terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Fé, o sobrenatural e muitos erros...



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Se o homem acreditar num futuro, seja ele terrível ou promissor, não é fé. A Fé diz de o homem crer na verdade, acreditar no nome de Jesus, pois os que creem na pessoa de Jesus recebem poder para serem criados de novo na condição de filhos de Deus ( Jo 1:12 ). Crer no futuro não é fé, não há poder e nem algo de sobrenatural no futuro. Em Cristo há poder, pois Ele é a Fé que havia de se manifestar e que se manifestou trazendo salvação a todos os homens.
O titulo deste artigo decorre do título do livro 'O poder sobrenatural da fé', do Bispo Edir Macedo. Ele lançou em 2011 o livro pela editora Unipro, e utilizaremos algumas citações do livro para abordarmos algumas questões sobre a fé.
No prefácio do livro, os editores chamam a atenção dos leitores destacando que através do poder sobrenatural da fé é possível aos olhos da alma o ‘inimaginável’ passar a existir; que para o homem achegar-se a Deus há uma ‘série de procedimentos’, e; que Deus existirá sempre para os que O buscam. À primeira vista tais argumentos parecem válidos, mas ao verifica-los através das Escrituras fica claro que os editores olvidaram, porque independentemente de alguém buscar a Deus ou não, Deus é o ‘Eu Sou’ por toda a eternidade. A assertiva ‘Deus existirá sempre para os que O buscam’ deriva do pensamento ateísta de que Deus é fruto da imaginação do homem, ou produto de uma crendice “A ideia de Deus (...) nasce da reflexão sobre as operações do nosso próprio espírito...” Hume – Vida e Obra, Coleção Os pensadores, 1999, pág. 37.
Ademais, aqueles que buscaram a Deus em espírito e em verdade, já não necessitam buscar a Deus, antes foram encontrados por Ele “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem” ( Jo 4:23 ).
E também, para o homem aproximar-se de Deus não há uma série de procedimentos, antes é essencial a Fé, a palavra da Verdade, ou seja, a Fé que foi dada aos santos, a Fé que foi manifesta, a Fé que habita os que creem ( Jd 3 ; Gl 3:23 ; 2Tm 1:4 ).
E ainda, a fé não faz o inimaginável existir, antes a fé é a base do que se espera e prova do que não se vê ( Hb 11:1 ), ou seja, a fé é Cristo, esperança da glória, pois apesar dos que creem não verem, são bem-aventurados. Somente Deus é sujeito do verbo 'bara' (criar no hebraíco), ou seja, somente Ele traz a existência por meio da sua palavra o que não existe. A confiança do homem não tem esta capacidade ( Jo 20:29 ; Rm 5:2 ; Tt 2:13 ).
Na introdução do livro, o Bispo diz que o objetivo do livro é ‘... trazer às pessoas sinceras, uma base de fé simples, capaz de torna-las independentes da fé alheia e totalmente preparadas, a fim de obterem suas vitórias particulares...’ Macedo, Edir. O poder sobrenatural da fé. 1º Ed. Atualizada. Rio de janeiro: Unipro Editora, 2011, pág. 10. Ora, quando o cristão está fundado em Cristo, a Fé que havia de se manifestar e que foi manifesta, o cristão é constituído ‘mais que vencedor’. Tal vitória não é uma vitória particular, pois, ser mais que vencedor por Cristo diz de uma vitória pertinente a um corpo, uma coletividade, que é a Igreja. Deus não prometeu vitórias subjetivas, individual, antes vitória sobre o mundo, o pecado e a morte! "Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” ( Rm 8:37 ).
De igual modo, a fé não é uma questão do indivíduo, subjetiva, antes os que creem compartilham de uma mesma Fé “Isto é, para que juntamente convosco eu seja consolado pela fé mútua, assim vossa como minha” ( Rm 1:12 ). A fé cristã não pertence ao alheio e nem ao indivíduo. Ela é comum, mútua, pois foi entregue aos santos ( Jd 3 ).
Foi feita uma citação de João 10, verso 10: “O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir...”, e o Bispo interpreta-o dizendo que ‘O diabo tem roubado, matado e destruído vidas’ pág. 10 (Idem). Se analisado o verso dentro do contexto e com acuidade, vemos que o verso não diz do diabo, antes se refere aos lideres de Israel que, por prevaricarem na atribuição deles, não entraram pela porta no curral das ovelhas ( Jo 10:1 e 8). Ademais, o pecado entrou no mundo por um homem e através da ofensa dele a morte passou a todos os homens, e não através do diabo ( Rm 5:12 e 17; 1Co 15:21 ). Como o diabo poderia matar os que jazem mortos nas trevas? ( Ef 2:1 e 5).
Em seguida, o Bispo diz que o seu livro indicará o antídoto para vencer o ataque satânico e, acima de tudo, para se ‘manter um padrão de vida cristã para glorificar a Deus’. Ora, a bíblia nada diz de um padrão de vida cristã para glorificar a Deus, antes Jesus deixa claro que, para glorifica-Lo, a única condição exigida é estar ligado a Cristo, a Videira verdadeira, pois ligado à Videira, o cristão produzirá muito fruto ( Jo 15:5 ). Glorificar a Deus é proveniente de algo específico: produzir muito fruto! “Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto” ( Jo 15:8 ).
No Capitulo 1 do livro ‘O poder sobrenatural da fé’, o Bispo faz uma assertiva de que não há limites para a fé, e arremata: “Se acreditarmos num futuro terrível, isso com certeza nos sobrevirá; da mesma forma acontecerá com a crença em um porvir promissor. Aquilo em que acreditamos nos sobrevirá; aí reside o poder sobrenatural da fé pág. 11 (Idem).
Enquanto a Bíblia demonstra que o evangelho é a fé ( Rm 1:8 ), o poder de Deus ( Rm 1:16 -17), o Bispo desloca o poder que há no evangelho para a crença do homem. Contraditório, pois ao falar à multidão no Sermão do Monte, Jesus deixa claro que o homem não tem poder algum, pois não pode tornar o seu cabelo branco ou preto ( Mt 5:36 ). Se aquilo em que acreditamos nos sobrevém, com certeza Jesus incentivaria o ‘poder latente’ que, segundo o Bispo, havia em seus ouvintes. Jesus, aos moldes do Bispo teria dito à multidão no Sermão da Montanha que bastava acreditarem que mudariam a cor de seus cabelos.
Se o homem acreditar num futuro, seja ele terrível ou promissor, não é fé. A Fé diz de o homem crer na verdade, acreditar no nome de Jesus, pois os que creem na pessoa de Jesus recebem poder para serem criados de novo na condição de filhos de Deus ( Jo 1:12 ). Crer no futuro não é fé, não há poder e nem algo de sobrenatural no futuro. Em Cristo há poder, pois Ele é a Fé que havia de se manifestar e que se manifestou trazendo salvação a todos os homens.
Sem base bíblia, o Bispo advinha os pensamentos do diabo em épocas remotas, quando diz na página 12 do livro ‘O poder sobrenatural da fé’: "Ele (o diabo) deve ter pensado: 'Se eu tivesse esse poder, usaria a minha palavra para destruir tudo o que Deus construiu e, então, eu seria realmente igual a Ele'" Grifo nosso. O pensamento que nunca ocorreu não passa de uma suposição descabida, pois o diabo nunca quis ou intentou ser igual a Deus. Não é factível a qualquer criatura ser igual a Deus. O intento de satanás foi o de ser semelhante a Deus, o que é totalmente diverso de ser igual a Deus "Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo" ( Is 14:14 ).
Satanás intentou alcançar o que Deus daria aos homens, pois Deus diz: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança” ( Gn 1:26 ). Ao usurpar o que seria dado aos homens, Satanás não guardou a sua posição ( Ez 28:15 ).
Após fazer diversas críticas à sociedade e as religiões, na página 17 do citado livro, o Bispo argumenta que: ‘... o ambiente da campanha de fé (...) desperta a fé das pessoas que, naturalmente, alcançam o milagre...’ pág. 17 (idem), mas que às vezes, algumas voltam a se queixar da moléstia que fora curadas, e arremata que ‘Tais pessoas, deixando de andar na fé, começaram a dar ouvidos a palavras sem fundamento...’ pág. 19 (idem).
Da abordagem, entende-se que a fé é algo inerente ao homem e, que o ambiente de fé, as campanhas, despertam tal ‘capacidade’ nas pessoas, momento em que passam a andar na fé. Porém, a Bíblia é clara que a Fé é dom de Deus, ou seja, não tem com ser ‘despertada’, pois não é inerente ao homem. Cristo é a Fé manifesta, o Dom de Deus, portanto, a Fé foi revelada aos homens que, por sua vez, precisam crer ( Jo 4:10 ; Ef 2:8 ).
Já na página 21, tem-se o argumento de que "(o homem) a partir da fé cristã (...) passa a ter mais capacidade, força e poder que o diabo; daí, é fácil subjugá-lo, em nome do Senhor Jesus...” pág. 21 (Idem). Ora, a Fé cristã é o evangelho, portanto, poder de Deus para os que creem para salvação. O poder é para salvação, daí o alerta de Cristo: “Mas, não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; alegrai-vos antes por estarem os vossos nomes escritos nos céus” ( Mt 10:20 ).
O fato de o cristão possuir poder para pisar serpentes e escorpiões é secundário, pois o diabo é astuto, e pode fingir submeter-se a quem não é salvo para que o faça acreditar que Deus é com ele. A bíblia ordena ao homem sujeitar-se a Deus, o que faz com que o diabo fuja, ou seja, não é o poder de submeter o diabo que deve ser considerado, antes o poder de ser feito filho de Deus ( Jo 1:12 ). Foi Jesus que subjugou o diabo debaixo dos seus pés, pois Ele é o Valente ( Lc 11:22 ), resta ao cristão crer em Cristo, o salvador de nossas almas.
Mas, após dizer que o cristão luta contra a carne (pág. 23), ( Ef 6:12 ); apresentar um princípio platônico de que os espinhos quando mais alimentados esmagam a semente (pág. 25) - metáfora de Platão da carruagem puxada por dois cavalos, um branco e outro negro em O Fedro -; que o diabo passa aos descendentes dos que foram usados por ele (pág. 28), e; que é possível a um líder religioso ‘fazer’ pessoas sinceras ‘nascerem da carne’ (pág. 32) – nascer da carne na bíblia diz do nascimento natural, diz do resultado da concepção de um homem quando vem ao mundo ( Jo 1:13 ) - abordagem do Bispo agrava-se em equívocos nas páginas 36 e 37, contraponto ‘fé’ versus ‘medo’ ‘O medo é uma forte manifestação de fé negativa...’ pág. 34 (Idem), e que ‘pensar positivamente’ é a definição de fé em Deus “Em vez de pensar positivamente, que e a definição de fé em Deus, alimentam a fé negativa...” pág. 37 (Idem).
Ele argumenta que é necessário vetar o conhecimento bíblico às pessoas oprimidas pelo medo, pois a palavra de Deus não é suficiente para obter sucesso nestes casos “É preciso, contudo, tomar cuidado para não permitir que pessoas oprimidas pelo medo venha a ficar bem informadas a respeito da bíblia...” pág. 37 (Idem) Grifo nosso. Embora o apóstolo Pedro tenha determinado aos cristãos que desejassem a palavra de Deus como  recém nascido deseja o leite "Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo" ( 1Pe 2:2 ), sob o pretexto de que ‘o diabo tem usado muito a bíblia’ (pág. 37), para confundir os que tem tal desejo ardente “Esse tipo de ataque tem acontecido com muita frequência exatamente entre os que têm um desejo insaciável de saber as respostas para todas as perguntas” pág. 38 (Idem).
A gravidade do que é dito fica estampado na assertiva seguinte: “O bom pastor (...) foi chamado para transmitir a vida que se encontra na Palavra de Deus, e não para transmitir a letra” pág. 39 (Idem), com base no que o Bispo entendeu a partir de 2 Coríntios 3, verso 6: “Porque a letra mata, mas o espírito vivifica”. Ora, o espirito a que o apóstolo Paulo refere-se diz de Cristo, o espírito vivificante ( 1Co 15:45 ). Cristo mesmo afirmou que as suas palavras são espirito e vida, ou seja, o apóstolo estava demonstrando que o Novo Testamento é o espírito (palavra) que vivifica, diferente da lei de Moisés, que mata, pois foi incrustrada em pedras e entregue no monte Sinai, diferente do evangelho que é escrita no coração dos que creem “Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração” ( 2Co 2:3 ).
No capítulo 2 não há nada aproveitável, o que demandaria um estudo frase a frase para expor os erros. Porém há três pontos a serem destacados pelas aberrações teológicas que apresentam.
O Bispo Edir Macedo afirma na página 48 que ‘... a fé é a certeza de coisas que se esperam; não a certeza de algo que é verdade’. Ora, o fundamento da fé do cristão é a palavra de Deus, e Jesus é enfático: "Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade" ( Jo 17:17 ). Ele demonstra desconhecer que a Fé que o escritor aos Hebreus evidencia no capítulo 11, verso primeiro diz de Cristo – O Caminho, a Verdade e a Vida, pois Ele é o fundamento do que se espera, quando diz: Creia em mim ( Jo 14:1 ). Ou seja, a fé evidencia o fundamento, portanto, a certeza não produz verdade, mas a verdade é o fundamento da certeza! “... a fé (..) é a certeza de coisas que se esperam, e mais nada” pág. 134 (Idem) “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” ( Hb 11:1 ).
Outra asserção terrível é a exposta na página 60: “A única diferença está no fato de que a semente da terra é visível, palpável e concreta, enquanto a semente da fé sobrenatural e, consequentemente do milagre, é a Palavra de Deus: invisível, impalpável e abstrata”. O testemunho do evangelista João é claro acerca da Palavra de Deus: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” ( Jo 1:14 ), de modo que a Palavra de Deus não é invisível, impalpável ( 1Jo 1:1 -3) e nem abstrata (que só existe no domínio das ideias), pois a Palavra de Deus concretizou-se na pessoa do Verbo que se fez carne.
Os erros nas abordagens são constantes, pois enquanto a bíblia diz que Moisés ficou firme após sair do Egito como se estivesse vendo o invisível ( Hb 11:27 ), o Bispo afirma que Ele viu o invisível. Enquanto a Bíblia afirma que os heróis da fé creram em Deus, ele afirma que creram no impossível "Para que por duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta, tenhamos a firme consolação, nós, os que pomos o nosso refúgio em reter a esperança proposta" ( Hb 6:18 ) “... permaneceram firmes (...) porque viram o invisível e creram no impossível” pág. 60 (idem).
Mas, das aberrações proposta pelo Bispo Edir Macedo, nenhuma supera a que se segue: “Quem teve a capacidade de determinar alguma coisa e, ao mesmo tempo, não duvidar? Bem, o único que fez isso foi o próprio Deus. Ele disse: “Haja luz”; e houve luz! (Gn 1.3). A luz que não existia veio à existência. E por quê?Porque quando Ele determinou a luz, creu que a luz haveria de existir, pois não havia dúvidas em Seu coração pág. 80 (idem) Grifo Nosso, o que me leva a questionar os diplomas das faculdades de Teologia que ele diz ter cursado.
Como é possível Deus ter fé, ou crer, se todas as coisas estão nuas e patentes aos seus olhos? Afirmar que Deus tem fé é negar as Escrituras: "E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar" ( Hb 4:13 ), pois a fé constitui-se prova do que não se vê "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram" ( Jo 20:29 ); "Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará?" ( Rm 8:24 ).
Acerca da salvação, o líder da Igreja Universal do Reino de Deus diz: “Podemos sentir no próprio espírito que desta qualidade de caráter depende até mesmo a nossa própria salvação eterna. Sim, porque não basta apenas confessar com a boca que Jesus Cristo é o Senhor para que sejamos salvos, porque isso qualquer um pode fazer” pág. 120 (Idem) Grifo nosso. Que diremos da declaração do apóstolo Paulo: "A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo" ( Rm 10:9 )? Ora, crer e confessar que Jesus é o Cristo de Deus só é possível através da revelação do Pai, e não do caráter do homem "E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus" ( Mt 16:17 ).
Qual era o caráter do ladrão na cruz quando rogou a Cristo que não se esquecesse d’Ele ao entrar no paraíso?
Só posso concluir que o Bispo Edir Macedo está em igual condição a dos lideres de Israel: "Querendo ser mestres da lei, e não entendendo nem o que dizem nem o que afirmam" ( 1Tm 1:7 ), pois enganam e estão enganados "Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados" ( 2Tm 3:13 ).
É por isso que a Bíblia diz para provarmos os espíritos: "AMADOS, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" ( 1Jo 4:1 ).

Claudio Crispim

tyl3#�(o t � p�� .0pt;font-family:"Arial","sans-serif";mso-fareast-font-family:"Times New Roman"; color:#333333;mso-fareast-language:PT-BR'>Deste modo, o dom de discernir os espíritos diz da capacidade que é concedida ao cristão de analisar as palavras ditas por aqueles que se posicionam como profetas, se as palavras são de Deus ou não "E a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas" ( 1Co 12:10 ).
Resta-nos a pergunta: como ser cheio do espírito? "E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito" ( Ef 5:18 ). Como ser ‘mais’ cheio do Espírito Santo se Ele foi enviado e habita o crente? Ser cheio do espírito diz do Consolador que Cristo enviou, do qual somos templo, ou da palavra? “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” ( 1Co 3:16 ); "A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração" ( Cl 3:16 ).
"... enchei-vos do Espírito; Falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração"
( Ef 5:18 -19).


A carne para nada serve
O que causou escândalo ao povo e a alguns discípulos de Cristo foi o discurso: “- Eu sou o pão que desceu do céu!”; “- A minha carne é verdadeiramente comida e bebida!” ( Jo 6:41 e 52). Os discípulos se escandalizaram e concluíram que o discurso de Cristo era duro ( Jo 6:60 -61).
Para um judeu, determinados tipos de alimentos eram proibidos, quanto mais comer a carne de um homem. Do mesmo modo que os judeus desprezaram Jesus por ter demonstrado sabedoria ao expor as Escrituras ( Mc 6:2 ), escandalizaram-se por Ele ter apresentado a sua carne como comida e o seu sangue como bebida.
Por não compreenderem a parábola, o povo escandalizou-se por entenderem que Jesus estava lhes propondo uma espécie de canibalismo. 
Em particular com os seus discípulos, Jesus demonstrou que o que estava apresentando ao povo era a sua doutrina, pois o que dá vida ao homem é a palavra, e arrematou: a carne para nada serve!
O que Jesus deu a entender aos seus discípulos com a frase: ‘a carne para nada serve’?
Quando Jesus disse que ‘a carne para nada servia’, estava explicando aos discípulos que a sua carne não era ‘degustável’. Jesus estava esclarecendo que era equivocada a ideia que abstraíram de sua palavra, pois estavam escandalizados com a ideia de que a vida prometida estava vinculada a degustarem uma porção da carne de Cristo como se fosse pão.
Jesus descontrói a ideia que alguns discípulos equivocadamente construíram em função da parábola. Ele esclarece que a vida decorre de participarem do seu espírito (palavra) e, que a carne d’Ele não tinha tal serventia. Ou seja, em relação ao corpo físico de Jesus, que foi feito em semelhança da carne do corpo do pecado, não possuía as propriedades que os seus ouvintes equivocadamente entenderam através da parábola.
A carne de Cristo não tinha valor algum? A carne de Cristo tinha valor, pois foi através dela que Jesus aniquilou o que tinha o império da morte quando entregou ao Pai o seu espírito ( Hb 2:14 ). Foi através do seu corpo físico que Jesus tornou-se semelhante aos seus irmãos ( Hb 2:17 ), de modo que hoje Ele é misericordioso e fiel sumo sacerdote. Foi através do seu copo físico que Ele pode ser tentado e padecer todas as aflições ( Hb 2:18 ). Somente quando participante da carne e do sangue, tornou-se possível o Filho do homem ser entregue nas mãos dos pecadores ( Lc 24:7 ).
No contexto de João 6, verso 63, a carne de Cristo não possuía a propriedade de proporcionar vida caso alguém comesse da sua carne como se fosse pão, mas no contexto de Hebreus 10, verso 10, vê-se a serventia, o valor do corpo de Cristo “Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez” ( Hb 10:10 ).
É em função da parábola proposta por Cristo aos judeus, que muitos interpretam literalmente a parábola proposta e, se esquece que, para interpretar uma parábola, antes se faz necessário elucidar o enigma: o pão proposto é o espírito, a palavra de Cristo, e não a carne d'Ele.  Este erro se vê nas declarações do ex-pastor Batista, Francisco Almeida Araújo, conforme o exposto no DVD intitulado "Nossa Senhora do Marrom Glacê",pois como a carne de Cristo para nada serve, segue-se que os fundamentos da eucaristia, a transubstanciação, estão equivocados, pois o que dá vida é o espírito, a palavra.
Mas, como convencer alguém da verdade? Somente lhe anunciado a verdade "E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" ( Zc 4:6 ). Zorobabel viu um castiçal todo de ouro, um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas, sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo e, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda, porém, não compreendeu a visão: a resposta estava no espírito, na palavra do Senhor, que faz o que é aprazível e não volta vazia ( Is 55:11 ).
Ao anunciar que a sua carne era verdadeiramente comida e o seu sangue verdadeiramente bebida, apresentando o enigma de que o seu corpo era o pão a ser comido “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” ( Jo 6:51 ), Jesus queria que compreendessem que lhes era necessário serem participantes da sua palavra, crendo n’Ele como confessou o discípulo Pedro: ‘- Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna!’
Portanto, qualquer que crê em Cristo conforme diz as Escrituras, alimentou-se de Cristo, ou seja, é participante do pão, do seu corpo, da sua carne e do seu sangue que foi entregue pela vida do mundo ( Jo 6:51 e 57).
A ideia que abstraíram da palavra de que Cristo estava dando literalmente a sua carne a comer foi descontruída quando Jesus alertou os seus discípulos de que ‘a carne d’Ele não tinha serventia para conceder vida’, antes o que concede vida é o seu espírito, ou seja, a sua doutrina, a sua palavra.
Qualquer que aceitasse a doutrina de Cristo não se escandalizando d’Ele, é o que renovou o espírito da sua mente. É naquele que não se escandaliza que ocorre a ‘metanoia’, a mudança de mente, de espírito. Enquanto alguns discípulos estavam escandalizados a ponto de se retirarem ( Jo 6:66 ), somente aqueles que mudaram a sua concepção diante da mensagem do evangelho puderam confessar: ‘- Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e conhecemos que tu és o Cristo, o Santo de Deus!’ ( Jo 6:68 -69).
Aquele que não renova a sua compreensão, buscará motivos para se escandalizar. À época de Cristo, uns se escandalizam da doutrina, outros do conhecimento de Cristo, pois apensas viram Jesus como um dos filhos de José com Maria e, que tinha por oficio ser carpinteiro ( Mc 6:3 ). Mas, os que não se retiram escandalizados permanecem, pois creem que Jesus é o Filho de Davi prometido segundo as Escrituras.

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É em função da parábola proposta por Cristo aos judeus, que muitos interpretam literalmente a parábola proposta e, se esquece que, para interpretar uma parábola, antes se faz necessário elucidar o enigma: o pão proposto é o espírito, a palavra de Cristo, e não a carne d'Ele.  Este erro se vê nas declarações do ex-​pastor Batista, Francisco Almeida Araújo, conforme o exposto no DVD intitulado "Nossa Senhora do Marrom Glacê",pois como a carne de Cristo para nada serve, segue-se que os fundamentos da eucaristia, a transubstanciação, estão equivocados, pois o que dá vida é o espírito, a palavra.
Mas, como convencer alguém da verdade? Somente lhe anunciado a verdade "E respondeu-me, dizendo: Esta é a palavra do SENHOR a Zorobabel, dizendo: Não por força nem por violência, mas sim pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" ( Zc 4:6 ). Zorobabel viu um castiçal todo de ouro, um vaso de azeite no seu topo, com as suas sete lâmpadas, sete canudos, um para cada uma das lâmpadas que estão no seu topo e, por cima dele, duas oliveiras, uma à direita do vaso de azeite, e outra à sua esquerda, porém, não compreendeu a visão: a resposta estava no espírito, na palavra do Senhor, que faz o que é aprazível e não volta vazia ( Is 55:11 ).
Ao anunciar que a sua carne era verdadeiramente comida e o seu sangue verdadeiramente bebida, apresentando o enigma de que o seu corpo era o pão a ser comido “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo” ( Jo 6:51 ), Jesus queria que compreendessem que lhes era necessário serem participantes da sua palavra, crendo n’Ele como confessou o discípulo Pedro: ‘- Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna!’
Portanto, qualquer que crê em Cristo conforme diz as Escrituras, alimentou-se de Cristo, ou seja, é participante do pão, do seu corpo, da sua carne e do seu sangue que foi entregue pela vida do mundo ( Jo 6:51 e 57).
A ideia que abstraíram da palavra de que Cristo estava dando literalmente a sua carne a comer foi descontruída quando Jesus alertou os seus discípulos de que ‘a carne d’Ele não tinha serventia para conceder vida’, antes o que concede vida é o seu espírito, ou seja, a sua doutrina, a sua palavra.
Qualquer que aceitasse a doutrina de Cristo não se escandalizando d’Ele, é o que renovou o espírito da sua mente. É naquele que não se escandaliza que ocorre a ‘metanoia’, a mudança de mente, de espírito. Enquanto alguns discípulos estavam escandalizados a ponto de se retirarem ( Jo 6:66 ), somente aqueles que mudaram a sua concepção diante da mensagem do evangelho puderam confessar: ‘- Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna. Nós cremos e conhecemos que tu és o Cristo, o Santo de Deus!’ ( Jo 6:68 -69).
Aquele que não renova a sua compreensão, buscará motivos para se escandalizar. À época de Cristo, uns se escandalizam da doutrina, outros do conhecimento de Cristo, pois apensas viram Jesus como um dos filhos de José com Maria e, que tinha por oficio ser carpinteiro ( Mc 6:3 ). Mas, os que não se retiram escandalizados permanecem, pois creem que Jesus é o Filho de Davi prometido segundo as Escrituras.

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