terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Bancada evangélica quer legalizar tratamento para gays


Bancada evangélica quer legalizar tratamento para gays

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A homossexualidade deixou de ser considerada doença pelas Nações Unidas na década de 90. Contudo, os parlamentares evangélicos desejam reverter uma resolução do Conselho Federal de Psicologia. Segundo um projeto de decreto legislativo, encaminhado pelo deputado João Campos (PSDB-GO), o conselho “extrapolou seu poder regulamentar ao “restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional”. Esse projeto pode suspender dois artigos (instituídos em 1999) que proíbem um psciólogo de emitir opiniões públicas ou tratar a homossexualidade como doença.


Campos é líder da Frente Parlamentar Evangélica. O pivô da questão que agora chega à Brasília é Marisa Lobo, 39, um “psicóloga cristã” que luta contra o Conselho Regional de Psicologia do Paraná.  Ela tem lutado contra o que chama de “privilégios gays” e pediu união dos pastores e parlamentares cristãos no tratamento desta questão.

Ela foi acusada de ferir o código de ética da categoria devido a textos de sua autoria sugerindo que, para “alcançar a comunidade gay”, deve-se seguir o exemplo de Jesus, que “não concordava com certos comportamentos, porém tratava com tolerância e amor”.

Membro da igreja batista, Lobo alega sofrer “perseguição religiosa”, mas nega oferecer “cura” a pacientes gays e rechaça qualquer acusação de homofobia.

Ela foi convocada recentemente a retirar da internet seu material vinculando psicologia e religião. Diversos ativistas pró-gay e também ateus fizeram denúncias contra Marisa, que corre o risco de perder seu registro profissional.

Para Humberto Verona, presidente do Conselho Federal de Psicologia, “não existe psicólogo cristão: a psicologia é laica, a pessoa é cristã”. Ele acredita que o projeto de lei dos deputados irá interferir na autonomia do Conselho que possui “normas éticas para combater uma intolerância histórica”.

O pastor e deputado Roberto de Lucena (PV-SP) é relator do projeto de Campos, hoje sob análise da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara. Para ele, os pais têm o direito de encaminahr os filhos para “redirecionamento sexual”. Mas reconhece que o tema deve ser discutido em audiência pública. Isso deve ocorrer nas próximas semanas, em Brasília.

Toni Reis, presidente da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, afirma que é o preconceito que leva um gay a procurar tratamento. Ele acredita que “deve-se curar a síndrome de patinho feio e não a homossexualidade em si”.

  Gospel Prime|Pátio Gospel Noticias

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