TEOLOGIA
RELACIONAL - UM NOVO DEUS NO MERCADO
* Augustus
Nicodemus Lopes
O
movimento teológico conhecido como “Teologia Relacional”, “Teísmo Aberto” ou
ainda “Teologia da Abertura de Deus”, chama a atenção pela ousadia de suas
colocações quando afirma que Deus não conhece o futuro, não controla ou guia a
história, e não tem poder para fazer aquilo que gostaria. Esta é a concepção de
Deus defendida por esse movimento.
A
teologia relacional, como movimento, teve início em décadas recentes, embora
seus conceitos sejam bem antigos. Ela ganhou popularidade por meio de
escritores norte-americanos como Greg Boyd, John Sanders e Clark Pinnock. No
Brasil, estas idéias têm sido assimiladas e difundidas por alguns líderes
evangélicos, às vezes de forma aberta e explícita.
A
teologia relacional considera a concepção tradicional de Deus como inadequada,
ultrapassada e insuficiente para explicar a realidade, especialmente
catástrofes como o tsunami de dezembro de 2004, e se apresenta como uma nova
visão sobre Deus e sua maneira de se relacionar com a criação. Seus pontos
principais podem ser resumidos desta forma:
1.
O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados
a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas
criaturas.
2.
Deus não é soberano. Só pode haver real relacionamento entre Deus e suas
criaturas se estas tiverem, de fato, capacidade e liberdade para cooperarem ou
contrariarem os desígnios últimos de Deus. Deus abriu mão de sua soberania para
que isto ocorresse. Portanto, ele é incapaz de realizar tudo o que deseja, como
impedir tragédias e erradicar o mal. Contudo, ele acaba se adequando às
decisões humanas e, ao final, vai obter seus objetivos eternos, pois redesenha
a história de acordo com estas decisões.
3.
Deus ignora o futuro, pois ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com
o passar do tempo. O futuro é determinado pela combinação do que Deus e suas
criaturas decidem fazer. Neste sentido, o futuro inexiste, pois os seres
humanos são absolutamente livres para decidir o que quiserem e Deus não sabe
antecipadamente que decisão uma determinada pessoa haverá de tomar num
determinado momento.
4.
Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando,
pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se
arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a
liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.
5.
Deus é vulnerável. Ele é passível de sofrimento e de erros em seus conselhos e
orientações. Em seu relacionamento com o homem, seus planos podem ser
frustrados. Ele se frustra e expressa esta frustração quando os seres humanos
não fazem o que ele gostaria.
6.
Deus muda. Ele é imutável apenas em sua essência, mas muda de planos e até
mesmo se arrepende de decisões tomadas. Ele muda de acordo com as decisões de
suas criaturas, ao reagir a elas. Os textos bíblicos que falam do
arrependimento de Deus não devem ser interpretados de forma figurada. Eles expressam
o que realmente acontece com Deus.
Estes
conceitos sobre Deus decorrem da lógica adotada pela teologia relacional quanto
ao conceito da liberdade plena do homem, que é o ponto doutrinário central da
sua estrutura, a sua “menina dos olhos”. De acordo com a teologia relacional,
para que o homem tenha realmente pleno livre arbítrio suas decisões não podem
sofrer qualquer tipo de influência externa ou interna. Portanto, Deus não pode
ter decretado estas decisões e nem mesmo tê-las conhecido antecipadamente.
Desta forma, a teologia relacional rejeita não somente o conceito de que Deus preordenou todas as coisas (calvinismo) como também o conceito de que Deus sabe todas as coisas antecipadamente (arminianismo tradicional). Neste sentido, o assunto deve ser entendido, não como uma discussão entre calvinistas e arminianos, mas destes dois contra a teologia relacional. Vários líderes calvinistas e arminianos no âmbito mundial têm considerado esta visão da teologia relacional como alheia ao cristianismo.
Desta forma, a teologia relacional rejeita não somente o conceito de que Deus preordenou todas as coisas (calvinismo) como também o conceito de que Deus sabe todas as coisas antecipadamente (arminianismo tradicional). Neste sentido, o assunto deve ser entendido, não como uma discussão entre calvinistas e arminianos, mas destes dois contra a teologia relacional. Vários líderes calvinistas e arminianos no âmbito mundial têm considerado esta visão da teologia relacional como alheia ao cristianismo.
A
teologia relacional traz um forte apelo a alguns evangélicos, pois diz que Deus
está mais próximo de nós e se relaciona mais significativamente conosco do que
tem sido apresentado pela teologia tradicional. Segundo os teólogos
relacionais, o cristianismo histórico tem apresentado um Deus impassível, que
não se sensibiliza com os dramas de suas criaturas.
A teologia relacional, por sua vez, pretende apresentar um Deus mais humano, que constrói o futuro mediante o relacionamento com suas criaturas. Os seres humanos são, dessa forma, co-participantes com Deus na construção do futuro, podendo, na verdade, determiná-lo por suas atitudes.
A teologia relacional, por sua vez, pretende apresentar um Deus mais humano, que constrói o futuro mediante o relacionamento com suas criaturas. Os seres humanos são, dessa forma, co-participantes com Deus na construção do futuro, podendo, na verdade, determiná-lo por suas atitudes.
Contudo,
a teologia relacional não é novidade. Ela tem raízes em conceitos antigos de
filósofos gregos, no socinianismo (que negava exatamente que Deus conhecia o
futuro, pois atos livres não podem ser preditos) e especialmente em ideologias
modernas, como a teologia do processo.
O que ela tem de novo é que virou um movimento teológico composto de escritores e teólogos que se uniram em torno dos pontos comuns e estão dispostos a persuadir a igreja cristã a abandonar seu conceito tradicional de Deus e a convencê-la que esta “nova” visão de Deus é evangélica e bíblica.
O que ela tem de novo é que virou um movimento teológico composto de escritores e teólogos que se uniram em torno dos pontos comuns e estão dispostos a persuadir a igreja cristã a abandonar seu conceito tradicional de Deus e a convencê-la que esta “nova” visão de Deus é evangélica e bíblica.
Mesmo
tendo surgido como uma reação a uma possível ênfase exagerada na impassividade
e transcendência de Deus, a teologia relacional acaba sendo um problema para a
igreja evangélica, especialmente em seu conceito sobre Deus. Embora os
evangélicos tenham divergências profundas em algumas questões, reformados,
arminianos, wesleyanos, pentecostais, tradicionais, neopentecostais e outros,
todos concordam, no mínimo, que Deus conhece todas as coisas, que é onipotente
e soberano.
Entretanto, o Deus da teologia relacional é totalmente diferente daquele da teologia cristã. Não se pode afirmar que os adeptos da teologia relacional não são cristãos, mas que o conceito que eles têm de Deus é, no mínimo, estranho ao cristianismo histórico.
Entretanto, o Deus da teologia relacional é totalmente diferente daquele da teologia cristã. Não se pode afirmar que os adeptos da teologia relacional não são cristãos, mas que o conceito que eles têm de Deus é, no mínimo, estranho ao cristianismo histórico.
Ao
declarar que o atributo mais importante de Deus é o amor, a teologia relacional
perde o equilíbrio entre as qualidades de Deus apresentadas na Bíblia, dentre
as quais o amor é apenas uma delas. Ao dizer que Deus ignora o futuro, é
vulnerável e mutável, deixa sem explicação adequada dezenas de passagens
bíblicas que falam da soberania, do senhorio, da onipotência e da onisciência
de Deus (Is 46.10a; Jó 28; Jó 42.2; Sl 90; Sl 139; Rm 8.29; Ef 1; Tg 1.17; Ml
3.6; Gn 17.1 etc).
Ao dizer que Deus não sabia qual a decisão de Adão e Eva no Éden, e que mesmo assim arriscou-se em criá-los com livre arbítrio, a teologia relacional o transforma num ser irresponsável. Ao falar do homem como co-construtor de Deus de um futuro que inexiste, a teologia relacional esquece tudo o que a Bíblia ensina sobre a queda e a corrupção do homem. Ao fim, parece-nos que na tentativa extrema de resguardar a plena liberdade do arbítrio humano, a teologia relacional está disposta a sacrificar a divindade de Deus.
Ao limitar sua soberania e seu pleno conhecimento, entroniza o homem livre, todo-poderoso, no trono do universo, e desta forma, deixa-nos o desespero como única alternativa diante das tragédias e catástrofes deste mundo e o ceticismo como única atitude diante da realidade do mal no universo, roubando-nos o final feliz prometido na Bíblia. Pois, afinal, poderá este Deus ignorante, fraco, mutável, vulnerável e limitado cumprir tudo o que prometeu?
Ao dizer que Deus não sabia qual a decisão de Adão e Eva no Éden, e que mesmo assim arriscou-se em criá-los com livre arbítrio, a teologia relacional o transforma num ser irresponsável. Ao falar do homem como co-construtor de Deus de um futuro que inexiste, a teologia relacional esquece tudo o que a Bíblia ensina sobre a queda e a corrupção do homem. Ao fim, parece-nos que na tentativa extrema de resguardar a plena liberdade do arbítrio humano, a teologia relacional está disposta a sacrificar a divindade de Deus.
Ao limitar sua soberania e seu pleno conhecimento, entroniza o homem livre, todo-poderoso, no trono do universo, e desta forma, deixa-nos o desespero como única alternativa diante das tragédias e catástrofes deste mundo e o ceticismo como única atitude diante da realidade do mal no universo, roubando-nos o final feliz prometido na Bíblia. Pois, afinal, poderá este Deus ignorante, fraco, mutável, vulnerável e limitado cumprir tudo o que prometeu?
Com
certeza a visão tradicional de Deus adotada pelo cristianismo histórico por
séculos não é capaz de responder exaustivamente a todos os questionamentos
sobre o ser e os planos de Deus. Ela própria é a primeira a admitir este ponto.
Contudo, é preferível permanecer com perguntas não respondidas a aceitar
respostas que contrariem conceitos claros das Escrituras.
Como já havia declarado Jó há milênios (42.2,3): “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; cousas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.”
O movimento teológico conhecido “Teologia Relacional”, “Teísmo Aberto” ou ainda “Teologia da Abertura de Deus”, chama a atenção pela ousadia de suas colocações quando afirma que Deus não conhece o futuro, não controla ou guia a história, e não tem poder para fazer aquilo que gostaria. Esta é a concepção de Deus defendida por esse movimento.
Como já havia declarado Jó há milênios (42.2,3): “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; cousas maravilhosas demais para mim, coisas que eu não conhecia.”
O movimento teológico conhecido “Teologia Relacional”, “Teísmo Aberto” ou ainda “Teologia da Abertura de Deus”, chama a atenção pela ousadia de suas colocações quando afirma que Deus não conhece o futuro, não controla ou guia a história, e não tem poder para fazer aquilo que gostaria. Esta é a concepção de Deus defendida por esse movimento.
A
teologia relacional, como movimento, teve início em décadas recentes, embora
seus conceitos sejam bem antigos. Ela ganhou popularidade por meio de
escritores norte-americanos como Greg Boyd, John Sanders e Clark Pinnock. No
Brasil, estas idéias têm sido assimiladas e difundidas por alguns líderes
evangélicos, às vezes de forma aberta e explícita.
A
teologia relacional considera a concepção tradicional de Deus como inadequada,
ultrapassada e insuficiente para explicar a realidade, especialmente
catástrofes como o tsunami de dezembro de 2004, e se apresenta como uma nova
visão sobre Deus e sua maneira de se relacionar com a criação. Seus pontos
principais podem ser resumidos desta forma:
1.
O atributo mais importante de Deus é o amor. Todos os demais estão subordinados
a este. Isto significa que Deus é sensível e se comove com os dramas de suas
criaturas.
2.
Deus não é soberano. Só pode haver real relacionamento entre Deus e suas
criaturas se estas tiverem, de fato, capacidade e liberdade para cooperarem ou
contrariarem os desígnios últimos de Deus. Deus abriu mão de sua soberania para
que isto ocorresse. Portanto, ele é incapaz de realizar tudo o que deseja, como
impedir tragédias e erradicar o mal. Contudo, ele acaba se adequando às
decisões humanas e, ao final, vai obter seus objetivos eternos, pois redesenha
a história de acordo com estas decisões.
3.
Deus ignora o futuro, pois ele vive no tempo, e não fora dele. Ele aprende com
o passar do tempo. O futuro é determinado pela combinação do que Deus e suas
criaturas decidem fazer. Neste sentido, o futuro inexiste, pois os seres
humanos são absolutamente livres para decidir o que quiserem e Deus não sabe
antecipadamente que decisão uma determinada pessoa haverá de tomar num
determinado momento.
4.
Deus se arrisca. Ao criar seres racionais livres, Deus estava se arriscando,
pois não sabia qual seria a decisão dos anjos e de Adão e Eva. E continua a se
arriscar diariamente. Deus corre riscos porque ama suas criaturas, respeita a
liberdade delas e deseja relacionar-se com elas de forma significativa.
5.
Deus é vulnerável. Ele é passível de sofrimento e de erros em seus conselhos e
orientações. Em seu relacionamento com o homem, seus planos podem ser
frustrados. Ele se frustra e expressa esta frustração quando os seres humanos
não fazem o que ele gostaria.
6.
Deus muda. Ele é imutável apenas em sua essência, mas muda de planos e até
mesmo se arrepende de decisões tomadas. Ele muda de acordo com as decisões de
suas criaturas, ao reagir a elas. Os textos bíblicos que falam do
arrependimento de Deus não devem ser interpretados de forma figurada. Eles
expressam o que realmente acontece com Deus.
Estes
conceitos sobre Deus decorrem da lógica adotada pela teologia relacional quanto
ao conceito da liberdade plena do homem, que é o ponto doutrinário central da
sua estrutura, a sua “menina dos olhos”. De acordo com a teologia relacional,
para que o homem tenha realmente pleno livre arbítrio suas decisões não podem
sofrer qualquer tipo de influência externa ou interna. Portanto, Deus não pode
ter decretado estas decisões e nem mesmo tê-las conhecido antecipadamente.
Desta forma, a teologia relacional rejeita não somente o conceito de que Deus preordenou todas as coisas (calvinismo) como também o conceito de que Deus sabe todas as coisas antecipadamente (arminianismo tradicional). Neste sentido, o assunto deve ser entendido, não como uma discussão entre calvinistas e arminianos, mas destes dois contra a teologia relacional. Vários líderes calvinistas e arminianos no âmbito mundial têm considerado esta visão da teologia relacional como alheia ao cristianismo.
Desta forma, a teologia relacional rejeita não somente o conceito de que Deus preordenou todas as coisas (calvinismo) como também o conceito de que Deus sabe todas as coisas antecipadamente (arminianismo tradicional). Neste sentido, o assunto deve ser entendido, não como uma discussão entre calvinistas e arminianos, mas destes dois contra a teologia relacional. Vários líderes calvinistas e arminianos no âmbito mundial têm considerado esta visão da teologia relacional como alheia ao cristianismo.
A
teologia relacional traz um forte apelo a alguns evangélicos, pois diz que Deus
está mais próximo de nós e se relaciona mais significativamente conosco do que
tem sido apresentado pela teologia tradicional. Segundo os teólogos
relacionais, o cristianismo histórico tem apresentado um Deus impassível, que
não se sensibiliza com os dramas de suas criaturas.
A teologia relacional, por sua vez, pretende apresentar um Deus mais humano, que constrói o futuro mediante o relacionamento com suas criaturas. Os seres humanos são, dessa forma, co-participantes com Deus na construção do futuro, podendo, na verdade, determiná-lo por suas atitudes.
A teologia relacional, por sua vez, pretende apresentar um Deus mais humano, que constrói o futuro mediante o relacionamento com suas criaturas. Os seres humanos são, dessa forma, co-participantes com Deus na construção do futuro, podendo, na verdade, determiná-lo por suas atitudes.
Contudo,
a teologia relacional não é novidade. Ela tem raízes em conceitos antigos de
filósofos gregos, no socinianismo (que negava exatamente que Deus conhecia o
futuro, pois atos livres não podem ser preditos) e especialmente em ideologias
modernas, como a teologia do processo.
O que ela tem de novo é que virou um movimento teológico composto de escritores e teólogos que se uniram em torno dos pontos comuns e estão dispostos a persuadir a igreja cristã a abandonar seu conceito tradicional de Deus e a convencê-la que esta “nova” visão de Deus é evangélica e bíblica.
O que ela tem de novo é que virou um movimento teológico composto de escritores e teólogos que se uniram em torno dos pontos comuns e estão dispostos a persuadir a igreja cristã a abandonar seu conceito tradicional de Deus e a convencê-la que esta “nova” visão de Deus é evangélica e bíblica.
Mesmo
tendo surgido como uma reação a uma possível ênfase exagerada na impassividade
e transcendência de Deus, a teologia relacional acaba sendo um problema para a
igreja evangélica, especialmente em seu conceito sobre Deus. Embora os
evangélicos tenham divergências profundas em algumas questões, reformados,
arminianos, wesleyanos, pentecostais, tradicionais, neopentecostais e outros,
todos concordam, no mínimo, que Deus conhece todas as coisas, que é onipotente
e soberano.
Entretanto, o Deus da teologia relacional é totalmente diferente daquele da teologia cristã. Não se pode afirmar que os adeptos da teologia relacional não são cristãos, mas que o conceito que eles têm de Deus é, no mínimo, estranho ao cristianismo histórico.
Entretanto, o Deus da teologia relacional é totalmente diferente daquele da teologia cristã. Não se pode afirmar que os adeptos da teologia relacional não são cristãos, mas que o conceito que eles têm de Deus é, no mínimo, estranho ao cristianismo histórico.
Ao
declarar que o atributo mais importante de Deus é o amor, a teologia relacional
perde o equilíbrio entre as qualidades de Deus apresentadas na Bíblia, dentre
as quais o amor é apenas uma delas. Ao dizer que Deus ignora o futuro, é
vulnerável e mutável, deixa sem explicação adequada dezenas de passagens
bíblicas que falam da soberania, do senhorio, da onipotência e da onisciência
de Deus (Is 46.10a; Jó 28; Jó 42.2; Sl 90; Sl 139; Rm 8.29; Ef 1; Tg 1.17; Ml
3.6; Gn 17.1 etc).
Ao dizer que Deus não sabia qual a decisão de Adão e Eva no Éden, e que mesmo assim arriscou-se em criá-los com livre arbítrio, a teologia relacional o transforma num ser irresponsável. Ao falar do homem como co-construtor de Deus de um futuro que inexiste, a teologia relacional esquece tudo o que a Bíblia ensina sobre a queda e a corrupção do homem. Ao fim, parece-nos que na tentativa extrema de resguardar a plena liberdade do arbítrio humano, a teologia relacional está disposta a sacrificar a divindade de Deus.
Ao limitar sua soberania e seu pleno conhecimento, entroniza o homem livre, todo-poderoso, no trono do universo, e desta forma, deixa-nos o desespero como única alternativa diante das tragédias e catástrofes deste mundo e o ceticismo como única atitude diante da realidade do mal no universo, roubando-nos o final feliz prometido na Bíblia. Pois, afinal, poderá este Deus ignorante, fraco, mutável, vulnerável e limitado cumprir tudo o que prometeu?
Ao dizer que Deus não sabia qual a decisão de Adão e Eva no Éden, e que mesmo assim arriscou-se em criá-los com livre arbítrio, a teologia relacional o transforma num ser irresponsável. Ao falar do homem como co-construtor de Deus de um futuro que inexiste, a teologia relacional esquece tudo o que a Bíblia ensina sobre a queda e a corrupção do homem. Ao fim, parece-nos que na tentativa extrema de resguardar a plena liberdade do arbítrio humano, a teologia relacional está disposta a sacrificar a divindade de Deus.
Ao limitar sua soberania e seu pleno conhecimento, entroniza o homem livre, todo-poderoso, no trono do universo, e desta forma, deixa-nos o desespero como única alternativa diante das tragédias e catástrofes deste mundo e o ceticismo como única atitude diante da realidade do mal no universo, roubando-nos o final feliz prometido na Bíblia. Pois, afinal, poderá este Deus ignorante, fraco, mutável, vulnerável e limitado cumprir tudo o que prometeu?
Com
certeza a visão tradicional de Deus adotada pelo cristianismo histórico por
séculos não é capaz de responder exaustivamente a todos os questionamentos
sobre o ser e os planos de Deus. Ela própria é a primeira a admitir este ponto.
Contudo, é preferível permanecer com perguntas não respondidas a aceitar
respostas que contrariem conceitos claros das Escrituras.
Como já havia declarado Jó há milênios (42.2,3): “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; cousas maravilhosas.
Como já havia declarado Jó há milênios (42.2,3): “Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado. Quem é aquele, como disseste, que sem conhecimento encobre o conselho? Na verdade, falei do que não entendia; cousas maravilhosas.
*
O Rev. Augustus Nicodemus Lopes é chanceler da Universidade Presbiteriana
Mackenzie e pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro, em São
Paulo.
Fonte: Revista Ultimato
Fonte: Revista Ultimato
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