Superstição
e Crendices – Você Acredita Nisso?
O Que é
Superstição?
Do
latim. superstitione. O Dicionário Aurélio define superstição da seguinte
maneira:
·
Sentimento religioso baseado no temor
ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de
coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes; crendice.
·
Crença em presságios tirados de fatos
puramente fortuitos.
·
Apego exagerado e/ou infundado a
qualquer coisa:
O
Brasil, devido a mistura de raças (o índio, o negro e o europeu) é um campo
fértil para as mais variadas e aberrantes superstições. A religião que deveria
ser a sanadora deste problema, na verdade é a que mais o formenta. A religião
indígena animista, o espiritismo africano misturado com práticas supersticiosas
católicas, formaram e moldaram durante estes 500 anos as crendices do povo
brasileiro.
Você Acredita
Nisso?
Não se sabe ao certo a origem exata de como a superstição começou influenciar
na vida do homem. Mas com certeza essas práticas que existem hoje tem sua
origem nas antiqüíssimas religiões da Assíria, Babilônia, Egito, Grécia e Roma.
São resquícios de práticas idólatras já há muito tempo condenadas pela Bíblia.
O homem apartado de seu criador procura subjugar o reino das trevas através de
amuletos, encantamentos, rezas portáteis e esconjuros aos quais atribuem
poderes mágicos. Veja por exemplo, o ritual católico de exorcismo, mais se
assemelha a rituais pagãos do que ao ensino Bíblico sobre expelir demônios. O
universo das crendices é deveras enorme. Existem superstições para todas as
ocasiões e pessoas. Há aquelas que são ligadas a avisos tais como:
·
Borboletas
negras = sinal de morte.
·
Caiu
um talher = visitas chegando.
·
Viajar
com padres = desgraça na certa
·
Vestir
roupa ao avesso = recebimento de dinheiro.
·
Sentir
a orelha quente = alguém está falando da pessoa.
·
Morto
de olho aberto = haverá outro morto.
Ainda temos: colocar vassoura virada atrás da porta faz a visita ir embora, passar debaixo de escadas traz azar, dormir com os pés voltados para a porta traz a morte.
Tem ainda as superstições ligadas à medicina natural como simpatias para curar bronquite úlcera, dores e inflamações. Por exemplo: banhar os olhos em urina de recém nascido do sexo masculino cura conjuntivite; passar no pescoço o sangue de galinha preta cura inflamação na garganta; comer formigas para recuperar a visão; a mulher deve beber um copo de água em que o marido tenha lavado o rosto para evitar aborto.
Origem de
Algumas Superstições
·
Por que a sexta
feira 13 é considerada o dia do azar?
Tudo indica que essa crendice
vem de duas lendas da mitologia nórdica. De acordo com a primeira delas, houve,
no Valhalla – a morada celestial das divindades –, um banquete para 12
convidados. Loki, espírito do mal e da discórdia, apareceu sem ser chamado e
armou uma briga em que morreu Balder, o favorito dos deuses. Instituiu-se,
então, a superstição de que convidar 13 pessoas para jantar era desgraça na
certa e esse número ficou marcado como símbolo do azar. A segunda lenda é
protagonizada pela deusa do amor e da beleza, friga, cujo nome deu origem às
palavras friadagr e Friday, “sexta-feira” em escandinavo e inglês. Quando as tribos nórdicas
se converteram ao cristianismo, a personagem foi transformada em uma bruxa
exilada no alto de uma montanha. Para se vingar, Friga passou a reunir-se,
todas as sextas feiras, com outras 11 feiticeiras, mais o próprio satanás, num
total de 13 participantes, para rogar pragas sobre a humanidade. Da
Escandinávia, a superstição espalhou-se por toda a Europa, reforçada pelo
relato bíblico da Ultima Ceia, quando havia 13 pessoas à mesa, na véspera da
crucificação de Cristo – que aconteceu numa sexta-feira. No Antigo Testamento
judaico, inclusive, a sexta-feira já era um dia problemático desde os primeiros
seres humanos. Eva teria oferecido a maça a Adão numa sexta-feira e o grande
dilúvio teria começado no mesmo dia da semana.
·
Como surgiu o
costume de bater na madeira para afugentar o azar?
A versão
original consistia em bater no tronco de uma arvore e sua origem mais provável
pode estar no fato de os raios caírem freqüentemente sobre as árvores. Os povos
antigos – desde os egípcios até os índios do continente americano – teriam
interpretado este fato como sinal de que tais plantas seriam as moradoras
terrestre dos deuses. Assim, toda vez que sentiam culpados por alguma coisa,
batiam no tronco com os nós dos dedos para chamar as divindades e pedir perdão. “A s árvores são sagradas em
todas as culturas e religiões: um símbolo universal do elemento de ligação entre
o céu e a terra”, diz Maria Ângela de Almeida,
teóloga da Pontífice Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Os celtas
também eram adeptos desse costume: seus sacerdotes, os druidas, batiam na
madeira para afugentar os maus espíritos, acreditando que as árvores consumiam
os demônios e os mandavam de volta à terra. Já na Roma antiga, batia-se na
madeira da mesa, peça de mobília também considerada sagrada, para invocar as
divindades protetoras do lar e da família.
·
Por que o gato
preto é considerado mau agouro?
A
superstição teve origem na Idade Média, quando se acreditava que os felinos,
devido a seus hábitos noturnos, tinham parte com o demônio – e se o bichano era
da cor negra, habitualmente associada às trevas, pior ainda para ele. Assim, no
imaginário medieval, o gato preto tornou-se tão inseparável da mística figura
da feiticeira quanto a vassoura voadora. No século XV, o papa Inocêncio VIII
(1432-1492) chegou a incluir o pequeno animal na lista de perseguidos pela
inquisição, campanha assassina da Igreja Católica contra supostas heresias e
bruxarias. A perseguição atingiu seu auge na Inglaterra do século XVI, época de
repentino aumento da população felina nas cidades. Consta que, em certa noite
de 1560, em Lincolnshire, um gato preto foi ferido a pedradas. Encurralado, ele
refugiou-se na casa de uma velhinha que costumava a dar abrigos a gatos de rua.
No dia seguinte, essa pessoa também apareceu machucada – o que fez o povo local
concluir que ela era uma bruxa e o gato, seu disfarce noturno. Nessa tentativa
de combater o paganismo, a Inquisição inverteu uma tradição milenar, pois os
gatos eram reverenciados como divindades, principalmente entre os antigos
egípcios. Na França, a perseguição aos gatos durou até 1630, quando foi
proibida pelo rei Luiz XIII (1601-1643). Há, no entanto, uma pesquisa do
hospital de Long Island, nos Estados Unidos, que indica que, pelo menos para
pessoas alérgicas, um contato com um gato preto pode ter péssimos efeitos. Isso
porque os pêlos felinos dessa cor conteriam uma maior quantidade de substancias
alérgicas.
·
Por que a ferradura
é símbolo de boa sorte?
Há
registros de que esse objeto já era considerado um amuleto poderoso desde a
Grécia antiga. Primeiro, porque era feito de barro, elemento que os gregos
acreditavam proteger contra todo mal. Além disso, seu formato lembrava a lua
crescente, símbolo de fertilidade e prosperidade. Os romanos, herdeiros de boa
parte das tradições gregas, adotaram também esta superstição e a passaram
adiante. Os cristãos europeus, por sua vez, creditam sua origem a São Dunstan
de Canterbury (924-988), monge e arcebispo inglês conhecido como grande
estudioso da metalurgia, tendo aperfeiçoado as tecnicas de fabricação de sinos
– além de ser músico e pintor. Segundo a lenda, Dunstan teria colocado
ferradura no próprio demônio e somente as tirou depois de ouvir as promessas do
capeta de que nunca mais se aproximaria do objeto. A tradição manda colocar
ferradura no alto da porta, com as pontas viradas para cima, se não a sorte vai
embora. Mas há países, como a Espanha, em que acredita-se que a ferradura deve
apontar para baixo, para que a sorte se espalhe por toda a casa.
·
Quebrar espelho
traz azar?
Outra
superstição bem conhecida diz que se alguém quebrar um espelho vai ter 7 anos
de azar. Esta crença remonta a milhares de anos, quando se acreditava que a
imagem de uma pessoa, seja numa pintura ou um reflexo, era parte dela e
qualquer coisa que acontecesse com a imagem, sucederia a ela.
·
Porque
deseja-se “saúde” quando se espirra?
Quando
se espirra diz-se “gesundheith” –
que em alemão quer dizer “boa
saúde para você”ou, como dizemos, “Deus te abençoe”. Porque não oferecemos uma oração a quem tosse, só
a quem espirra? Esta crença também é muito antiga, quando se acreditava que o
espírito do indivíduo morava em sua cabeça, e um bom espirro poderia faze-lo ir
embora. A idéia corrente era que os espíritos maus andam rodeando, tentando
entrar na cabeça da pessoa, e seus amigos deveriam dizer uma prece para manter
os espíritos maus longe.
Daniel Cohen também dá outra ilustração sobre a antiga crença de que os espíritos poderiam sair do corpo: “Quando se espirra, deve-se cobrir o nariz com um lenço. É uma questão de bom senso porque o espirro espalha germes. Mas por que razão cobre-se a boca com um lenço quando se boceja? Não fazer isso é considerado grosseiro, embora o bocejar espalhe poucos ou nenhum germe. Este hábito também começou a milhares de anos, quando o homem tinha medo que seu espírito poderia escapar pela boca aberta ou que algum espírito mau pudesse entrar. Assim tapava a boca com a mão. Em nossa época esta crença antiga mudou. Há pais que dizem aos filhos para cobrir a boca ao bocejar, senão pode entrar um mosquito.
Daniel Cohen também dá outra ilustração sobre a antiga crença de que os espíritos poderiam sair do corpo: “Quando se espirra, deve-se cobrir o nariz com um lenço. É uma questão de bom senso porque o espirro espalha germes. Mas por que razão cobre-se a boca com um lenço quando se boceja? Não fazer isso é considerado grosseiro, embora o bocejar espalhe poucos ou nenhum germe. Este hábito também começou a milhares de anos, quando o homem tinha medo que seu espírito poderia escapar pela boca aberta ou que algum espírito mau pudesse entrar. Assim tapava a boca com a mão. Em nossa época esta crença antiga mudou. Há pais que dizem aos filhos para cobrir a boca ao bocejar, senão pode entrar um mosquito.
Liberte-se
O
povo Brasileiro precisa urgentemente ser liberto das crendices que assolam a
sua vida espiritual. A única pessoa que leva vantagem em tudo isto é o inimigo
de nossas almas: o diabo, nosso adversário. A Bíblia diz que ele cegou o
entendimento dos incrédulos (II Co. 4:4). Por outro lado, Jesus, veio para nos
libertar das crendices e superstições. O diabo prende as pessoas debaixo do
medo desses espíritos, mas a Bíblia nos diz que o Filho de Deus se manifestou
para destruir as obras do diabo (I Jo. 3:8). O único poder que pode libertar
verdadeiramente o ser humano é a verdade através do evangelho de Cristo, pois
ele mesmo disse: “e
conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo. 8:32). Você não precisa viver mais dependendo
de rezas, encantamentos, amuletos, plantas, rogos ou qualquer espécie de
artifício para afugentar o mal. Não precisa ir mais na benzedeira para “trancar o corpo” ou coisa parecida, tão somente deixe Jesus entrar
em seu coração e você verá que nada disso atinge um verdadeiro servo de Deus,
um cristão de verdade. A Bíblia chega mesmo a dizer que
“Sabemos que todo aquele que é
nascido de Deus não vive pecando; antes o guarda aquele que nasceu de Deus, e o
Maligno não lhe toca.” ( I Jo. 5:18).
Autor: Prof.
Paulo Cristiano
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