O médico britânico Richard Scott está sendo
investigado pelo GMC (General Medical Council), que corresponde no Brasil ao
Conselho Federal de Medicina, por causa de uma denúncia de que estaria
realizando pregações religiosas em seu consultório.
A denúncia contra o médico partiu de uma mulher que
teria levado sua filha de 24 anos para uma consulta com o Dr. Scott, e conta
que durante a consulta ele orou pela moça e disse que o mal dela só Jesus podia
curar. “Ele tentou empurrar a religião para a minha filha”, alegou a mulher.
O GMC convocou Scott para que se defenda da
acusação e emitiu uma advertência para o médico, que se recusou a assiná-la.
Ele afirmou que prefere depor sobre o assunto. Porém ele não poderá afirmar ter
havido um mal entendido no caso, já que confirmou à imprensa que a religião
poderia fazer mais pela paciente do que a medicina.
De acordo com a National Secular Society, o GMC irá
submeter Scott a um teste de aptidão profissional e a uma avaliação para
verificar se ele sofre de distúrbio mental. O médico corre o risco de ter o seu
registro profissional cassado, e seu caso se agrava mais ainda, segundo Terry
Sanderson, presidente da National Secular Society, pelo fato de que Scott dá
atendimento com o dinheiro público, do Serviço Nacional de Saúde.
Scott se defende afirmando que nunca desacreditou a
medicina e que aquela reclamação tinha sido a primeira em toda a sua carreira.
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