenas de expedições à região do
Ararate na Turquia Oriental, a maioria das quais compostos por grupos cristãos
norte-americanos, têm gerado numerosas afirmações - sem no entanto prova
alguma.
De acordo com a Bíblia, a Arca de Noé era uma grande
barcaça construída de madeira e impermeabilizada com betume. Suas dimensões
eram aproximadamente 450 pés
de comprimento, 75 pés
de largura e 45 pés
de altura com três andares interiores. Aparentemente, uma "janela"
foi construída ao seu teto. (Gn 6:14-16). As dimensões da Arca tornam-a a maior
embarcação marítima conhecida existente antes do século XX e suas proporções
são surpreendemente semelhantes às encontradas nos grandes transatlânticos
atuais.
A Bíblia diz que o barco de Noé pousou sobre
"os montes de Ararate" (Gn 8:4). "Ararate" provavelmente se
refere uma região (o antigo reino de Urartu) e não um monte específico. Após a
saída de Noé e sua família para a montanha, o barco virtualmente desapareceu
das páginas da Bíblia. Os escritores bíblicos que vieram posteriormente nunca
deram indicativos de que soubessem que a Arca ainda podia ser vista.
O monte atualmente denominado "Ararate" é
semelhante a uma cadeia com dois picos gêmeos. É muito interessante observar
que existem diversas referências no decorrer da história que relatam sobre um
grande barco em uma montanha nesta região. As mais antigas referências (início
do século III d.C) sugerem que era de conhecimento geral que a Arca ainda podia
ser vista no Monte Ararate. Reporteres durante o século passado envolvem
visitas à embarcação, coleta de madeira e fotografias aéreas. Em geral,
acredita-se que pelo menos uma parte da Arca ainda está intacta, não no pico
mais alto, mas em algum lugar acima do nível dos 10.000 pés .
Aparentemente encoberta por neve e gelo na maior parte do ano, apenas em alguns
verões quentes a estrutura pode ser localizada e visitada. Algumas pessoas
dizem terem andado no seu teto, outras terem andado na parte interna.
Nos anos 80, a "arca-logia" obteve certo ar de
respeitabilidade com a participação ativa do ex-astronauta da NASA James Irwin
em expedições à montanha. Além disso, as investigações sobre a Arca também
foram aceleradas com a dissolução da União Soviética, pois a montanha estava
justamente na fronteira entre União Soviética e Turquia. As expedições à
montanha eram consideradas como uma ameaça à segurança pelo governo soviético.
Infelizmente, visitas posteriores aos locais
descritos não produziram evidências adicionais, o paradeiro revelado pelas
fotografias é atualmente uma incógnita e as diferentes visões não indicam o
mesmo local. Além disso, o astronauta James Irwin faleceu, uma testemunha
visual recentemente se retratou publicamente e existem poucas novas expedições
à montanha nos anos 90.
Porém ainda existem alguns esforços. Mesmo
considerando que a Associates for Biblical Research não está direcionada para
qualquer um destes esforços, temos pesquisado documentos antigos, procurado por
relatos de testemunhas visuais e renovado esforços para mapear o local de
repouso da Arca. Existem ainda muitas expedições pendentes. Se realmente
estiver lá, certamente saberemos.
Comentários Adicionais
Devido a um popular filme de Hollywood apresentado
em 1976 ("In Search of Noah's Ark - Em Busca da Arca de Noé"), muitas
pessoas ainda têm a impressão que a Arca de Noé foi definitivamente encontrada.
Um item particularmente memorável para as pessoas era uma fotografia espacial
confusa de algo que se acreditava ser a Arca. Expedições posteriores provaram
que o objeto era simplesmente uma grande formação rochosa.
Nos anos de 1980 e 90, muitos foram enganados por
estórias de notícias televisivas ou divulgadas em artigos nos jornais alegando
que a Arca tinha sido encontrada em local completamente diferente. Os relatos
referiam-se a uma estrutura em forma de barco a 15 milhas do Monte
Ararate. Infelizmente, foram divulgados diversos testemunhos exagerados sobre
este local, frequentemente denominado Local de Durupinar. Através de pesquisas
geológicas extensivas, utilização de radar de terreno e dados de análise de
formações terrestres, patrocinadas internacionalmente por um anestesista
americano denominado Ron Wyatt, confirmou-se sem margem a dúvidas de que a
estranha formação é uma característica geológica comum na região do Ararate.
Não é a Arca de Noé.
Os Gigantes
"Esses nefilins eram os valentes, os homens de renome,
que houve na antigüidade." Gn 6.4
"Antes haviam habitado nela os emins, povo grande e
numeroso, e alto como os anaquins; eles também são considerados refains como os
anaquins; mas os moabitas lhes chamam emins." Dt 2.10-11
"Porque só Ogue, rei de Basã, ficou de resto dos
refains; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá
dos amonitas? O seu comprimento é de nove côvados [4 metros], e de quatro
côvados [1,78 metros] a sua largura, segundo o côvado em uso." Dt 3.11
"Também vimos ali os nefilins, isto é, os filhos de
Anaque, que são descendentes dos nefilins; éramos aos nossos olhos como
gafanhotos; e assim também éramos aos seus olhos." Nm 13.33
Há cerca de 5.500 anos, a estatura humana era
sobremodo elevada. Haviam homens na Mesopotâmia cuja estatura ultrapassava 4 metros . Eram os
primeiros gigantes, chamados pela Bíblia de Nefilins.
Nos finais dos anos 50 durante a construção de uma
estrada em Homs, no Vale do Eufrates, sudeste da Turquia, região próxima de
onde viveu Noé após o dilúvio, foram encontradas várias tumbas de gigantes.
Elas tinham 4 metros
de comprimento, e dentro de duas estavam ossos da coxa (fêmur humano) medindo
cerca de 120
centímetros de comprimento. Calcula-se que esse
humano tinha uma altura de 4,5
metros e pés de 53 centímetros . Um
dos ossos (fotos abaixo) está sendo comercializado pelo Mt. Blanco Fossil
Museum na cidade de Crosbyton, Texas, EUA, ao preço de 450 dólares.
"Não foi deixado nem sequer um dos anaquins na terra
dos filhos de Israel; somente ficaram alguns em Gaza, em Gate, e em
Asdode." Js 11.22
"Ora, o nome de Hebrom era outrora Quiriate-Arba,
porque Arba era o maior homem entre os anaquins. E a terra repousou da
guerra." Js 14.15
Outros grupos de gigantes chamados de Anaquins e
Refains (ou Emins) se instalaram na Palestina entre o Mar Morto e a faixa de
Gaza. Os israelitas mataram todos os gigantes desta região sobrando apenas o
rei Ogue (na região norte da atual Jordânia) e alguns que foram para a faixa de
Gaza (região entre o Mar Mediterrâneo e a cidade de Gaza).
"Então saiu do arraial dos filisteus um campeão, cujo
nome era Golias, de Gate, que tinha de altura seis côvados e um palmo [2,89
metros]." 1 Sm 17.4
Golias é o gigante mais famoso da história. No
entanto não chegava a 3
metros de altura.
Esta interessante pegada em granito sólido foi
encontrada na reserva florestal de Cleveland, EUA em fevereiro/2002.
Gigantes de 24 dedos
"Houve ainda outra guerra em Gate, onde havia um homem
de grande estatura, que tinha vinte e quatro dedos, seis em cada mão e seis em
cada pé, e que também era filho do gigante." 1 Cr 20.6 Pela narrativa, os
israelitas se surpreenderam com esse gigante. Na foto, uma pegada fossilizada
de 6 dedos (o dedo menor está um pouco apagado) de um gigante comparada com um
pé normal.
Em 1876 chegou em Londres um gigante fossilizado de 3,65 metros com 6 dedos
no pé direito. Ele foi desenterrado por Mr. Dyer durante uma operação mineira em County Antrim ,
Irlanda. Em seguida foi levado para exposição em Dublin, Liverpool e
Manchester. Numa edição de dezembro de 1895, a revista British Strand Magazine publicou uma foto do
fóssil tirada no depósito de mercadorias da Broad
Street da Companhia de Estrada de Ferro North-Western, sendo mais
tarde reimpressa no livro "Traces of the Elder Faiths of Ireland" de
W. G. Wood-Martin (abaixo múmia preto e branco). [26]
Os
mais antigos manuscritos do texto bíblico até agora descobertos
No verão de
1947, o mero acaso levou à descoberta dos textos mais antigos até agora existentes.
Entre os escritos em pergaminho e papiro que uns pastores beduínos descobriram
por acaso numa caverna na costa norte do mar Morto, encontrava-se um rolo de
sete metros de pergaminho com a íntegra do primitivo texto hebraico do Livro de
Isaías. O exame do documento por peritos revelou que o texto de Isaías foi sem
dúvida algum escrito pelo ano 100
a .C.! É o original de um dos livros dos profetas, como o
que Jesus manuseava quando lia aos sábados em Nazaré (Lc 4.16 e seguintes). O
Livro de Isaías, com mais de dois mil anos de idade, é uma prova única da
autenticidade da tradição da Sagrada Escritura, pois o seu texto concorda com a
redação das Bíblias atuais. De 1949 e 1951, os arqueólogos G. Lankester Harding
e Padre Roland de Vaux conseguiram encontrar em outras cavernas do mar Morto
grande quantidade de manuscritos muito mais antigos. Entre eles acham-se, em
trinta e oito rolos, dezenove livros do Velho Testamento. Esses achados são,
segundo declarou G. L. Harding, "o acontecimento arqueológico mais sensacional
do nosso tempo. Uma geração inteira de especialistas em assuntos bíblicos terá
que empenhar-se no exame desses textos".
As redações
bíblicas mais antigas e completas do Velho e do Novo Testamento eram, até pouco
tempo, os célebres Codex Vaticanus e Codex Sinaiticus do século IV d.C., aos
quais se reuniram em 1931 os Papiros Chester-Beaty dos séculos II e III. Fora
isso, existem ainda alguns fragmentos de antes de Cristo (os Fragmentos Fuad e
Ryland). Mas todos esses documentos são em grego, portanto, no que se refere ao
Velho Testamento, traduções. A mais antiga transmissão completa, no texto
hebraico primitivo, era o Codex Petropolitanus, escrito em 916 d.C. Com o
pergaminho de Isaías encontrado na região do mar Morto, a tradição bíblica
hebraica recua quase um milênio exato. Do N.T. foi descoberto em 1935 um
fragmento do Evangelho de João, em grego, do tempo do Imperador Trajano
(98-117). Esses antigos manuscritos são a resposta mais convincente sobre a
autenticidade da tradição bíblica!
Entrementes,
muito se escreveu a respeito de Qumran. Além das publicações rigorosamente
científicas tratando dos célebres "rolos manuscritos do mar Morto",
eles entraram também para a literatura especializada , popular, de fácil acesso
à compreensão do grande público. Assim, a essa altura, já está na hora de
perguntar: será que Qumran trouxe a sensação esperada? A resposta não pode ser
inequivocamente positiva, nem negativa, pois mais uma vez cumpre fazer constar
que em parte seria sim, em parte, não. De nenhuma maneira os rolos manuscritos
do mar Morto forneceram aquelas revelações espetaculares da vida e obra de São
João Batista, bem como de Jesus, o nazireu, que deles se esperavam. Ao invés
disso, a "voz do deserto" de Qumran nos trouxe à mente quão pouco, no
fundo, sabemos a respeito do histórico João Batista, do histórico Jesus.
Todavia, parte dos rolos manuscritos de Qumran confirma uma concordância
surpreendente com a redação dos textos do V.T., nos quais se fundamentam, e a
redação massorética canônica do V.T. hebraico, datando de aproximadamente um
milênio mais tarde. Tal concordância reveste-se de grande importância para a
história das tradições.
Da mesma
forma, o teor dos textos de Qumran, com suas inúmeras "antecipações"
de idéias, doutrinas, exigências, regras e normas cristãs, forneceu e continuam
fornecendo argumentos para os céticos, aqueles que duvidam da originalidade de
Jesus e sua Igreja. Depois das descobertas de Qumran, nada mais ficou intocável
no âmbito da religião de Cristo, a começar com as bem-aventuranças proferidas
no Sermão da Montanha, até as vestes brancas do batismo, desde a eucaristia até
a ordem comunitária. Assim, os assênios, os sectários de Qumran, possuíam um
"conselho da comunidade", integrado por doze tribos de Israel, mas
ainda igualmente aos doze apóstolos de Jesus Cristo. Em Qumran, havia
"anciães"; aliás, foi de uma expressão grega, designando o
"ancião" da comunidade cristã (presbyter), que nasceu a palavra alemã
"Priester" (sacerdote). Ademais, o povo de Qumran conhecia até o
ofício episcopal; o termo "bispo" é derivado da palavra grega
"episkopos" (literalmente, supervisor) e os sectários de Qumran
conheciam bem o ofício de um supervisor (em aramaico: mebagger).
Em resumo,
desde os 12 apóstolos, passando pela "instituição comunal", em sua
íntegra, até as idéias de apreciação ética, as essências da fé, tais como a
consciência de ter cometido um pecado, o conceito da salvação, a expectativa do
Juízo Final, a "pobreza em espírito", todos esses elementos básicos
da fé e da religião cristã, tudo isso já existia em Qumran e era conhecido dos
essênios.
Por vezes, as
concordâncias chegam a ser paradoxais. Da Primeira carta de Paulo aos
Coríntios, consta o seguinte trecho enigmático: "Por isso a mulher deve
trazer a cabeça (o sinal) do poder por causa dos anjos" (I Co 1.10). Isso
poderia ser compreendido da seguinte maneira: por achar-se sob o domínio do
homem, a mulher deveria usar um véu na cabeça; no entanto, o que isso teria a
ver com os "anjos"? As regras vigentes em Qumran explicam de que se
trata: segundo a crença dos sectários de Qumran, a refeição comunal sacrificial
contava com a presença de "anjos sagrados", que poderiam ficar
"ofendidos" com a presença de certas pessoas, ou grupos de pessoas.
Quanto aos preceitos referentes às mulheres, os cristãos primitivos ainda
acompanhavam certas praxes, embora não fossem tão longe como foram os essênios,
que excluí- ram, radicalmente, as mulheres de suas refeições comunitárias
sacrificais. Os cristãos exigiam das mulheres somente certos quesitos, tais
como o uso do véu. Todavia, quanto aos doentes, paralíticos, cegos, surdos e
aleijados, os cristãos deixaram de acompanhar o regulamento dos essênios, como
se depreende da seguinte passagem do Evangelho de São Lucas: "Vai já pelas
praças e pelas ruas da cidade; traze aqui os pobres, aleijados, cegos e
coxos" (Lc 14.21). Há cientistas que interpretam essas palavras como um
franco protesto, uma rejeição terminante do regulamento comunal de Qumran.
Nessa altura,
chegamos às diferenças existentes entre Qumram e a cristandade e, novamente, no
Evangelho de Lucas tornamos a encontrar algo parecido com uma tomada de
posição. O evangelista cita a parábola dos feitos infiel e coloca as seguintes
palavras na boca de Jesus: "porque os filhos deste século são mais hábeis
no trato com os seus seme- lhantes que os filhos da luz." (Lc 16.8).
"Filhos da Luz" eram os sectários de Qumran, os essênios. Com essa
passagem do Evangelho, os membros das comunidades cristãs contemporâneas eram
instados a mão imitar os essênios, que se fecharam em si, retirando-se para o
deserto, e assim perderam o contato com o mundo ao seu redor; Enquanto os
essênios de Qumran viveram totalmente isolados do resto do mundo, os
mensageiros cristãos foram "foram pelas praças e pelas ruas da
cidade", conquanto a sua mensagem não fosse dirigida aos eleitos, mas
igualmente aos "pobres, aleijados, cegos e coxos". E essa mensagem
não se chamou "justiça", mas, sim, rezava: "Não julgueis, para
que não sejais julgados" (Mt 7.1); e ainda: "O meu preceito é este:
que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei" (Jo 15.12). Esses eram
matizes novos, ainda desconhecidos da "voz do deserto" de Qumran. E,
não obstante os caminhos enveredados pela cristandade em sua evolução posterior
e quantos fossem os motivos de crítica e censura, nem seus adversários mais
severos podem negar o fato de que foi justamente pela caridade, pela bondade,
que ela de distinguiu de Qumran e do rigor do regulamento essênio. [27]
Cientistas
desvendam fraude do dinossauro-pássaro
Uma das maiores fraudes da
história da ciência chegou ao seu capítulo final. A revista britânica
"Nature" publicou a análise de tomografia computadorizada do Archaeoraptor,
o fóssil forjado que enganou paleontólogos do mundo todo e expôs ao ridículo
outra revista importante, a americana "National Geographic".
O estudo do paleontólogo Tim Rowe,
da Universidade do Texas em Austin (EUA), publicado semana passada pela revista
(www. nature.com), mostra que o fóssil é o mosaico de pedaços de uma ave e
quatro dinossauros diferentes.
O Archaeoraptor foi assunto
de capa da "National Geographic" em novembro de 99. O caso era
sensacional: um fóssil de dinossauro descoberto na China apresentava uma
"combinação dramática" de características de pássaro e de
dromeossauro, um dino carnívoro. Era, definitivamente, o elo perdido entre aves
e répteis. Em outubro do ano passado, no entanto, a revista foi forçada a
admitir que havia comprado gato por lebre. Descobriu-se que a tal
"combinação dramática" não fora moldada pela evolução, e sim por
contrabandistas de fósseis chineses. Para elevar o valor de mercado da peça,
eles juntaram metade do corpo de um pássaro fóssil com a cauda e as patas
traseiras de um dromeossauro.
O fóssil foi retirado ilegalmente
da China e vendido nos EUA ao artista plástico Stephen Czerkas, por US$ 80 mil.
Czerkas chamou dois paleontólogos, o canadense Philip Currie e o chinês Xu
Xing, para descrever o animal.
A idéia de era coincidir a
descrição científica do bicho com uma matéria sobre o animal na "National
Geographic". A fim de publicar a descrição na "Nature" ou na sua
rival, a "Science", Czerkas contratou Tim Rowe para fazer uma análise
de tomografia computadorizada no fóssil. "Levou só algumas horas para
perceber que o espécime estava quebrado em muitos pedaços e que nem todos
haviam sido rearranjados corretamente", disse Rowe à Folha.
Mas Czerkas resolveu levar a
publicação na "National Geographic" à frente, mesmo depois de o
trabalho ter sido rejeitado pelas duas revistas científicas. E ameaçou Rowe de
processo caso publicasse os dados da tomografia.
A tramóia só veio abaixo um mês
depois, quando Xing Xu encontrou, na China, um fóssil de dromeossauro cuja
cauda era, sem dúvida, a do Archaeoraptor, e a "National
Geographic" foi obrigada a desmentir a capa.
Só agora, depois de resolvidas as
questões legais —o tal processo aconteceu, de fato—, o trabalho de Rowe
(concluído desde outubro de 99) aparece na "Nature". A análise mostra
que a laje contendo o Archaeoraptor foi montada a partir de 88 cacos de pedra.
Parte deles contém meio fóssil de um pássaro ainda desconhecido para a ciência,
que está sendo estudado por Xu. Outra parte tem restos de dromeossauros que não
podem ser atribuídos a um só espécime.
Para o paleontólogo, a fraude do
Archaeoraptor mostra como o comércio de fósseis atrapalha a ciência.
"Qualquer espécime que tenha uma etiqueta de preço é uma fraude em
potencial", disse. "Felizmente, um conjunto cada vez maior de
técnicas pode ser aplicado agora à análise de fósseis", afirma no estudo.
No Brasil, onde o comércio de
fósseis é ilegal (assim como na China), as fraudes têm uma origem certa: a
chapada do Araripe, no Ceará, uma das maiores minas de fósseis do planeta.
Uma dessas fraudes acabou
eternizada no nome de um dinossauro. O bicho em questão era um crânio de
espinossauro (carnívoro com focinho de crocodilo), contrabandeado para a Europa
e descrito pelo paleontólogo David Martill, da Universidade de Portsmouth
(Reino Unido), em 1996.
Durante a preparação (processo em
que o fóssil é separado da rocha que o contém), a equipe de Martill descobriu
que a ponta do focinho original havia sido quebrada e alongada artificialmente,
para que os traficantes pudessem vender o restante. Martill ficou tão irado com
a fraude que batizou o bicho de Irritator.[28]
ANEXO
II
IMAGENS
Tablete de argila de Ebla.
|
Ossuário de Caifás
o Sumo acerdote
|
Tablete de argila com lista de reis sumérios
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|
Igreja do Santo
Sepulcro, Jerusalém
|
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Tumbas de Túneis
|
A base da Torre de Babel na Babilônia, onde as línguas foram confundidas (Gênesis 11:1-9). |
|
|||||||||||||||||||||
|
|
Comparação entre os tamanhos da Arca de Noé e uma casa
moderna. Illustration from The World that
Perished
|
|
||||||||||||||||||||
Um
côvado é a distancia entre o cotovelo e a ponta do dedo maior de um homem
adulto [cerca de 45,72 centimetros]. (Scene from The World that
Perished.)
|
Noah with the animals, as depicted in the motion picture, The World that Perished. |
||||||||||||||||||||||
God only
provided the
|
"Fountains
of the great deep" scene from The World That
Perished
|
During
the Flood, the world was deluged in 40 days of rain. But this was not the
major source of the Flood waters. (Scene from the award-winning Christian
video, The World
that Perished.)
|
|
||||||||||||||||||||
Was there
an ancient vapor canopy around the Earth that shielded pre-Flood inhabitants
from harmful radiation that causes everything from skin cancer, mutations,
and more? Illustration from The World that
Perished video.
|
Artist reconstruction of a ziggurat (pyramid) in |
|
|
||||||||||||||||||||
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Embora seja bastante curiosa, a
anomalia dos 24 dedos é encontrada em humanos até hoje (fotos abaixo).
|
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Na foto acima, uma pegada de
gigante encontrada junto com outra de Acrocantossauro. Comparando os
tamanhos, calcula-se que a altura do humano era bem próxima a do animal
(pouco acima dos
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A rota presumida do Êxodo
Muitas Bíblias mostram mapas
desses locais como sendo os reais itinerários do povo de Israel, contudo
carecem de comprovação arqueológica.
Apesar de não haver indícios arqueológicos ou bíblicos, essas paragens no Egito são tradicionalmente aceitas por judeus e cristãos como sendo a rota do Exôdo. |
|
|
||||||||||||||||||||
Nesse local do Egito, dois
séculos após a mãe do Imperador Constantino ter construído uma pequena
igreja, o Imperador Justiniano em 527 DC determinou a localização do Monte
Sinai e construiu um Monastério. Visitado durante séculos por turistas e
religiosos, atualmente esplorado como ponto turístico, excursões ao monte
Sinai tornou-se mais uma exploração da fé.
Esse pequeno vale não tem espaço para acomodar mais de 2 milhões de hebreus com seus animais e objetos. Em Êxodo 3.12, o verdadeiro monte fica em Midiã na Arábia, onde Moisés pastoreva para seu sogro. |
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Forma de códice
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Trabalhos De Arquelogia |
Papiro |
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Monjes Da Época Bizantina |
Escritura Cuneiforme |
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A Travessia do Mar Vermelho.
Por muito tempo foi presumido que a travessia do Mar Vermelho deu-se ao norte no Mar de Juncos (Lagos Amargos) onde hoje é o Canal de Suez . Mas o local onde se obteve mais indícios da travessia foi a praia de Nuweiba no Golfo de Áqaba, a única praia no Mar Vermelho suficientemente grande para a quantidade dos hebreus do Êxodo (cerca de 2 milhões).
Para chegar até essa praia, acredita-se que o povo
teria caminhado mais de 300km praticamente sem parar! Havia alimento para
apenas 7 dias (Êxodo 13.6-8).
Ao lado vista aérea da praia (cidade de Nuweiba). |
No fundo do mar, existe uma ponte submersa, um platô de
100 mts de profundidade e 900 mts de largura com rochas agrupadas em linha
nas bordas como as guias de uma rua.
A largura entre a costa egípcia e a árabe é aproximadamente |
|
|
|
Provável local onde os egípcios avistaram o povo hebreu
às margens do Mar Vermelho (Êxodo 14.9-10).
Esta passagem é o único meio de chegar até a praia. |
|
Duas colunas idênticas foram encontradas às margens do
Mar Vermelho.
|
A primeira
coluna foi encontrada no lado egípcio (Nuweiba) em 1978 com inscrições em
hebraico ilegíveis pela erosão.
Em 1984 no lado
árabe (Midiã), foi encontrada a segunda coluna tem a mesma inscrição da
primeira, é legível as palavras: Egito; Salomão; Edom; morte; faraó; Moisés;
e Yahuh significando o milagre da travessia do Mar Vermelho por Moisés e que
foi erigida por Salomão, em honra a Yahuh
Alguns dias após
a descoberta, a coluna foi retirada pelo governo, colocaram um marcador no
lugar. Há uma referência em Isaías 19.19 que acredita-se ser a coluna do lado
egípcio.
|
|
|
Mar Vermelho, visão na praia de Nuweiba no lado egípcio
(Sinai), ao fundo a costa da Arábia (Midiã). A cor clara na água evidência o
platô submerso (como uma ponte sobre o abismo).
Aqui foram encontrados indícios do povo hebreu, os achados são incontestáveis. A coluna comemorativa presente neste local foi removida por soldados de Israel duranta a ocupação do Sinai ( |
Foram descobertas no platô submarino várias ossadas incrustadas nos corais. Então Moisés estendeu sua mão sobre o mar.... Porque as águas, tornando, cobriram os carros e os cavaleiros de todo o exército de Faraó... e Israel viu os egípcios mortos na praia do mar... (Êxodo 14.27/30) Fêmur humano (extraídos do local). |
|
|
|
Rodas e seus eixos encrustados nos corais.
Roda de carro semelhante às usadas na época da 18a
dinastia (1540-
O Faraó usou toda os seus carros; " E tomou seiscentos carros escolhidos, e todos os carros do Egito..." (Êxodo 14.7). |
|
As rodas de ouro (provavelmente dos carros escolhidos).
Essas rodas devido ao metal precioso (ouro),não foram cobertas pelos corais.
Roda de 8 raios com um deles ausente
|
Notar a semelhança com um carro egípcio da época.
|
Cantarei ao Senhor, porque gloriosamente triunfou;
lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro (Êx 15,2). |
||||||||
Mar Vermelho, visão no lado Árabe (Midiã), ao fundo a
praia de Nuweiba no Egito (Sinai).
|
Depois fez
Moisés partir os israelitas do Mar Vermelho, e sairam ao deserto de Sur; e
andaram três dias no deserto, e não acharam água (Êxodo 15.22).
Fonte de águas
amargas descoberta no deserto próximo ao Mar Vermelho.
|
|
||||||||
O Oásis de Elim.
Então vieram a Elim, e havia ali doze fontes de água e setenta palmeiras; e ali se acamparam junto das águas (Êx 15.27). Nos montes deste local os sauditas dizem ter encontrado cavernas com inscrições sobre Moisés, bem como as tumbas de Jetro e Zípora. |
A Rocha em Horebe (Massá e Meribá).
Eis que eu estarei ali diante de ti sobre a rocha, em Horebe, e tu ferirás a rocha, e dela sairão águas (Ex 17.6) |
A localização dessa rocha é próxima ao Monte
Horebe(Êx 3.1). Nota-se claramente nesse rochedo elevado a erosão provocada
pelo escoamento da água da nascente.
|
||||||||
Nesse monte com pedras em forma de tábuas (Êx 23.12),
existe uma caverna que acredita-se ser a qual Elias refugiou-se de Jezabel (1
Re 19.8-9).
|
Local do altar do
bezerro de ouro (Êxodo 32.5)
|
|
||||||||
|
|
A: Guarda árabe. Após as
descobertas no local os árabes declararam-no sítio arqueológico.
B: Altar do Bezerro de Ouro (Êxodo 32.5,19). Situado ao pé de um monte a cerca de 1500m de Horebe. C: As doze colunas (Êx 24.4). D: Altar de terra ao pé do monte (Êxodo 20.24 e 24.4). E: Barreiras feita para delimitar a área sagrada (Êxodo 19.23). O arraial situava-se atrás, em toda a área entre os montes. É evidente o contorno deixado pelo ribeiro que descia do monte (Deuteronômio 9.21). |
||||||||
Resto das doze
colunas
|
|
Escavações no
local
|
||||||||
O local em árabe é chamado Jabel El Laws, uma cadeia de montes que formam um "arco" ou "U", conhecido pelos árabes locais como Wadi Hurab (Horebe). O pico mais alto, na parte traseira da montanha está "queimado" (carbonizado)(Êxodo 19.18-20, 24.17 e Deuteronômio 4.11). Exploradores quebraram algumas rochas e comprovaram que são de granito e escuras apenas por fora.
As colunas comemorativas no local da travessia, os restos dos carros dos egípcios no fundo do mar, o pico do monte carbonizado e as outras evidências de inestimável valor, tornam a descoberta de Ronald Wyatt incontestáveis. E.M 19/09/2004
|
Parece estranho que Sodoma, Gomorra, Admá e Zeboim
estivessem todas num mesmo local do termo sul do Mar Morto. O mais lógico é
que as cidades estariam localizadas ao longo de alguma distância, incluída na
descrição Bíblica das fronteiras de Canaã.
Os locais que Ron encontrou estavam alinhados ao
longo de mais de trinta quilômetros, um conceito fantástico para quem estava
familiarizado e nunca tinha considerado que estavam incorreta todas as
teorias que diziam que as cidades eram agrupadas. Notei cada localização no
mapa que ele tinha descrito. Mas o último local que teria sido Zeboim achei
incrível. Ele tinha dito que estava a várias quilômetros ao norte do Mar
Morto, passando Jericó. Procurei na Bíblia qualquer pista, encontrei
1SA 13:16-18 - E Saul e Jônatas, seu filho, e o povo
que se achou com eles, ficaram em Gibeá de Benjamim; porém os FILISTEUS SE
ACAMPARAM
Examinando um mapa, vi que esta descrição dos
Filisteus que saem de Micmás numa companhia que vai ao norte, outra foi ao
lado ocidental, e a última diretamente ao leste para o Vale chamado Zeboim;
no mesmo lugar onde Ron achou o último local! Fazia sentido que o nome da
cidade fosse preservada embora a cidade estivesse destruída há muito tempo,
da mesma maneira que o Mt. Sodom ainda hoje preserva o nome Sodoma. Israel
tinha deslocado os Cananitas; Zeboim era uma cidade na fronteira de Canaã, e
agora seus restos estão na fronteira de Israel.
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Em 1989, nós visitamos um local próximo a Masada e
levamos amostras do material branco que em nossas mãos desintegrava em
partículas com a consistência de talco em pó. Parecia cinza
certamente! Mas o que fazer com esta informação era algo que ainda não
sabiamos.
Perguntei para algumas pessoas que estavam filmando um
comercial de Tv no local, sobre o que eram as estranhas formações. Responderam
que se formou quando o Mar Morto cobriu a área inteira. Interessante; quando o
material branco foi examinado em Lab., vimos que eram cinzas. Nos falamos com
vários geólogos que afirmaram que a área do fundo do mar contém BARRO; o
material branco não continha nenhum barro.
A Bíblia conta uma conflagração na qual bolas de
enxofre choveram do céu (atmosfera), queimando as cidades completamente. Gen
19:24-25 - "Então o SENHOR fez chover enxofre e fogo, do SENHOR desde os
céus, sobre Sodoma e Gomorra; E destruiu aquelas cidades e toda aquela campina,
e todos os moradores daquelas cidades, e o que nascia da terra." Uma menção da condição dos restos das cidades
durante o tempo de Cristo foi escrita por Pedro: 2 PE 2:6 - "E condenou à
destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinzas, e pondo-as
para exemplo aos que vivessem impiamente;"
Este verso, nos fala que as cidades tornaram-se em
CINZAS; isso parece uma conclusão lógica, elas foram destruídas através do
fogo; mas, os partidários da teoria que afirma que os cinco locais são
localizados na Jordânia após o Mar Morto (Bab edh-Dhra, Numeira, etc.), não
notam que eles não contêm cinzas. Eles contêm alguns artefatos queimados, mas
também contêm matérias primas, alimentos e outros artigos que ainda estão
intactos.
Pedro disse que elas tornaram-se em cinzas, um exemplo
aos que depois de deveriam viver ". Em grego exemplo" é
"hupodeigma" que significa "algo que é mostrado ou
visível". Isto implica que poderia SER VISTO literalmente. Judas também
escreve e apresenta estas cidades como prova da recompensa dos maus:
Jud 1:7 - "Assim como Sodoma e Gomorra, e as
cidades circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e
ido após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo
eterno." Novamente, a palavra que ele usou, "deigma" raiz da
palavra mostrar, que significa "uma coisa mostrada".
Outro registro destas cidades foi feito por Josephus em
"GUERRAS DOS JUDEUS", livro IV, capítulo VIII: "Agora este país
está então tão tristemente queimado, que ninguém se preocupa a vir nele; ...
Antigamente era uma terra mais feliz, boas frutas e as riquezas de suas
cidades, agora tudo está queimado. Está relacionado como a impiedade de seus
habitantes, foi queimada através do raio; do qual AINDA HÁ OS REMANESCENTES
DAQUELE DIVINO FOGO; E OS RASTROS [OU SOMBRAS] DAS CINCO CIDADES AINDA SÃO
VISÍVEIS,..."
Josephus descreve o que podia ser visto nestes cinco
locais perfeitamente. Todos cobertos pela cinza esbranquiçada contrastando com
as sombras que são as formas das características visuais das paredes dessas
cidades antigas.
A destruição destas cidades aconteceu aproximadamente a
3.900 anos atrás, assim é espantoso achar os restos desses montes de cinzas de
cor mais clara que as rochas. Que as cidades foram destruídas de maneira
Divina; e seus restos também foram preservados de uma maneira Divina. Estes
montes não são compostos pelo tipo de cinza que nós comumente pensamos que será
soprada pelo vento. É cinza compactada; o material superficial é denso, mas
quando quebrado a substância interior é muito mais suave, esmagando na mão,
reduz-se a pó.
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Considerando
que combustão é um processo químico, descobrimos que no estudo do Francês
Lavoisier, sobre a natureza do oxigênio, ele descobriu que substâncias
queimadas com enxofre forma cinzas mais PESADAS que a substância original. O
evento da destruição destas cidades foi o resultado de uma reação química
cuidadosamente controlada que aconteceu MUITO rapidamente, contudo manteve um
equilíbrio e não resultou em explosão.
A rapidez na destruição destas cidades (a planície inteira) através do fogo é provado na cronologia de eventos na Bíblia. Nós sabemos que o evento não começou até Ló e a sua família estar completamente fora de Sodoma, em Zoar: Gen 19:23-24 - "Saiu o sol sobre a terra, quando LÓ ENTROU |
O sol já tinha subido quando a conflagração começou:
Gen 19:27-28 - "E Abraão levantou-se aquela mesma MANHÃ, de madrugada, e
foi para aquele lugar onde estivera diante da face do SENHOR; E olhou para Sodoma
e Gomorra e para toda a terra da campina; e viu, que a "FUMAÇA DA TERRA
SUBIA, COMO A DE UMA FORNALHA." Quando Abraão viu o céu cheio de fumaça,
certamente estava conduzindo seus rebanhos, o evento já havia terminado.
Um das características interessantes destes locais é
que o material claro das cinzas apresenta-se formando centenas de camadas,
nenhuma muito espessa. Em temperaturas muito altas ao incendiar-se metais de
alcalinos (ex. sódio e cálcio) os íons positivos e negativos atraem-se e
repelem-se resultando neste efeito de camadas. Sabemos que as chamas tiveram
que ser extremamente quente para calcinar pedra e metais completamente; sabemos
que há uma tremenda quantidade de sódio (sal) na região; a água do Mar Morto
tem a mais alta concentração de sal no planeta; e o maior reservatório de sal,
o Mt. Sodom, também está na nessa área.
Uma dificuldade potencial surgiu quando Ron achou cinco
locais em vez de quatro. A Bíblia conta que foi permitido a Ló e suas filhas
fugir para Zoar para escapar da destruição iminente. Esta quinta cidade foi
localizada há poucos quilômetros ao sul do que teria sido Sodoma. Entre pequeno
local e Sodoma são um segmento de Mt. Sodom, e isto ajusta-se perfeitamente com
o Gênesis.
Quando a esposa de Ló permaneceu olhando para atrás,
ela foi se transformada em sal, o que indica haver outro processo que também
aconteceu naquele momento. Neste processo tudo que estava numa área particular
cobriu-se de sal, e parece que a esposa de Ló foi alcançada por isso. Este
quinto local é extremamente pequeno comparado com os outros quatro, e estava
num lugar perfeito. Nós sabemos que Zoar não foi destruída junto com Sodoma e
Gomorra! Novamente, achamos a resposta na Bíblia:
Gen 19:30-32 - "E subiu Ló de Zoar, e habitou no
monte, e as suas duas filhas com ele; porque TEMIA HABITAR EM ZOAR; e habitou
numa caverna, ele e as suas duas filhas. Então a primogênita disse à menor:
Nosso pai já é velho, e não HÁ HOMEM NA TERRA que entre a nós, segundo o
costume de toda a terra; Vem, demos de beber vinho a nosso pai, e deitemo-nos
com ele, para que em vida conservemos a descendência de nosso pai."
Por alguma razão Ló ficou amedrontado de morar em Zoar
com suas filhas. A próxima coisa que lemos é que eles ficaram numa caverna com
as duas filhas solteiras, e após ter sido embriagado engravidou-as. Isto foi
escrito por alguma razão, logo após deixar Zoar acredita-se que eles julgavam
ser as únicas pessoas vivas naquela terra. Por que eles pensariam isto? A não
ser que tivessem testemunhado a destruição de Zoar. A área que tinha sido
afetada pela conflagração que destruiu Sodoma e Gomorra era extremamente
grande, e para Ló e as suas filhas, provavelmente era como se o mundo inteiro
tivesse sido destruído, com exceção da pequena Zoar.
Conclui-se então que eles moraram em Zoar e
testemunharam o fato de seus habitantes serem da mesma maneira maus como os de
Sodoma, esperaram para logo a destruição, que realmente aconteceu. Se foi nos
próximos dias, semanas ou meses, não temos nenhum modo de saber. Mas Josephus,
cita que "as cinco cidades ainda eram vistas".
Nosso plano era entrar no local mais bem preservado,
que era Gomorra e localizar os muros da cidade. Uma grande de erosão aconteceu
nos últimos 3.900 anos, e não esperávamos encontrar muita coisa. Mas nós
tivemos uma grande surpresa.
Nós seguimos ao longo do que parecia ser o muro norte,
vimos um objeto muito interessante a 100 metros do muro. Quando nos aproximamos sua
forma ficou óbvia. Tinha a forma de uma esfinge. Nesta esfinge, vimos um lugar
onde o muro tinha uma abertura, uma entrada; provavelmente a entrada principal.
Caminhando nas "ruas" descobrimos que eles verdadeiramente se
comunicavam entre si. Se elas fossem apenas marcas de enchentes, teriam o
sentido para baixo da colina num padrão fortuito. Mas havia uma ordem em tudo
que nós estávamos vendo.
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Outra coisa interessante era que as
estruturas (posivelmente edifícios) eram muito mais altas que o nível em que
nós estávamos caminhando, o pó branco cobria tudo. Descendo, nós descobrimos
que estávamos caminhando sobre a rocha. Isto indicava que na cidades foi
queimada até mesmo a sujeira do solo; tudo tinha virado cinzas sobre as rocha
do solo.
Fizemos um passeio ao topo de Masada
para ver os restos do local de um ponto mais alto. A estrada principal ao
longo da orla do Mar Morto que conduz a Masada passa pelos restos do local de
Gomorra. De sobre a montanha os restos revelaram características que nós não
distinguimos ao nível do solo.
Dali, poderíamos ver as seções de
áreas com plataformas artificialmente elevadas das outras cidades antigas que
eram áreas dos templos. Estas áreas de plataforma mostraram vastas áreas
planas com formas de ziggurat moldadas nelas, como também grandes blocos
claros com semelhança da esfinge que nós tínhamos visto anteriormente, só que
estas eram muito maiores. Nas áreas inferiores das estruturas claras o solo é
terraplanado.
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Os muros que estendem-se ao redor destes locais
exibem uma característica que era muito especial, precisamente como as
cidades muradas de Canaã de outros locais escavados. O muro tinha uma
abertura no lado do norte (o qual acreditamos ser o portão da entrada na
cidade), havia uma estrutura muito alta na extremidade ocidental desta
abertura, precisamente como a torre de portão. Não havia nenhuma dúvida que
todas estas características simplesmente estavam longe do reino da simples
coincidência.
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Ron ainda estava procurando ALGO que provaria ser
estes locais eram as cidades destruídas sem qualquer dúvida. Mas o que
poderia ser, não tínhamos uma pista; de fato nós tínhamos, mas não haviamos
percebido.
Em agosto de 1990, eu recolhi uma pequena amostra de
cinzas, estava a ponto de embrulha-la em papel de seda para colocar num
recipiente plástico. Ao manuseá-la as camadas se soltaram revelando algo
muito estranho dentro do material. Eu não tinha nenhuma idéia do que estava
dentro da cinza, era um material branco e duro incrustado, perfeitamente
redondo cercado por um anel avermelhado; levei para Ron olhar, mas ele não
soube dizer o que era.
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Nós filmamos e fotografamos o local; quando voltamos
para casa encontramos Richard Rives; que leu um livro de Ron e ficou muito
interessado na pesquisa. Richard possui uma agência de viagens e se ofereceu
para nos ajudar, inclusive com passagens aéreas. Ron lhe perguntou se ele
estava interessado em ajudar com o trabalho de campo.
Dois meses depois, em outubro de 1990, Ron e Richard
voltaram ao local próximo a Masada, onde estávamos seguros de ser Gomorra.
Pedi aos nossos amigos para orar por eles, para que encontrassem alguma
evidência. Às vezes é duro acreditar em algo que sentimos que é muito
importante; mas, sem ter aquela evidência definitiva.
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Quando Richard e Ron chegaram, havia chovido
recentemente; esta é uma ocorrência muito rara naquela área (somente 6 a 12 mm de chuva por ano).
Ainda estava nublado, o sol iluminava as cinzas de tons claros, eles vagavam
pela área quando Richard viu o que parecia uma escavação à frente, caminharam
até o local e descobriram um grande pedaço de cinza que há pouco havia caído de
uma seção mais alta, provavelmente por causa da chuva. Ron viu as numerosas
bolas brancas dentro do pedaço de cinza, todas cercadas por uma escuro anel
avermelhado. Pelo cheiro ele souberam que as bolas brancas era de enxofre na
forma cristalina; era a evidência eles precisaram.
Agora, em todos lugares que eles examinavam, encontravam
as bolas de enxofre. Antes não era possível vê-las porque a cinza solta cobria
tudo; mas, agora que a chuva lavou a cinza solta, as bolas brancas de enxofre
ficaram à mostra. O material cristalino avermelhado que cercava as bolas de
enxofre mostravam que estas bolas que se preservaram no interior das cinzas
tinham passado pelo fogo.
Comecei a pesquisar se esta forma de enxofre poderia
ser encontrado em outros lugares. Posteriormente, eu, Richard e Ron, fomos ao
instituto Smithsonian para ver uma coleção de amostras enxofre; vimos mais de
cinqüenta formas de enxofre vindas do mundo inteiro; mas, nenhuma delas tinha a
forma das bolas que encontramos.
Enxofre com alto grau de pureza e na forma de bolas não
é encontrado em qualquer outro lugar do mundo, exceto nesta região. As bolas
foram encontradas também mais ao norte, formando a convicção que a campina
originalmente era muito extensa. Ao falarmos com numerosos geólogos e químicos,
descobrimos que não fomos os primeiros a encontrar as bolas de enxofre; em
1924, quando William Albright e Melvin Kyle estiveram na região, com a intenção
de achar as cidades de Sodoma e Gomorra no termo meridional do Mar Morto, eles
também encontraram bolas de enxofre; porém, não se deram conta da importância
delas:
"Na região das montanhas no lado ocidental do mar
nós apanhamos enxofre puro em pedaços tão grandes quanto o meu dedo polegar. É
encontrado até mesmo ao longo da orla do mar no lado oriental, até uns cinco ou
seis quilômetros de distancia da margem do mar contém o estrato; difundido de
alguma maneira sobre esta área". "As Explorações de Sodoma" por
Dr. Melvin Kyle, 1928, pp. 52-53.
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Influenciados pela idéia comum que as cidades estavam
no termo meridional, estes homens obviamente estiveram nos mesmos locais,
contudo interpretaram mal o depósito de cinzas e enxofre, achando que eram
restos de fertilizantes para as terras deficientes.
A razão para as bolas de enxofre serem encontradas ao
longo de toda a região é simples; a Bíblia diz que a campina inteira foi
incluída na destruição das cidades: GEN 19:25 - "E destruiu aquelas
cidades e toda aquela campina, e todos os moradores daquelas cidades, e o que
nascia da terra."
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Em
janeiro de 1991, numa área ao longo do Rio Jordão, fora dos limites da
campina e dentro de um posto de fiscalização cercado com arame farpado;
achamos Zoar. Nossa próxima tarefa era conferir cada um dos cinco locais e
verificar se haviam bolas de enxofre neles. Explorarmos secretamente o local
para não atrair a atenção sobre nós; e nas estruturas de cinzas também
achamos as bolas brancas de enxofre.
Sodoma
é sem dúvida de todos os locais, o maior e o mais difícil de ir, exige até
escalada; esta situada atrás de Mt. Sodom na área que se estende direito até
as montanhas; lá, também encontramos o enxofre. Ron e sua equipe comprovaram
a existência das bolas de enxofre em todas as cidades, com exceção de Zeboim
ao norte de Jericó.
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Os locais sofreram uma
tremenda erosão, o mais preservado, sem dúvida é Gomorra. Admá, ao norte do
Mar Morto, por não estar localizada numa área protegida pelas montanhas, é
exposta aos ventos; suas cinzas são de cor castanha, provavelmente devido a
impurezas trazidas pelo vento; sempre que uma seção é raspada revela a cor
clara das camadas interiores.
Naquela época que Sodoma e
Gomorra existiram, as cidades, com a exceção de Zoar, eram muito grandes, com
milhares de pessoas. Sabemos que a planície inteira era uma área luxuriante,
muito bonita, comparável ao Jardim do Éden. Provavelmente o Rio Jordão fluía
até o Golfo de Acaba. Onde hoje é o Mar Morto, existia um vale cheio de poços
de limo que escoavam betume. Considerando que as cidades estavam na campina,
elas não foram cobertas pelas águas do mar.
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A maioria das pessoas de Sodoma e Gomorra tinha uma
paixão pecadora; a perversão sexual. Eles eram culpados, como um grande número
das pessoas de hoje. EZE 16:49,50 - "Eis que esta foi a iniqüidade de
Sodoma, tua irmã: SOBERBA, FARTURA DE PÃO, E ABUNDÂNCIA DE OCIOSIDADE teve ela
e suas filhas; MAS NUNCA FORTALECEU A MÃO DO POBRE E DO NECESSITADO. E se
ENSOBERBECERAM, E FIZERAM ABOMINAÇÕES diante de mim; portanto,vendo eu isto as
tirei dali." Aqui nós aprendemos que a raiz dos seus pecados originou-se
da grande riqueza que os conduziu à ociosidade e o descuido para com os menos
afortunados. Eles estavam cheio de orgulho e altivez, pensavam que eram
melhores que outros.
Por que eles eram tão ricos? A presença dos poços de
limo pode prover resposta a esta pergunta. Betume era um dos mais valiosos
artigos usados no mundo antigo. Seu uso ia desde remédios, mumificações, e até
para calafetar os navios, foi usado na Arca de Noé, e até na arca de juncos
onde Moisés foi colocado quando era um bebê. Em suas várias formas o betume é
uma das substâncias mais usadas pela humanidade desde a mais remota
antigüidade.
Num documento arqueológico, as tabuas de Ebla, pode-se
ver uma lista de algumas compras feitas na época; o preço para cada artigo em
prata, dos preço, o mais alto é o do betume. As pessoas destas cidades só
tinham que vender o produto; não tiveram nenhuma razão para se ocupar de
trabalho duro. Isto explica por que os reis das grandes nações quiseram lhes
fazer vassalos; queriam participar da grande riqueza da extração do betume, na
forma de tributo.
Este betume também pode ter provido um catalisador na
conflagração do que aconteceu nesta planície. Betume, ou poços de limo, são o
resultado de uma reserva subterrânea de petróleo que escoa para a superfície. E
todas as reservas de óleo possuem gás natural associado, que pode vazar no ar.
Tudo isto é especulação, menos as evidências que naquela região ocorreu um
cataclísma no qual um lago se formou, bloqueando o fluxo do rio, devastando a
campina inteira.
Quando as tábuas de Ebla (cerca de 2100 tábuas de
argila) foram descobertas em 1975 ao norte da Síria, o tradutor, Giovanni
Pettinato, encontrou os nomes das cinco cidades da campina listadas na mesma
ordem do Gênesis. Porém, o governo Sírio colocou-se contra à ênfase dada ao
significado das tábuas, gerando uma enorme controvérsia, eles não queriam unir
os Patriarcas Bíblicos com a história da Síria. Isto resultou na resignação de
Pettinato e na carta de retratação sobre as traduções.
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Estas tábuas revelam evidências que positivamente
confirmam a veracidade Bíblica. O atual diretor da missão italiana que escava
Ebla emitiu uma declaração mostrando por que Pettinato foi forçado a
retratar-se: "Quando Pattinato, o tradutor original dos textos, ainda
dizia que as duas cidades de Sodoma e Gomorra realmente existiram; fez a sua
retratação. Levando em conta as sérias objeções feitas pelo governo sírio de natureza
puramente política, baseada no intenso ódio aos israelenses, creio que
podemos aceitar a evidência como foi publicada originalmente."
Na publicação original, um rei de um das cidades é
mencionado, Birsah; exatamente como na Bíblia: GEN 14:2 - "Que estes
fizeram guerra a Bera, rei de Sodoma, a Birsa, rei de Gomorra, e a Sinabe,
rei de Admá, e a Semeber, rei de Zeboim, e ao rei de Belá (esta é
Zoar)."
|
O mais interessante dessas tábuas é que elas vêm de uma
cidade bem estabelecida, com o tamanho de cento e quarenta acres, e que existia
no tempo de Sodoma e Gomorra. O registro Bíblico revela que Sodoma e Gomorra
foram destruídas vinte e quatro anos depois que Abrão saiu de Harã, cidade
situada a duzentos quilômetros da antiga Ebla. É mencionado nos textos de Ebla,
as cidades cujos nomes refletem os parentes de Abrão: Phaliga=Pelegue;
Til-Turak=Terá; e Nakhur=Naor. Mencionam também a cidade de Ur, de onde
originalmente Abrão partiu
Sodoma e Gomorra e o seu destino não são um conto de
fadas; foi um evento histórico que aconteceu exatamente como a Bíblia
apresenta. Os restos são a evidência; como Pedro escreveu: II Pe 2:6 - "E
condenou à destruição as cidades de Sodoma e Gomorra, reduzindo-as a cinza, e
pondo-as para exemplo aos que vivessem impiamente;"
Elas proporcionam a prova ao mundo inteiro; como Judas
escreveu: Jd 7 - "Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades
circunvizinhas, que, havendo-se entregue à fornicação como aqueles, e ido após
outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno."
PORQUE SE FARÃO CINZA DEBAIXO DAS PLANTAS diz
preparando, o SENHOR dos Exércitos."
|
Malaquias escreveu sobre a recompensa final dos maus:
MAL 4:1,3 - "Porque eis que aquele dia VEM ARDENDO COMO FORNALHA; todos
os soberbos, e todos os que cometem impiedade, SERÃO COMO A PALHA; e o dia
que está para vir OS ABRASARÁ, diz o SENHOR dos Exércitos, de sorte que lhes
NÃO DEIXARÁ NEM RAIZ NEM RAMO. Mas para vós, os que temeis o meu nome,
nascerá o Sol da justiça, e cura trará nas suas asas; e saireis e saltareis
como bezerros da estrebaria. E PISSAREIS OS ÍMPIOS,
DE VOSSOS
PÉS, naquele dia
que estou
|
O trabalho de Ron Wyatt é contestado por ateus e
religiosos, muitas páginas são escritas tentando desmoralizar sua obra. Mas, a
cada dia aumenta o numero daqueles que acreditam na veracidade de suas
descobertas.
Baseado no original de M. N. Wyatt. Colaboração D.M.;
tradução e edição E.M. 06/01/2005
[2] Fonte: Enciclopédia do Estudante n° 5,
editora Globo
[6] G. H. R. von
Koenigswald, The Evolution of Man, University of Michigam Press, Ann Arbor,
1962; ( veja também a crítica deste livro feita por J. Hawkes, Science, Vol.
204, p. 952, 1964)
[15] W. L. Straus,
Jr., and A, J. E. Cave ,
The Quarterley Review of Biology, December, 1957, pp. 358, 359
[16] F. lvanhoe
Nature, August 8, 1970 (v. também Science Digest, February, 197 1, P. 35,
Prevention, October, 1971, p. 115)
[17] Fonte: ARQUIVOS DO INSÓLITO - Informativo
redigido por Philippe Piet van Putten e distribuído pela Mahatma Multimídia - mahatma@uol.com.br
[20] Kramer, S.N. 1968 The "Babel of Tongues": A Sumerian Version. Journal of the American Oriental
Society 88: 109, 111.
[21] Oppert & Menant (1877). Documents
juridiques de l'Assyrie et de la Chaldee. Paris ,
Kohler, J. & Peiser, F.E. (1890). Aus dem Babylonischen Rechtsleben.
Leipzig
e Falkenstein, A (1956–57). Die neusumerischen Gerichtsurkunden I–III. München
[22] Alguns autores usam palestinense em relação com
a Palestina antiga, palestino em relação com a Palestina moderna.
[24] Josh MCDOwELL, Evidência que
exige um veredicto, vol. 1, Candeia, 1992, p. 83.
[25] Bryant Wood da Associates for Biblical Research - Copyright © 1995,
1999, Associates for Biblical Research,
[26] www.ChristianAnswers.Net/portuguese
- Christian Answers Network - PO
Box 200 - Gilbert AZ 85299 EUA
[27]
FONTE: Keller, Werner. e a Bíblia tinha razão...
Cia. Melhoramentos de São Paulo
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